Fanfic: Seu Amor: Meu presente inesperado DYC- Terminada...

Durou apenas um segundo, mas o calor chegou ao coração sofrido de Dulce. Chris recuou e indagou:
—Você aguenta voltar para a festa?
Ela assentiu, sentindo-se mais forte, pronta para mais desgaste.
Na cozinha, Dulce ajudou Mayte e a sra.Uckermann no preparo da refeição. Algumas visitas já tinham ido embora, mas uma boa multidão ainda se reuniu em torno da enorme mesa de jantar, e ninguém reparou no silêncio de Dulce, sentada ao lado de Christopher, que parecia empenhado em ocultá-la de Alfondo e Giovanna usando o próprio corpo como barreira.
Depois, ele a encontrou ajeitando os panos de prato usados para enxugar a louça.
—Podemos ir embora quando quiser — prontificou-se.
Dulce agarrou a oportunidade. Composta, aplacou a surpresa de Mayte ao se despedir observando que se tratava de uma ocasião familiar, e repetiu os votos de felicidade a Alfonso e Giovanna
Minutos depois, no carro de Christopher, Dulce respirou fundo enquanto travava o cinto de segurança.
Chris deu a partida e tomou a rua.
—Pode desabafar agora, se quiser.
Ele devia estar esperando que ela caísse em prantos, finalmente.
Embora lutasse contra as lágrimas havia horas, sua vontade de chorar desaparecera por completo. Permaneceu imóvel e quieta durante todo o trajeto de volta à cidade. O brilhe do sol nas águas do porto, enquanto rodavam pela via movimentada, parecia zombar de seu estado de desespero.
Christopher deixou a via expressa e olhou-a ao reduzir a marcha.
—Vai ficar bem sozinha?
—Não vou cortar os pulsos — prometeu Dulce.
Ele sorriu.
—Sei que não. Se quiser ficar no meu apartamento, tenho um quarto de hóspedes...
Ela meneou a cabeça.
—Obrigada, mas não. Você foi maravilhoso, Christopher.
—Não me custou nada. Quase torci o pescoço dele, mas não poderia transformar o retorno numa tragédia.
Christopher podia estar compadecido dela, mas sua preocupação primeira era com a família. Sempre na companhia dos irmãos menores dele, também recebera sua proteção, mas, tendo de optar, ele a sacrificaria sem hesitar.
O que era certo e natural. Só que Dulce não se sentia melhor por isso.
—É pena sua mãe estar tão longe...
Havia três anos, a mãe de Dulce se mudara para Invercargill, no outro lado do país, com o segundo marido.
—Estou velha demais para correr para a saia da minha mãe.
Aprendera cedo que recorrer à mãe nunca resolveria nada. Branca Savion amava a filha, mas houve época em que enfrentara problemas grandes demais para lidar com os de Dulce também.
—Se precisar de um ombro amigo... é só ligar — ofereceu-se Chris.
Ela esboçou um sorriso.
—Obrigada, mas não será preciso.
—É do tipo independente?
—Sempre tentei ser.
—Tinha de ser, acho. Deve ter sido difícil perder o pai tão cedo.
—Nunca o conheci realmente... tenho apenas vagas lembranças. Mas foi difícil para minha mãe. Fico feliz que ela tenha encontrado alguém.
—Prometemos ficar de olho em você, sabe, quando ela foi morar no extremo sul.
Dulce tinha só vinte anos então, ainda estava na universidade e morava no alojamento de estudantes.
—Acho que ela não pensava em ver a filha dando trabalho para a sua família a vida toda.
Christopher conduziu o carro pela tranquila rua de subúrbio em que ela e Mayte moravam.
—Você não é um fardo, Dulce. É uma amiga. E vai ser difícil para você nos próximos meses, talvez. Não vai se abrir com Mayte, vai?
Seria uma pergunta ou um alerta disfarçado?
—Não. — Já seria um desafio para Mayteadaptar-se a uma estranha com direitos sobre seu irmão gémeo. Saber que a melhor amiga estava apaixonada por seu irmão só aumentaria o estresse.
—Pronto. — Ele estacionou diante do prédio. — Vou entrar com você.
—Não precisa...

Comentem pleaseeee....

beijoks

karol ^^ S2