Fanfic: Seu Amor: Meu presente inesperado DYC- Terminada...
Ele desaprovou: — Eu sei. —Chris abaixou-se e pegou o paletó.
— Isso não é refeição.
— Estou satisfeita.
Christopher consumiu metade da travessa, limpou os dedos no guardanapo e recostou-se na árvore antiga para saborear o vinho.
Uma mariposa passou por eles e desapareceu na escuridão. Continuaram degustando a bebida, atentos aos risos vindo da casa.
— Devíamos voltar à festa? — indagou Dulce.
— Não há pressa. Ainda está com frio?
— Não, mas você... — Ela tocou no paletó que ele lhe emprestara.
— Não se preocupe comigo.
Na casa a risada diminuiu, substituída por um burburinho. Uma voz... a do sr.Uckermann... destacou-se, seguida por palmas.
— Estão fazendo discursos — concluiu Dulce. Discursos de felicitações. Alfonso declararia algo sobre o noivado, sobre a noiva. — Você devia estar lá. — Todos deviam estar indagando sobre Christopher.
Ele agarrou-lhe a mão, impedindo-a de se levantar.
— Você não quer estar lá, quer?
Dulce não respondeu.
— Nem eu — adiantou Christopher. — Vamos acabar o vinho.
Assim fizeram, o silêncio pontuado pelas vozes dos amigos de Alfonso, risadas e aplausos, alguns brindes. Quando, o burburinho de conversas paralelas recomeçou, Dulce suspirou aliviada.
Christopher esvaziou a taça, pegou a de Dulce, também vazia, e as deixou junto da garrafa vazia.
— Você está bem? — indagou ele.
— Claro. — Dulce levantou-se, tão rápido que o paletó escorregou.
Já de pé, Christopher pegou o paletó e o ajeitou novamente nos ombros dela.
Ele não se afastou em seguida, mantendo as duas mãos na lapela. Num impulso beijou-a de leve na testa, o que, para desânimo dela, lhe propiciou lágrimas. Ela reprimiu um soluço.
— Dulce— consolou ele, beijando-a no rosto molhado. — Não chore.
Homens detestavam ver mulheres em prantos. Dulce estava constrangendo a ele... e a si mesma.
— De... desculpe-me — sussurrou ela, cerrando os dentes. — Deixe-me sozinha... eu ficarei bem. — Fechou os olhos para estancar as lágrimas.
— Não posso. — Christopher a segurou pela nuca e acariciou a pele sensível atrás da orelha.
Fitaram-se por um segundo. Então, ele a beijou nas pálpebras úmidas. A seguir, Dulce sentiu o calor da boca dele junto à sua, a língua levemente provocante, pedindo passagem... havia uma certeza e uma ternura eletrizantes.
Dulce emitiu um som abafado de surpresa e, por um segundo, Chris hesitou. Logo determinou-se e a abraçou pela cintura por dentro do paletó. Espalmando as mãos com firmeza nas costas macias, iniciou uma trilha de beijos ardentes por seu pescoço.
Dulce sentiu o coração disparar, o corpo em chamas. Seu juízo lhe dizia que aquilo era loucura, mas a matéria não obedecia. Reagia às batidas do coração de Christopher junto ao seio, a respiração ofegante. Ao inalar o cheiro de banho e masculinidade, o beijo tornou-se mais íntimo, excitante. Sem pensar, agarrou-o pelo pescoço, e o paletó escorregou de seus ombros para o gramado.
O ar frio os envolveu, e ela estremeceu. Chris ergueu a cabeça de repente, afrouxou o toque e separou-se um pouco.
— Não pretendia que o beijo saísse tão... entusiasmado — afirmou, respirando fundo.
— Eu também me deixei levar. — Dulce sentia-se perdida, como se transpusesse uma porta conhecida, mas se visse num país estrangeiro. — E não pretendia que fosse assim, tampouco.
Dulce recuou.
— Pode ficar com ele. — Estava com calor naquele momento. — E... já vamos entrar mesmo.
— Está mais do que na hora, eu diria. — Ele pareceu hesitar. — Acho que não foi nem razoável.
Razoável? Fora... espantoso, pensou ela. E um choque.
— Mesmo assim... sabe o que dizem. — Chris jogou o paletó sobre o ombro e passou a mão nos cabelos.
— O quê? — Dulce tentava entender o que acontecera ali, e mal ouvia o que ele dizia.
— Sobre amor e... esqueça. — Christopher suspirou resignado. — Causou o efeito desejado, de qualquer forma. Você parou de chorar.
Sim, parara mesmo. Dulce engoliu em seco.
— Método um pouco drástico, não?
— Foi só um beijo, querida. — A atitude dele era casual, como se um beijo... aquele beijo... não fosse nada.
Pela primeira vez, Dulce cogitou quão experiente Christopher seria em termos de sentimento. Conhecera algumas de suas namoradas, mas não sabia se ele chegara a amar alguma delas. Com certeza, era bem mais experiente do que ela. Mas talvez não desse tanta importância aos beijos...
— Bem, sabe como o vinho me afeta — justificou Dulce, sem graça. — E tomamos uma garrafa!
— Você não está bêbada — assegurou Chris, um tanto áspero.— Se estivesse, eu não teria tocado em você.
Era um aviso de que queria beijá-la novamente. Mas ela acreditava que o objetivo fosse desconcertar Alfonso, fazê-la rir e parecer que se divertia na festa. Provar que ela podia atrair outros homens..
Autor(a): karolina
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Dulce não tinha dúvida de que ele apreciara o beijo. Também não podia negar que gostara.Mesmo sofrendo com a perda de Alfonso, como podia responder a outro homem daquela forma? Com certeza, não era tão frívola.Sexo, concluiu, enquanto voltavam para a casa. Mantivera a questão em segundo plano durante quatro anos e a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1473
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anne_mx Postado em 03/11/2022 - 10:03:37
Que fanfic lindaaaa, eu amei <3
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lah Postado em 17/12/2010 - 23:36:51
posta posta maisssssssssss
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lah Postado em 17/12/2010 - 23:36:40
maisssssssssssssssssssssssssssss
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lah Postado em 17/12/2010 - 23:36:34
Não demora pra postarrr
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lah Postado em 17/12/2010 - 23:36:22
maissssssssssssssssssssssssss
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lah Postado em 17/12/2010 - 23:36:11
*-*
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lah Postado em 17/12/2010 - 23:35:57
maissssssssssssssssssssssssssssss
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lah Postado em 17/12/2010 - 23:35:50
estou amandoo
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lah Postado em 17/12/2010 - 23:35:39
please
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lah Postado em 17/12/2010 - 23:35:32
mais mais mais