Fanfics Brasil - Capitulo 8 Aconteceu Você

Fanfic: Aconteceu Você | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 8

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Dulce não se intimidou com meu sarcasmo atrapalhado, manteve-se perto de mim deixando-me com a respiração ofegante e o coração acelerado. Minhas pernas tremiam, e não conseguia desviar meu olhar do dela.

-- Acho que podemos deixar as coisas mais justas e você se divertir um pouco mais, você está precisando... Vem comigo?

Ela fez um movimento com a cabeça e puxou minha mão gelada:

-- Eu não posso, o Cris vai ficar preocupado, ele vai me deixar em casa.

-- Não se preocupe, já avisei ao Cristian que eu te levaria em casa.

Não contestei em segui-la, exceto quando notei Dulce cambalear ao andar:

-- Tenho uma exigência doutora...

-- Estava demorando... Pois não donzela!

-- As chaves do carro! Eu dirijo você não está em condições de dirigir.

-- Mas você não sabe o caminho!

-- O caminho você pode ensinar... 

-- Adoro ensinar...

A malícia na voz suave de Dulce, agora tinha um teor absurdamente sensual que me arrepiava inteira. Entramos no carro, trocando olhares, o meu tímido, o de Dulce era quase indecente.

-- Siga a estrada principal, na primeira bifurcação dobre a esquerda. – orientou Dulce.

Apenas balancei a cabeça positivamente e segui a orientação de Dulce que me olhava fixamente, me deixando mais nervosa:

-- O que foi Dulce?

-- O que foi o que?

-- Está me olhando assim... Está com medo de que eu bata seu carro?

-- A minha menor preocupação nesse momento é com meu carro...

Nesse momento, Dulce tinha um sorriso arrebatador, com muito sacrifício mantive minha concentração no volante, mas quando ela roçou o dorso de sua mão macia no meu braço, senti meu corpo estremecer. Ruborizei, respirei fundo, que espécie de energia tinha aquela mulher que deixava minha sensibilidade tão evidente? 

-- Está tudo bem Anahi?

-- Hã? 

-- Perguntei se está tudo bem... Você parece nervosa...

-- … que... Sou fraca...

Dulce sorriu discretamente, como se saboreasse uma pequena vitória e avisou:

-- Dobre aí à esquerda e siga pela trilha da estrada de terra.

Dirigi por alguns minutos pela estrada de terra, até encontrar um portão de madeira. 

-- Pare aqui, esta é minha casa.

Dulce desceu do carro e abriu o portão. Entrei com o carro avistando uma casa de campo requintada, com um alpendre espaçoso, à frente um jardim muito bem cuidado, e toda propriedade era cercada de árvores frondosas. Desci do carro encantada com a paisagem, ainda sem saber o que eu fazia ali.

-- Venha Anahi, entre na minha humilde residência.

Tímida, coloquei minhas mãos nos bolsos de frente da calça e segui Dulce até o interior de sua casa. Contemplei a decoração rústica, mas elegante. Dulce convidou-me a sentar no sofá espaçoso e confortável e sentou-se ao meu lado. 

Notei Dulce se aproximar de mim, e fiquei apavorada. Quando ela passou a mão pelo meu cabelo e deixou sua boca quase colada na minha, inventei de sentir sede... Se bem que minha boca estava mesmo seca, sedenta de algo que nunca desejei tanto: os lábios de uma mulher. 

-- Quero água! Você pode me dar água?

Meio frustrada Dulce se afastou e respondeu:

-- Claro.


Dulce levantou, e eu a segui até a cozinha, bebi o copo d’água com uma voracidade desconcertante. A dona da casa não só me observava, ela me devorava com os olhos. Não tardou mais concretizar o desejo evidente. Dulce se aproximou de mim, pressionando-me contra o balcão da cozinha, acariciou meus cabelos, e tomou minha boca com sofreguidão, me deixando sem forças, sem qualquer defesa no beijo mais excitante que experimentei em toda minha vida.

Seus lábios eram os mais quentes que me beijaram até aquele dia. Um beijo perfeito, na intensidade, na velocidade... Nem muito molhado, nem seco, sua língua parecia massagear minha libido tamanha era a excitação despertada naquele momento.

Nossos lábios se afastaram lentamente, minhas pernas tremiam, e minhas mãos suavam, a respiração quente de Dulce na minha pele provocava em mim uma sensação indescritível de ansiedade misturada a um desejo incontrolável de me jogar nos braços dela e me perder outra vez na sua boca. E como se entendesse o que meu corpo clamava, Dulce segurou minha nuca puxando minha boca para perto da sua, beijando-me com volúpia. 

O beijo não deixava espaço para qualquer reflexão, palavras, me entreguei como se fosse o último momento da minha vida. Dulce me conduziu pela casa sem cessar o beijo, me jogou no sofá, e sua língua roçou pelo meu pescoço, colo, despertando meu gemido. Minhas mãos pareciam cumprir a obrigação de explorar aquele corpo tão quente e delicioso. A maciez da pele de uma mulher para mim nunca me inspirou sensualidade, mas os movimentos de Dulce sobre mim roçando nossas peles era o momento mais prazeroso na minha vida até então.

As mãos de Dulce por baixo da minha roupa eriçavam cada pedaço do meu corpo, e nossos beijos eram cada vez mais intensos, e eu não podia acreditar que estava nos braços de uma mulher me derretendo de tesão.


Mas meu famoso talento para confusão deu seu ar de sua graça finalmente... O zíper da minha calça ficou preso no cinto da Dulce, e tentando me desvencilhar, acabei provocando nossa queda no chão.

-- …... Estava demorando... Nós duas juntas e nenhuma queda... – Disse Dulce esfregando a mão na cintura.

Sorri escondendo meu rosto entre minhas mãos:

-- Desculpa Dulce, eu sou muito desastrada mesmo...

Dulce abriu aquele sorriso que me desestruturava... Aproximou-se mais uma vez de meus lábios, beijando-me suavemente:

-- Onde foi mesmo que paramos?

A voz de Dulce bem perto do meu ouvido era suficiente para acender meu desejo, quando estava me entregando em outro beijo, senti minha perna tremer sem parar:

-- Anahi... Está vibrando...

-- Está sim... Está tudo vibrando mesmo...

-- Anahi estou falando do seu celular no bolso, está vibrando...

-- Ah!

Sorri sem jeito, pegando meu celular no bolso, era Cristian, tinha que atender.

-- Oi Cris.

-- Any, onde você está?

-- …... Estou... Estou...

-- Você está com a Dulce?

-- Sim...

-- Amiga preciso dela, o Diego bebeu demais, passou mal, mas não posso levá-lo para o hospital, o pai dele está de plantão hoje.

-- Onde vocês estão?

-- Na minha casa, venham logo!

-- Estamos indo.

Expliquei a situação a Dulce, que se apressou em pegar sua maleta, e seguimos para a casa do Cris, a fim de atender seu namorado. No percurso não trocamos nenhuma palavra, mas meu corpo ainda queimava de desejo olhando para Dulce concentrada mexendo nos itens da sua maleta de médica.

Chegamos à casa do Cris, Diego estava desmaiado, depois de examiná-lo constatou que não era nada grave, Dulce administrou uma ampola de glicose, em minutos Diego já dava sinais de consciência, nos tranquilizando.

Deixamos a casa do Cris, eu um pouco constrangida, pelo olhar do meu amigo para nós duas. Dulce me deixou em casa, e na porta me senti como uma adolescente que saía com um carinha pela primeira vez, em dúvida sobre como me despedir dela, na verdade, queria mesmo era convidá-la para entrar, e naquele silêncio dentro do carro, falamos ao mesmo tempo:

-- Boa noite.

Fiz menção de sair do carro, mas, minha vontade de beijá-la foi mais forte. Quando me aproximei dela, senti sua mão nos meus lábios:

-- Não faça isso...

Estranhei e não nego, me irritei com o gesto dela, deduzindo que ela poderia estar arrependida pelo que aconteceu mais cedo entre nós. Não esperei justificativas, desci do carro furiosa, batendo forte a porta, deixando Dulce com cara de interrogação.


 



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Autor(a): angelr

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Outra noite longa sucedeu o momento mais incrível da minha vida até então. Perdi-me entre dúvidas acerca do comportamento de Dulce e sobre minha própria reação diante do meu primeiro beijo em uma mulher. O que teria acontecido se não tivesse sido interrompida pela ligação do Cris?  Curiosa sobre esse ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 247



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  • tryciarg89 Postado em 20/05/2023 - 21:04:11

    Simplesmente linda, emocionante, engraçada e apaixonante

  • NoExistente Postado em 27/01/2021 - 12:08:36

    Fui obrigada a comentar. Senhor, nem sei o que eu digo dessa estória maravilhosa. Tinha acabado de ler uma fic meio decepcionante delas e entrei sem muitas expectativas aqui. Minha surpresa foi apegar a escrita e o jeito dos personagens, me emocionar, rir e sorrir com a narração. Perdi minha vida nos últimos 4 caps, e foi surpreendente como conseguiu transmitir a tristeza e, sinceramente, cheguei a um estado de negação e desespero. Obrigada por essa leitura fantástica.

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:18:06

    justin_rbd - *__*

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:41

    portinonnessa14 - hahaha tadinhas ne

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:17:15

    flavianaperroni - Pode deixar que aviso

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:16:45

    anymaniecahastalamuerte - Sempre que puder compartilharei

  • angelr Postado em 24/01/2015 - 23:13:46

    garotaloka - Que bom fico feliz *_*

  • justin_rbd Postado em 24/01/2015 - 12:12:52

    final mais que perfeito !!

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:25:21

    Vamos gente todo mundo ler a web da nossa querida Angelr Um doce amor que é ótima

  • portinonnessa14 Postado em 24/01/2015 - 02:22:33

    Oi Angelr minha querida a que bom que a Dulce está viva agora sim posso respirar aliviada o que posso dizer desse final foi lindo e bem o que eu queria mesmo o mais importante é que as duas ficaram juntas neh afinal sou portinon neh e não aguento ver a minha Anny sofrer mais obrigada beijinhos


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