Fanfic: Seu Amor: Meu presente inesperado DYC- Terminada...

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Supondo que Chistopher estivesse certo, seu afastamento só reforçaria a suspeita de todos... incluindo Alfonso, e Giovanna, de que ela alimentara sonhos em relação ao amigo de infância e sofrera uma terrível decepção. Não toleraria ser objeto de piedade.
— Como andam seus dotes de interpretação? Você costumava ser boa atriz quando criança. Principalmente quando o objetivo era salvar a pele de Alfonso...
Christopher sempre soubera dos seus subterfúgios em benefício de Alfonso. Assim como percebera seu mal-estar no aeroporto e agira rápido para evitar um constrangimento maior.
Como ela não respondia,Christopher completou:
— A escolha é sua, mas, se vier comigo, prometo que tornarei a situação o mais suportável possível... e sairemos cedo.
Dulce respirou fundo.
— Eu vou.
Então,Chris a olhou de um modo que ela não soube interpretar. Observando-a com os lábios comprimidos, ele lhe acariciou a mão antes de dar partida no carro.
Seria tão ruim quanto ela imaginara.
Christopher estacionou na rua, diante da casa antiga com janelas amplas que fora repintada para recepcionarem Pocho. Um doce aroma de lavanda permeava o ar, exalado por vasinhos com flores cor-de-rosa nos degraus da varanda. A porta da frente estava aberta, e percorreram o vestíbulo.
Encontraram os adultos na sala de estar, saboreando chá e café. As crianças corriam entre as cadeiras, brincando de pega-pega, entrando e saindo pelas janelas francesas que se abriam para o pátio arborizado e a piscina com deque.
Christopher explicou que haviam parado no caminho para tomar o desjejum, para o qual não tinham tido tempo, com o vôo de Alfonso chegando tão cedo.
— Podiam ter tomado o café da manhã aqui — repreendeu a mãe.
— Não aguentei de fome. — Chris sorriu. — E Dulce estava precisando de um café. ,.
A sra. Uckermann fitou-a com simpatia.
— Você está mesmo um pouco pálida... — Em voz baixa, indagou: — Não está triste com o noivado de Alfonso, está, querida?
— Claro que não — mentiu Dulce, forte. — Giovanna é muito bonita, e Alfonso parece tão feliz...
— Bem, sim. — A sra. Uckermann olhou para o novo casal. — Eles parecem apaixonados.
Giovanna já tomara um banho rápido e agora, refrescada, estava ainda mais bela do que no aeroporto. Alfonso só desviara o olhar da noiva ao acenar para o irmão e saudar Dulce:
— Oi, de novo!
Dulce concluiu que devia estar aliviada por ele estar ofuscado a ponto de quase não vê-la, mas em vez disso experimentou um ciúme tão forte e doloroso que teve de cerrar o punho para aplacar a dor.
Christopher tomou-lhe a mão.
— Ainda tem café? — indagou, a ninguém em particular. — Vamos pegar uma xícara, Dulce. — Conduziu-a para a enorme cozinha ensolarada.
— Acabamos de tomar café — resmungou ela.
Chritopher foi até a cafeteira no canto do balcão.
— Vamos tomar mais. Ou quer algo mais forte?
Dulce meneou a cabeça. Precisava manter-se lúcida.
— Que ideia...