Fanfics Brasil - Capitulo 64 Aconteceu Você

Fanfic: Aconteceu Você | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 64

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Acordei sozinha na cama, fato que despertou hipóteses sobre estar sofrendo retaliação de minha namorada, e antes que eu entrasse numa crise de insegurança e corresse para os braços de Dulce cessando o tal castigo, a vi entrando, com uma bandeja farta nas mãos, e um sorriso desconcertante nos lábios.

Numa fração de segundos, todo meu esforço em manter Dulce de castigo foi por água abaixo. Retribui ao sorriso dela, enquanto Dulce se aproximava da cama, listando os itens da bandeja farta:

-- Coloquei tudo que você gosta meu amor... 

Acomodou a bandeja sobre minhas pernas e sentou-se ao meu lado, sem graça perguntou:

-- Não mereço nem um beijinho em agradecimento?

Encarei-a e disse com ar de deboche:

-- Vamos ver primeiro se tudo está tão bom quanto parece...

Decepcionada Dulce baixou os olhos e eu comecei a provar de tudo um pouco, fingindo que não prestava atenção nas suas reações. Meio que fazendo bico, Dulce disse baixinho:

-- Prova do bolo de chocolate, quem sabe te adoça um pouco...

Segurei o riso, a minha birra com Dulce estava tomando proporções de comicidade, ao ver a atitude de menina de castigo de minha namorada. 

-- Você não vai comer nada Dulce? – Perguntei falando de boca cheia.

-- Não.

Começava a me divertir com a situação, enquanto comia, olhava para Dulce de rabo de olho, ela permaneceu quase todo o tempo de cabeça baixa, mexendo no celular:

-- Passando mensagem pra alguém?

-- Sim, para Elaine, pedindo para avisar sobre o estado do Cristian, o médico da UTI hoje não é lá muito atencioso, como ela está de plantão na urgência, pedi que ela fosse lá assim que pudesse, ela deve estar descansando um pouco, não atendeu quando liguei, vou mandar a mensagem...

-- Ah... Acho que vou lá daqui a pouco... 

-- Mas eu pensei que a gente ia ficar o dia em casa... Aproveitar minha folga...

-- Dulce, o Cris está em coma por minha causa... Preciso ficar ao lado dele, da família dele nesse momento...

-- Ele é culpado da mesma forma... Mas enfim... Faça o que você achar melhor.

Quando finalmente estava pronta para agarrá-la e tirar aquele bico com muito beijo, o celular dela tocou, para meu desagrado, era Maite.

--Oi Maite. Que recado? – Dulce me olhou com ares de censura – Não, não recebi nenhum recado, mas, me diga: o que houve? Conseguiram arrancar alguma nova informação desses bandidos? Sério? Telefone satélite? Conseguiram rastrear? Ok... Conversamos mais tarde então.

-- O que houve?

-- Já que você vai para o hospital ver o Cristian, vou encontrar com Maite.

-- Vai o quê?

-- …, encontrar Any. Ela tem algumas informações sobre o local de cativeiro do meu pai. Os bandidos nada revelaram, mas com a prisão, apreenderam um telefone satélite, e rastrearam as ligações recebidas. Daqui a pouco ela receberá a informação precisa acerca da origem das ligações, provavelmente, do quartel da facção.

-- Eu vou com você.

-- Ah não precisa, vá ver o Cristian, aproveita e mate as saudades da Juliana.

-- Dulce! – Exclamei franzindo a testa.

De repente, Dulce virou o jogo. Meu aparente domínio da situação caiu por terra, e agora, o bico era todo meu:

-- Faço as duas coisas... Mas nem sob decreto eu deixo você a sós com aquela biscate!

Dulce tentou, mas não conseguiu conter o riso. Levantei-me nervosa, presa aos lençóis, tropecei e se não fosse o hábil reflexo de minha namorada, eu me estrebucharia no chão. 

-- Opa! De volta ao nosso começo... Salvando você de quedas...

Ficamos de rosto quase colados, e outra vez, dominada, nos braços de Dulce, me entreguei aos lábios quentes de minha namorada em um beijo urgente, necessário. A língua de Dulce explorou meus lábios, sugou-os acendendo meu desejo, especialmente quando Dulce sussurrou ao meu ouvido:

-- Dá pra mim...

Senti meu corpo estremecendo... Ora... Como não dar? Era tudo que meu corpo queria, eu estava rendida, meu sexo molhado ansiava pelas mãos de Dulce penetrando-o, meu desejo era domínio dela, o meu amor se encontrava em cada beijo, em cada toque, em cada carícia da minha namorada.

-- … tudo seu meu amor...

Dulce me jogou na cama, despiu-se e desfez-se da minha camisola de cetim rapidamente, e mergulhou sua boca nos meus seios túrgidos, a excitação tomando de conta de cada pedaço de minha pele provocava o movimento de minhas pernas se abrindo para o encaixe perfeito dos nossos sexos encharcados. 

O despertador do micro system no quarto pareceu estar sincronizado com nossos pensamentos, enquanto Dulce rebolava seus quadris por cima do meu a música começou a tocar:

Dobro os joelhos
Quando você, me pega
Me amassa, me quebra
Me usa demais...
Perco as rédeas
Quando você
Demora, devora, implora
E sempre por mais...
Eu sou navalha
Cortando na carne
Eu sou a boca
Que a língua invade
Sou o desejo
Maldito e bendito
Profano e covarde...
Desfaça assim de mim
Que eu gosto e desgosto
Me dobro, nem lhe cobro
Rapaz!
Ordene não peça
Muito me interessa
A sua potência
Seu calibre, seu gás...
Sou o encaixe
O lacre violado
E tantas pernas
Por todos os lados
Eu sou o preço
Cobrado e bem pago
Eu sou
Um pecado capital...
Eu quero é derrapar
Nas curvas do seu corpo
Surpreender seus movimentos
Virar o jogo
Quero beber, o que dele
Escorre pela pele
E nunca mais esfriar
Minha febre...
Eu quero é derrapar
Nas curvas do seu corpo
Surpreender seus movimentos
Virar o jogo
Eu quero é beber, o que dele
Escorre pela pele
E nunca mais esfriar
Minha febre...
(LUXÚRIA – ISABELLA TAVIANI)

Nos lábios de Dulce, um sorriso cheio de malícia, nossos movimentos provocavam a massagem de nossos clitóris, e gradualmente aumentamos a força e velocidade daquela sincronia de movimentos, e assim, ao som da voz sensual de Isabela Taviani, gemendo e suspirando conosco na música, Go..zamos juntas.

Antes de me refazer, ainda faminta, e ainda sobre mim, Dulce deslizou seus dedos no meu sexo encharcado, vibrante, arrancando um gemido alto, e o arqueamento do meu tronco. Uma de minhas pernas se encaixou entre as duas pernas de Dulce, e assim minha coxa sentia o que escorria do sexo de Dulce, enlouquecendo-me de tesão, enquanto os dedos dela percorriam minha cavidade demonstrando seu domínio absoluto da minha anatomia, minha namorada sabia onde tocar e como tocar, sabia quando devia impor mais força e quando devia colocar mais dedos... Assim, penetrou dois dedos num vai-e-vem frenético, usando o polegar para continuar a massagear meu clitóris, simultaneamente fechou suas pernas entre a minha, que se movimentava a fim de persistir na pressão do seu clitóris.

Mais uma vez chegamos juntas ao orgasmo, mas minha sede ainda não estava satisfeita, queria mais... E como Dulce continuava sobre mim, puxei-a pela cintura, deixando-a com as pernas abertas na altura da minha boca, para assim mergulhar minha língua no seu sexo deliciosamente molhado. Suguei, Chu..pei, lambuzei-me no seu gozo, depois de impor força e ritmo hora deslizando minha língua, hora beijando os pequenos lábios, hora usando meu queixo nos movimentos de vai e vem, segurando-a pelo bumbum, senti suas carnes estremecerem, e o gemido, que agora eram gritos de prazer, ecoar pelo quarto. 

Dar prazer àquela mulher era uma das sensações mais plenas que já senti, era quase uma simbiose uma vez que o prazer dela era o meu também.

-- Quero você pra sempre Any... 

-- Também te quero... Como minha mulher, para sempre meu amor.

Dulce me tinha nas mãos de novo: fato. E eu, a amava como nunca, e não queria mais perder tempo com rusgas infantis. Como combinado, passamos no hospital para saber notícias do Cris que se mantinha estável, mas sem evolução. Passamos na delegacia, onde Maite e outros agentes que não conhecíamos nos aguardavam. 

-- Finalmente a doutora resolveu dar as caras... Esperava você há uma hora Lisa.

-- Desculpe-me Maite, tínhamos algumas coisas para resolver... Mas, me diga, descobriu mais alguma coisa?

-- Venha comigo, vamos até outra sala para conversarmos melhor.

Sem o menor pudor acompanhei Dulce que seguia Maite, ao notar minha presença no corredor, a agente olhou com desdém para mim dizendo:

-- Não me lembro de ter chamado você.

-- … verdade, você não me chamou, mas não precisa se desculpar entendi o convite.

-- Você não se manca não é... Minha conversa é com a Lisa, não com você.

-- Você é que não tem semancol queridinha, não há mais conversas particulares entre você e minha namorada, você está me entendendo?

-- Escute aqui mocinha...

-- Maite chega! Any, por favor!

Dulce nos interrompeu, antes que eu e Maite nos engalfinhássemos. 

-- Parecem duas crianças! Maite, o que quer que você vá me dizer, pode ser dito na frente da Any, não tenho mais segredos com ela. Any será que você pode se comportar, por mim, por favor?

Cruzei os braços, balançando os ombros fingindo indiferença, Maite, apertou os olhos em minha direção furiosa. Entramos em uma pequena sala e lá, a policial deu detalhes das informações que obteve com o rastreamento do telefone satélite, apreendido com os bandidos.

-- Como pensamos seu pai não está em Honduras. Está na Colômbia, sob o poder da FARC, nossa missão vai ser muito mais difícil do que supúnhamos.

-- Mas, vocês tem a localização precisa não? – Perguntou ansiosa Dulce.

-- Sim, a inteligência descobriu usando satélite dos EUA, nesse momento um diretor da INTERPOL está reunido com generais do exército brasileiro e colombiano para articular a ação conjunta, não podemos agir só com nossos policiais.

-- Quando será a ação? – Perguntei.

-- Em alguns dias. Precisamos do filme Lisa, é hora de entregá-lo. 

-- Só entregarei durante a operação.

-- Lisa, você está louca se acha que vou permitir que esteja presente na operação! – Maite falou encarando Dulce.

-- Eu vou, quero estar perto, acompanhando tudo, fazer o que meu pai disse entregar o filme apenas a ele...

-- Meu amor... Isso não faz sentido. – Cochichei.

-- Não adianta vocês argumentarem, eu vou!

-- Lisa, não é hora para isso, teremos mais uma preocupação, que é proteger você, quando deveria ser somente seu pai, por favor, colabore. 

-- Amor odeio dizer isso, mas ela está certa.

-- Minha mãe me fez prometer, que eu só entregaria ao meu pai...

Dulce se entregou às lágrimas como uma inocente criança, abracei-a e compreendendo seu propósito, como uma promessa sagrada à sua mãe, confortei-a:

-- Meu amor, sua mãe não poderia supor a situação que seu pai estava, e um momento como esse. Você era só uma criança, eu sei, entendo sua lealdade ao que você prometeu à sua mãe, mas, agora é hora de salvar a vida do seu pai...

-- … Lisa. Precisamos do filme, para ser nossa moeda de negociação, provar que o temos.

-- Primeiro quero a garantia que meu pai está vivo.

-- Mas por quê? O que você vai fazer com o filme se...

As reticências de Maite despertaram a tensão de minha namorada que respondeu visivelmente mais sensível:

-- Se meu pai estiver morto, eu pessoalmente vou colocar a boca no mundo, vou denunciar esse ditador sanguinário, vou aos jornais, televisão, e vou destruí-lo. 

-- Ah que beleza de ideia! E acabar como o resto de sua família?

-- Maite!

Minha exclamação parece ter chamado a atenção da agente que percebeu o quanto foi insensível.

-- Desculpa Lisa... Eu me excedi, mas você sabe o quanto me preocupo com você...

-- Se eu acabar como minha família Maite, será só uma correção do tempo... Era o que devia ter acontecido, anos atrás.

O tom de Dulce parecia embutir revolta, e a amargura das palavras dela me deixou triste, de repente, a mulher que eu amava apresentou uma face pouco conhecida para mim, ou pelo menos, uma face que eu acreditava ter sido dissipada pelo nosso amor. Maite emudeceu por alguns segundos, balançou a cabeça negativamente, e disse:


-- Se não aconteceu anos atrás, agora sob minha proteção não acontecerá! Vou tentar conseguir provas de que seu pai está vivo, mas se não o conseguir, vou precisar do filme assim mesmo Lisa.


 


 


  Gente os proximos Capiulos prometem pegar fogo, se preparem porque o bicho vai pegar. A Fic esta chegando a reta final ja



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Autor(a): angelr

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Saímos da delegacia sem falar praticamente nada. Experimentava uma tristeza tão estranha... Senti-me impotente diante do drama, dos fantasmas e marcas que Dulce tinha. Também estava decepcionada, por que acreditava que nosso amor havia mudado a vida dela assim como mudou a minha, e talvez por isso, não tive coragem de cumprir meu papel de apoiar D ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • tryciarg89 Postado em 20/05/2023 - 21:04:11

    Simplesmente linda, emocionante, engraçada e apaixonante

  • NoExistente Postado em 27/01/2021 - 12:08:36

    Fui obrigada a comentar. Senhor, nem sei o que eu digo dessa estória maravilhosa. Tinha acabado de ler uma fic meio decepcionante delas e entrei sem muitas expectativas aqui. Minha surpresa foi apegar a escrita e o jeito dos personagens, me emocionar, rir e sorrir com a narração. Perdi minha vida nos últimos 4 caps, e foi surpreendente como conseguiu transmitir a tristeza e, sinceramente, cheguei a um estado de negação e desespero. Obrigada por essa leitura fantástica.

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:18:06

    justin_rbd - *__*

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:41

    portinonnessa14 - hahaha tadinhas ne

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:15

    flavianaperroni - Pode deixar que aviso

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:16:45

    anymaniecahastalamuerte - Sempre que puder compartilharei

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:13:46

    garotaloka - Que bom fico feliz *_*

  • justin_rbd Postado em 24/01/2015 - 12:12:52

    final mais que perfeito !!

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:25:21

    Vamos gente todo mundo ler a web da nossa querida Angelr Um doce amor que é ótima

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:22:33

    Oi Angelr minha querida a que bom que a Dulce está viva agora sim posso respirar aliviada o que posso dizer desse final foi lindo e bem o que eu queria mesmo o mais importante é que as duas ficaram juntas neh afinal sou portinon neh e não aguento ver a minha Anny sofrer mais obrigada beijinhos


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