Fanfic: Amante temporaria (Adaptada) Anahí & Alfonso | Tema: AyA romance

– Eu me preocupo com minha aparência!

Anahí era calma por natureza, mas estava quase perdendo o controle.

– Você tem uma irmã que passa a vida virando cabeças e você reage se misturando ao ambiente. Não tenho formação em psicologia, mas você vai estar nos refletores por um tempo e vai precisar do guarda-roupa certo para ter sucesso.

– Não preciso disso.

– Vai embora?

Anahí hesitou.

– Achei que não. Então, relaxe.

Ele empurrou o cardápio na direção dela.

– Você ensina arte em que escola?

Ele se recostou na cadeira, inclinou a cabeça para o lado e ouviu enquanto ela falava sobre o trabalho. Estava absorvendo cada detalhe. Quanto mais falava, mais relaxava. Ouvia as histórias dos alunos. Incentivava quando descrevia os colegas. Parecia fazer um ótimo trabalho por tão pouco retorno financeiro. Era uma garota trabalhadora e diligente, que dedicava tempo e esforço, enquanto a irmã bonita e leviana usava atalhos.

Anahí percebeu que estava falando havia bastante tempo quando as entradas foram colocadas na frente deles.

Prevendo uma refeição cheia de pausas, insinuações hostis e repressão, acusações veladas e contra-acusações, ela só pensava que ele era um bom ouvinte. Esqueceu-se da ofensa de que ela não cuidava de si mesma, que não tinha estilo e que precisava de um guarda-roupa novo. Ela queria salientar que vestir roupas de grife não era compensação por ter personalidade.

Estava tentada a desprezar as mulheres que se definiam de acordo com o que vestiam ou que joias possuíam.

Esforçou-se para frear os impulsos e dizer a si mesma que nada disso importava, porque nada era real. Não estavam embarcando em um processo de descoberta mútua. Estavam sendo supérfluos, coletando novos fatos, o bastante para levar a cabo essa farsa.

Sendo assim, ela não precisava se defender nem se sentir ofendida com nada que ele dissesse. O pedido para comprar roupas novas não era diferente de um pedido para usar um uniforme em um novo emprego.

– Que tipo de roupas sua mãe esperaria que eu usasse?

Mais uma vez, Anahí deu atenção à comida colocada na sua frente.

Enfeitada, parecia uma obra de arte, e de dar água na boca.

– Não tenho muitos vestidos. Tenho muitos jeans, moletons e calças.

– Simples, mas requintada seria bom.

– E quanto tempo preciso representar?

Alfonso colocou o prato para o lado e inclinou-se, olhando-a com atenção. Aos negócios. Embora tivesse que admitir que ouvir sobre a escola estava divertido. Que diferença sentar-se com uma mulher que não estava interessada em flertar com ele debaixo da mesa. Ficou imaginando se ela já flertara com um homem, o que fez com que especulasse sobre o corpo que estava escondido sob aquele vestido horroroso. Era impossível dizer.