Fanfic: Aconteceu Você | Tema: Portinon
No trajeto, comumente deserto, estranhei a presença freqüente de um carro atrás do meu, acelerei e em segundos o carro estava quase colado em minha traseira, enchi-me de pavor, apertei o pé no acelerador, o carro que me seguia tocou os pára-choques traseiros do meu carro, projetando-o para frente, contribuindo para o descontrole da direção, meu carro derrapou na pista de areia, descendo o barranco cercado de árvores, meu carro só parou quando se chocou em uma grande árvore, antes de desmaiar ouvi sirenes de carro de polícia.
Acordei em um ambiente estranho, não sei quanto tempo estive desacordada, o fato foi que eu estava sozinha, olhei em volta e concluí que estava em um quarto de hospital, sentia meu corpo doer, especialmente a cabeça e os braços, um deles, imobilizado. Lembrei-me do acidente, e todas as hipóteses acerca do carro misterioso que me jogou para fora da estrada eram ligadas ao meu envolvimento nas investigações sobre os assassinatos relacionados ao passado de Dulce, e como se meus pensamentos chamassem por ela, Dulce entrou no quarto com uma expressão preocupada, ao me ver acordada apressou os passos e sorriu aliviada:
-- Any! Graças a Deus, você acordou!
Beijou minha testa e acariciou meu rosto, eu tinha dificuldades para falar, fiz expressão de dor e ela logo perguntou:
-- Está sentindo dor? Onde?
Apontei para meu braço e Dulce se apressou pegando o telefone ao lado da minha cama:
-- Veja o prontuário da Anahi, prescrevi um analgésico, ela está com dor. Obrigada.
Dulce olhava-me ainda com ar preocupado, esforcei-me para falar:
-- Há quanto tempo eu estou aqui?
-- Você esteve inconsciente por quase 24horas, passou por uma cirurgia nesse bracinho que está imobilizado, mas está fora de perigo, ainda bem que você estava de cinto de segurança, mas como justo você não tem carro com air bag?
-- Ah... Já está me zuando né? Saiba que nunca bati meu carro...
-- Pura sorte...
Dulce sorriu, e meu céu pareceu se abrir diante daquele sorriso.
-- Dulce, esse acidente foi provocado... Havia um carro me seguindo...
-- A polícia pediu que avisasse quando você pudesse falar. Uma testemunha ligou para os policiais falando sobre dois carros em alta velocidade na estrada, suspeitaram até que fosse um racha...
-- Por causa desse carro perdi a direção Dulce...
-- Mas você não estava perto de casa, como eles te seguiram?
-- Eu estava no Chica’s, indo para sua casa.
Fiquei tímida, baixei a cabeça, e Dulce perguntou:
-- Minha casa? Mas...
Quando Dulce se aproximava de mim, procurando minha mão, bateram à porta, era Juliana com uma bandeja de medicação nas mãos.
-- Com licença... Soube que Anahi estava acordada, vim para vê-la aproveitei e trouxe o analgésico prescrito.
-- Ah sim, claro.
Dulce ficou desconcertada, e Juliana se aproximou de mim segurando minha mão, e perguntou:
-- Como está se sentindo Any?
-- Atropelada por uma árvore gigantesca. – Brinquei.
-- Já está de bom humor, então a dor nem é tão grande assim...
Juliana brincou, sorriu para mim, enquanto administrava a medicação. Antes de sair avisou:
-- Troquei meu plantão para ficar perto de você, estou por aqui no hospital, se precisar de qualquer coisa peçam para me chamar que venho imediatamente, se precisar durmo aqui no quarto tudo bem?
Balancei a cabeça positivamente, Juliana segurou minha mão, beijou minha testa e saiu, não pude deixar de buscar Dulce com o olhar a fim de constatar sua cara abusada vendo o carinho de Juliana comigo.
-- Troquei meu plantão pra ficar perto de você. – Dulce imitou Juliana fazendo careta – Ela não tem mais o que fazer?
Tentei esconder meu riso, mas não consegui.
-- Bem que me falaram que você anda mal humorada. – Comentei divertida.
-- Hum, quem te disse isso? Essa enfermeirinha metida?
Divertindo-me com a situação sorri e perguntei:
-- Isso importa?
-- Só pode ter sido ela.
-- Pode ter sido Elaine também...
-- Ah eu pego aquela la!
Gargalhei, e com o esforço, as dores limitaram a continuação das minhas risadas.
-- Any, cuidado! Você está cheia de pontos, passou por cirurgia delicada, seu braço quebrou em vários lugares... Tem tanto pino aí nesse braço que você se transformou quase num Robocop gay!
-- Ai Dul!
Foi a vez dela se divertir com minha cara assustada.
-- Falando sério agora Anahi, isso que você está falando desse carro te seguindo... Está me preocupando, vou avisar a policia que você acordou para que eles procurem por esse carro.
-- Dulce... Existe uma coisa que você precisa saber antes da polícia.
A aparência de receio de Dulce, evidenciava que ela já suspeitava que meu acidente tivesse relação com sua história, prossegui:
-- Você já sabe que fui até Calhetas, conversei com uma antiga vizinha de sua família lá, dona Elizabeth. Ela me ligou essa semana, falando sobre a visita de homens estrangeiros, de aparência suspeita procurando pelas mesmas pessoas que procurei, no caso, a família de João Marcos Pimentel.
Dulce ficou pálida, continuei falando:
-- A atual moradora da casa que vocês moraram, comentou com esses homens que uma jovem universitária esteve meses atrás procurando as mesmas pessoas. Não sei se esse carro que me jogou para fora da estrada tem algo haver com isso, afinal, eles nunca poderiam chegar até mim só com essas informações não é?
Dulce andou de um lado para outro, visivelmente tensa e respondeu:
-- Any, quando te disse que você não imaginava com quem estava se metendo, e o perigo que você corria, você achou exagero não é mesmo?
-- Não exatamente...
-- Essas pessoas subornam quem for preciso, venho fugindo há anos, por onde você passou, deixou rastros, como por exemplo o fato de ter usado o tal amigo do Cristian para recolher informações sigilosas do ministério. Se alguém souber, grampear e-mail, telefones do ministério, podem chegar até ele e no fim até você...
Foi minha vez de empalidecer. A primeira coisa que pensei, foi o tal Hernane, o novo bofe do Cris. Percebendo meu nervosismo, Dulce perguntou:
-- Algo mais para me contar?
-- Temo que sim. Um porto riquenho chegou à cidade, se identificando como jornalista, e está saindo com o Cris...
-- Um porto riquenho? O sotaque espanhol pode ser de qualquer país de língua latina Any Colômbia, Honduras... Ai meu Deus!
Dulce levou as mãos à cabeça.
-- Dul... Acalme-se. Eu estou bem, não aconteceu nada.
-- Você não entende o risco que está correndo Anahi? Se eles sabem que é você que está investigando essa história, vão querer essas informações e farão de tudo para tirá-las de você! Tudo mesmo, sequestrar, torturar... Tudo Any!
Dulce tremia, estava transtornada.
-- Dul, vem cá vem...
Fiz sinal para que ela sentasse ao meu lado no leito. Relutou mas se rendeu. Segurei sua mão com força e disse olhando no fundo de seus olhos:
-- A gente vai dar um jeito nisso, não vai acontecer nada comigo, nem com você.
--Any, eu não vou me perdoar se acontecer algo a você. Todo meu sacrifício terá sido em vão...
-- Do que você está falando? Que sacrifício?
Dulce fugiu do meu olhar e desconversou:
-- Preciso ligar para a polícia, mas antes vou avisar a Maite, ela vai orientar sobre o que você vai dizer, e como vamos proceder.
- Dulce responde minha pergunta, que sacrifício?
- Any, isso não importa agora. Só o que importa nesse momento é zelar por sua recuperação e sua segurança.
E ai gente, estão gostando que pelo menos as coisas melhoraram um pouco entre elas?
Autor(a): angelr
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Insistiria em saber sobre o tal sacrifício que ela se referia, mas Cristian entrou no quarto, acompanhado de Luiza, Fernanda e Artur. -- Ow mulher que adora um hospital! – Cristian exclamou ao entrar. Todos riram, enquanto isso, Dulce se aproximava da porta pronta para sair: -- Dulce, aonde você vai? -- Depois conversamos Any, tenho algumas coisas para ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 247
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tryciarg89 Postado em 20/05/2023 - 21:04:11
Simplesmente linda, emocionante, engraçada e apaixonante
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NoExistente Postado em 27/01/2021 - 12:08:36
Fui obrigada a comentar. Senhor, nem sei o que eu digo dessa estória maravilhosa. Tinha acabado de ler uma fic meio decepcionante delas e entrei sem muitas expectativas aqui. Minha surpresa foi apegar a escrita e o jeito dos personagens, me emocionar, rir e sorrir com a narração. Perdi minha vida nos últimos 4 caps, e foi surpreendente como conseguiu transmitir a tristeza e, sinceramente, cheguei a um estado de negação e desespero. Obrigada por essa leitura fantástica.
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:18:06
justin_rbd - *__*
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:41
portinonnessa14 - hahaha tadinhas ne
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:15
flavianaperroni - Pode deixar que aviso
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:16:45
anymaniecahastalamuerte - Sempre que puder compartilharei
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angelr Postado em 24/01/2015 - 23:13:46
garotaloka - Que bom fico feliz *_*
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justin_rbd Postado em 24/01/2015 - 12:12:52
final mais que perfeito !!
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portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:25:21
Vamos gente todo mundo ler a web da nossa querida Angelr Um doce amor que é ótima
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portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:22:33
Oi Angelr minha querida a que bom que a Dulce está viva agora sim posso respirar aliviada o que posso dizer desse final foi lindo e bem o que eu queria mesmo o mais importante é que as duas ficaram juntas neh afinal sou portinon neh e não aguento ver a minha Anny sofrer mais obrigada beijinhos