Fanfic: Seu Amor: Meu presente inesperado DYC- Terminada...

Agora, ele propunha o relacionamento mais íntimo que podia haver entre homem e mulher.
Christopher sorriu terno.
—Eu a quero muito, Dulce, e adoraria... que fosse minha esposa.
Satisfazer uma necessidade sexual, por mais potente que fosse, não parecia motivo suficiente para assumir tamanho compromisso.
—Se está fazendo isso para me levar para a cama... — começou ela, mas ele a calou com um olhar.
—Sabe... acho isso ofensivo, de certa forma — protestou Christopher.
—Desculpe-me. — Dulce sabia que ele não era tão cruel... nem estava desesperado. Ele gostava dela de verdade e talvez isso bastasse para ele. Mas não para ela. — Não posso me casar com um homem que não amo!
Ele estreitou o olhar e enfiou as mãos nos bolsos. Adotou um tom áspero, quase comercial.
—Ama os meus pais, não?
—Sim, mas é diferen...
—E Anahi?
—Gosto muito dela.
—E Mayte?
—Claro!
Alfonso fez pausa.
—E é louca por Alfonso. Está dizendo que sou o único membro da família que não ama?
—Sabe que não é a mesma coisa!
—Então, você me ama.
—De certa forma, sim...
—Uma forma que inclui sexo... luxúria... seja lá como chame. Uma emoção adulta, Dul, não uma ilusão adolescente cor-de-rosa. E eu te amo... — Ele fez outra pausa. — Diria que temos uma base bastante sólida para o casamento.
—É loucura. — Dulce massageou a têmpora, as artérias latejantes.
—Por quê? Todos os dias, pessoas que até pouco tempo antes eram totalmente estranhas uma à outra juram amor e confiança até a morte. Nós nos conhecemos quase a vida toda. Nenhuma surpresa desagradável e, com certeza, nenhum parente hostil.
O argumento era convincente. Dul não esperava amar novamente como amara Alfonso. Christopher lhe provocava sensações sexuais que ela nunca se imaginara ser capaz de sentir. E tinham muitas coisas em comum.
Ele usava o argumento mais persuasivo de todos... a promessa de ela concretizar seu lugar na família Uckermann, fortalecendo os laços que lhe eram tão importantes.
—Quer filhos? — indagou, sem pensar. Estava mesmo considerando a possibilidade? — Se houvesse crianças, nunca considerariam o divórcio. Ela nunca prejudicaria um filho dessa maneira, e tinha certeza de que Christopher também não.
—Espero que tenhamos filhos — replicou ele. — Você gosta de crianças, não gosta?
Dulce sempre imaginara que um dia teria uma família. Mas jamais sem se casar. Fazia questão de que seus filhos tivessem um pai, um que se comprometesse com eles por toda a vida.
Tudo o que Christopher dissera fazia sentido, entretanto...
Chris a abraçou, segurando sua cabeça contra o ombro. Então, beijou-a com carinho, demoradamente.
—Temos mais do que sexo — afirmou. — Embora seja importante e eu queira... com você. Se não tivesse demonstrado que quer também, eu não teria nem abordado o assunto. Já sei — adiantou-se, quando ela fez menção de falar. — Seu coração pertence a Alfonso. Posso me conformar com isso, até você superar essa fase. Um dia, verá que seu coração está normal... um pouco batido talvez, mas seu novamente. Porque ele não o quer.
Dul não sabia o que veio primeiro, o beijo ou o som da chave de Mayte na porta.
Se Christopher ouviu, nem ligou. Ela não retirou as mãos de sobre os ombros fortes. Christopher empenhou-se em invadir seus lábios para explorar.
—E o carro de Christopher lá fora... — comentou mayte, entrando. — Vocês dois ainda... ooh, desculpem! Estamos interrompendo algo?
Mayte estacara no vestíbulo, com Jason logo atrás. Christopher interrompeu o beijo, porém manteve o braço na cintura de Dul.
—Estão — confirmou, chateado.
—Podemos sair e entrar novamente — sugeriu Mayte, um sorriso satisfeito nos lábios.
—Não — respondeu Dulce. — Vou levar Christopher até a porta.
Mayte encarou o irmão.
—Está indo embora?
—Parece.
Dul abriu a porta ouvindo os cochichos vindo da sala. Christopher a fitou mais uma vez.
Ele tinha razão, pensou Dulce, Alfonso não a queria, mas seu coração tolo um dia sararia.
—Pense em tudo o que falamos — pediu ele, beijando-a rapidamente. — Telefono amanhã.
Com isso, deixou-a. Dul esperou até ele o carro dele desaparecer e percebeu que estava trémula, com os joelhos fracos.
Permaneceu recostada na porta por alguns segundos e, então, voltou para a sala.
—Vou me recolher — anunciou, fingindo não notar a expressão curiosa de Mayte.
Quinze minutos depois, Jason foi embora e, dali a segundos, Mayte invadia seu quarto.
—Não pode estar dormindo ainda.
Dul suspirou, sentou-se na cama e acendeu o abajur. mayte pôs as mãos na cintura.
—Vamos, o que está acontecendo entre você e meu irmão?
—Ele me pediu em casamento.
May quase se engasgou.
—Jura? Não acredito! — Atirou-se na cama e abraçou a amiga.
—Eu mesma mal posso acreditar — murmurou Dul.
—Vai ser minha cunhada! Bem, sempre achei que seria, mas pensei que fosse se casar com... — Sem completar, abraçou a amiga novamente. — Eu disse que ele gostava de você! Você disse sim, não é?
—Não, ainda não. — Dul não permitiria que o entusiasmo de May influísse sua decisão.
—Por que não? — Mayte levou a mão à boca. — Oh, lamento. Nós interrompemos, não foi? O ar estava carregado mesmo quando entramos...
—Provavelmente, foi melhor assim. Terei tempo para pensar.
—No quê? Conheço você, Dul. Não beijaria Christopher daquele jeito, a menos que quisesse. Quando perceberam que estavam apaixonados?
Não podia dizer a Mayte que não estavam apaixonados, de verdade.
—Acho que... esta noite.
—A família vai ficar em polvorosa! Vai se tornar legalmente uma de nós. Podemos contar a papai e mamãe amanhã? Ou Chris quer dar a notícia?
—Eu ainda não disse sim — lembrou Dulce.
—Mas claro que vai dizer sim! Você e Christopher... é perfeito! Não sei como ninguém notou antes. Os dois sâo tão reservados e sérios, profundos e gostam das mesmas coisas! Ele sempre teve cuidado com você, mas você fazia frente a ele quando éramos crianças. Christopher precisa de alguém que ele não pode dominar. Foram feitos um para o outro.
—Acha?
—Totalmente. Mas acho que já sabe disso. Espere até eu contar a Alfonso!
—Não!
—Bem, não até você dizer sim, acho — concordou Mayte. Sentou-se na cama. — Telefone para ele.
—Telefonar para Alfonso?
—Não, para Christopher! Telefone para ele e tire-o dessa miséria! Ele já deve estar em casa.
mayte foi buscar o telefone sem fio e o entregou a Dulce. Sentou-se na cama de pernas cruzadas.
Era difícil resistir a tanto entusiasmo. Aparentemente, não ocorreu a Mayte darlhe alguma privacidade.
—Ligue — incentivou ela, e ditou o número.
Por que não?, considerou Dulce. Claro que não tomava a atitude simplesmente para não desapontar mayte. Tinha muitas outras boas razões. Se todos os Uckermannse sentiam como May e Alfonso ia se casar com Giovanna, de qualquer forma... Por que não aceitar o pedido de Christopher? Provavelmente, era a melhor oferta que conseguiria.
Quase perfeita, na verdade, com o detalhe de que não se tratava de seu eleito. Chris sabia disso, mas parecia não se importar. Não era como se tivesse de fingir, de enganar. Ele mesmo argumentara que seria sua grande chance de entrar para família Uckermann, uma isca tentadora demais para ela.

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