Fanfic: Seu Amor: Meu presente inesperado DYC- Terminada...

—Claro que não! — negou Dul , rápido. — Fiquei no quarto de hóspedes. Aliás, ele disse que podíamos nos instalar lá esta noite também.
Mayte fitou-a por mais um segundo, e então meneou a cabeça, como se dispensasse uma ideia fantástica demais.
—É, mas ainda está bem bagunçado por aqui, não? Imagino o jeito que estava ontem.
—Sim, a água podia ter causado mais estragos antes que alguém percebesse. Os vizinhos de cima viajaram neste fim de semana.
Tocaram a campainha. Dul apressou-se para atender e viu os vizinhos do andar superior constrangidos, desculpando-se pelo incidente e oferecendo uma garrafa de vinho. Mayte não teve mais oportunidade de questioná-la sobre a noite como hóspede no apartamento de Christopher. Duas semanas depois, o casal Uckermann ofereceu uma festa de noivado para Alfonso e Giovanna. Mayte montou um esquema para passar o fim de semana na casa dos pais e ajudar nos preparativos. Dulce não foi, alegando que a casa já estaria cheia e que, além disso, tinha trabalho para colocar em dia. Mas, claro, compareceria à festa. Christopher lhe oferecera carona.
De fato, Dulce levava trabalho para casa, às vezes. Editava documentos para os membros do conselho da universidade. Mayte a deixou trabalhando sobre uma pilha de papéis na sexta-feira, quando Alfonso foi buscá-la no carro dos pais.
Naquela semana, Dulce comprara um vestido novo e passara num salão de cabeleireiro chique para retocar os cabelos e adotar um corte novo e elegante.
No sábado à noite, Christopher deslumbrou-se ao vê-la no vestido rosa brilhante decotado, com sandálias de salto alto.
—Se quer mostrar a Alfonso o que ele está perdendo, vai conseguir.
—É uma festa — justificou Dulce.
Christopher estava lindo de morrer! Nunca reparara muito nele, mas nesta ocasião representava a perfeita elegância masculina ao combinar camisa de linho com calça escura e paletó leve.
Quase não conversaram no caminho. Christopher parecia preocupado, e Dulce estava nervosa. Na chegada, ao abrir a porta do passageiro, ele a tocou rapidamente no braço.
—Podemos nos retirar na hora que quiser.
—Ficarei bem — afirmou Dulce, empertigando-se. — Ficarei bem
Mas foi inevitável o aperto no coração quandoAlfonso a abraçou e beijou no rosto. Sustentando o sorriso, cumprimentou Giovanna e lhe entregou a caixa contendo um jogo de cálices de cristal embrulhada para presente.
Giovanna estava radiante e Alfonso , mais lindo do que nunca. Dulce aliviou-se quando Chris a afastou do casal feliz a pretexto de pegarem um aperitivo.
— E melhor comer algo também — recomendou ele, ao lhe passar o copo de gim com limão. — Há castanhas e salgadinhos ali. — Conduziu-a ao bufe.
— Não se preocupe. — Dulce pegou um taco e mergulhou na guacamole. — Não vou ficar bêbada e molestá-lo novamente
prometeu.
Christopher ergueu o sobrolho.
— Você me desaponta, Dul. Eu estava esperando por isso...
Ela arregalou os olhos. Christopher estava flertando com ela?
O sorriso indicava que sim. Então, ele riu de leve.
— Eu disse que gostei do beijo. E demais esperar repetição?
Dul enrubesceu.
— Sim... quero dizer, sabe que eu estava... que eu não estava sóbria naquela noite — lembrou, gaguejante. — Mayte diz que você é como um irmão mais velho para mim.
— Mayte diz um monte de bobagens. — Christopher observou-a saborear outro taco e lamber a guacamole que escapara. — Acho que devia deixar claro que não a vejo como irmã.
Por um instante, Dulce sentiu-se magoada. Então, voltou-se na díreção em que Christopher olhava e viu Alfonso observando-os. Chris inclinou-se e lhe sussurrou ao ouvido:
— Se quiser uma nuvem de fumaça, estou disponível.
Finalmente, Dulce entendeu. Christopher fingia estar interessado nela, para que Alfonso não desconfiasse de seus verdadeiros sentimentos e se compadecesse diante da pobre-coitada rejeitada. Mas o orgulho impôs-se.
— Não precisa fazer isso, Christopher. Como já disse, sou adulta.
— Você teve uma paixonite que se desenvolveu mal.
Ela arregalou os olhos ante o tom levemente malicioso.
— Como?
— Entrou em estado de suspensão quando Alfondo partiu para os Estados Unidos. Quando vai despertar e sorver o perfume das flores?
— Não fiquei sentada em casa esperando — protestou Dulce, ressentida com o retraio que ele pintara. — Tenho um emprego interessante e muitos amigos... Até tive uns encontros.
— Mas não teve nenhum relacionamento sério, teve?
Dulce ficou atónita.
— Não é da sua conta!
Christopher riu alto, relaxando as feições normalmente severas, com calor no olhar. A distância, Alfonso olhou para o irmão mais velho, curioso.
—Não sei qual é a graça — censurou Dulce.
O esforço que ele fazia para controlar o sorriso traía a sinceridade das desculpas.
— Estou me lembrando de quando era uma criança...
— Esquentada? — completou Dulce.
Christopher meneou a cabeça.
— Um pingo de gente, mas teimosa feito mula. Leal ao extremo e agressiva na defesa. Ninguém podia com você. E ai daquele que atacasse um dos gémeos...
— Um monstrinho.
— Em absoluto. A lealdade pode ter sido mal entendida, mas é uma qualidade admirável, ainda que irritante, às vezes. E a agressividade se suavizou.
— Eu era bem insegura quando me mudei para este bairro.

Comentem pleaseee

beijoks

karol ^^ S2