Fanfic: Amante temporaria (Adaptada) Anahí & Alfonso | Tema: AyA romance

Agora, precisamos discutir os detalhes.

Pegou o casaco que estava jogado no sofá.

– Hora do almoço. Vamos pegar algo para comer e começar a preencher as lacunas.

Ele esperava que ela o seguisse. Era assim com todas as mulheres? Por que elas suportavam isso? Precisou correr para alcançá-lo, passar pela secretária que os olhava com interesse após ele ter ordenado que cancelasse os compromissos da tarde e desceram ao saguão onde, mais cedo, estava em pânico esperando para conversar com ele. Não podia deixar de notar que todos reconheciam a presença dele quando passava. As conversas paravam, as costas se endireitavam, os pequenos grupos dispersavam. Não havia dúvidas de que ele comandava o show e ficou imaginando se a irmã achava que se safaria por tentar roubar informações dele. Talvez ela nunca o tenha encontrado pessoalmente, mas Phillipa deve ter percebido que aquele homem era linha dura, mesmo que através de boatos. Mas estava ocupada demais perdendo a cabeça por um cara que visualizara uma maneira de fazer dinheiro na surdina. A irmã, por sua vez, se vira vítima da manipulação.

Ela não devia estar raciocinando.

Colocara o casaco de novo, porque achou que sairiam para almoçar, mas pegaram o elevador para o estacionamento e ela o seguiu até um Aston Martin que ele abriu com o controle.

– Diga que tipo de comida você gosta – disse sem olhar para ela.

– Esse é o primeiro passo para fingirmos que nos conhecemos?

– Vai ter que mudar sua atitude. – Alfonso estava completamente concentrado no trânsito quando saíram do estacionamento no subsolo para a rua. – Duas pessoas em um relacionamento evitam críticas e sarcasmos.

A que tipo de restaurantes gosta de ir?

Ele passou os olhos por ela e Anahí sentiu um tremor que não conseguiu identificar, algo que deslizava por ela como um azougue, fazendo sua pele queimar e formigar com uma estranha sensação de visibilidade.

Era um acordo comercial. Estavam sentados nesse carro vistoso, estranhamente juntos em um esquema em que nenhum dos dois queria participar, mas a que eram forçados, e ela não tinha que ficar nervosa.

Precisava se recompor, mesmo que não gostasse do homem e que desprezasse sua ética.

– Não vou. Pelo menos não com frequência. Às vezes, depois do trabalho em uma sexta à noite. Sou professora de arte. Não tenho muito dinheiro para comer em restaurantes chiques.