Fanfic: Amante temporaria (Adaptada) Anahí & Alfonso | Tema: AyA romance

Descartou toda confusão e vulnerabilidade. Sempre sentiu ser aquele com quem a mãe e Dominic poderiam contar. Depois da morte do pai, esforçou-se para enfrentar os desafios das responsabilidades muito além do que um garoto de 20 anos poderia encarar. Recusou todos os planos de folga e sacrificou o sonho de relaxar para que pudesse assumir as rédeas da empresa do pai. O único erro foi apaixonar-se por uma mulher que não era capaz de lidar com o quadro todo e, como consequência, desperdiçava seu tempo e energia em passatempos inúteis de autocrítica e dúvida. Superara há tempos, mas os sentimentos negativos nunca mais tiveram permissão para nublar seu pensamento. A indecisão não era algo que ele se permitia e não ia começar agora.

– Como escolho lidar com essa situação só diz respeito a mim. Seu papel não é dar opinião; é estar ao meu lado daqui a dois dias quando eu for visitar minha mãe. E você me perguntou o que quero dizer com aborrecimento.

Não tinha jeito de ela se tornar um risco. Eram duas pessoas que não podiam ser mais opostas. Se ela não dissesse a ele que não gostava dele, ele teria suspeitado sozinho. Estava no ressentimento por trás dos olhos dela e na linguagem corporal. É claro que ela se considerar coagida não ajudava, mas, mesmo quando entrou em seu escritório, ela não conseguiu disfarçar o desinteresse. Nenhum olhar recatado, nenhum meio sorriso encorajador, nenhum piscar de olhos agitado.

Ele não estava acostumado a uma reação dessas de uma mulher, em qualquer outra situação, ficaria satisfeito, mas não agora. Havia muito em jogo. Assim, ele deixaria sua posição bem clara.

– Um aborrecimento seria você imaginar que a farsa seria real, ter ideias…

A boca de Anahí abriu-se e ela ficou vermelha. Não só a tinha chantageado como estava sugerindo, de forma arrogante, que ele poderia começar… o que mesmo? Pensar que ele estava interessado nela? Ou que ela estava interessada nele?

Ele era muito bonito, mas nunca se interessaria por um homem como ele.

Tudo nele, tirando a beleza, lhe causava repulsa. Seus lábios estreitaram e ela olhou para ele com a mesma frieza.

– Isso não aconteceria nem em um milhão de anos. O único motivo de eu consentir é porque não tenho escolha. E como vou saber que vai manter sua parte no acordo? Como vou saber que não vai processar minha irmã depois de eu fazer o que você quer?

Alfonso inclinou-se para a frente.

Cada linha de seu corpo a ameaçava.

– Como vou saber que não vai contar para minha mãe o que está acontecendo?

Como vou saber que vai fazer o que precisa ser feito? Acho que poderia dizer que vamos ficar atrelados um ao outro por um curto período e vamos ter que confiar que nenhum de nós vai tentar se livrar de suas responsabilidades.