Fanfic: Amante temporaria (Adaptada) Anahí & Alfonso | Tema: AyA romance

Passou por ele e foi até a cadeira ao lado da cama.

Ainda sorrindo, enquanto imaginava o que ela poderia estar pensando dele, não estava preparado para a silhueta de ampulheta que tirou seu fôlego por alguns minutos. Não era o que ele esperava. Esperava alguém acima do peso, desalinhada. Alguém que talvez pudesse perder uns quilinhos. Seria porque suas expectativas eram muito diferentes das curvas voluptuosas que se apresentava que sentiu uma repentina resposta dolorosa? Ou sua dieta de mulheres magras, de pernas longas o deixou vulnerável à silhueta curvilínea, de seios fartos que já assombrou seus sonhos adolescentes cheios de testosterona?

Com o canto do olho, percebeu que a mãe o observava e parou de encarar e ficou atrás de Anahí para poder colocar as mãos sobre os ombros dela.

Dessa posição, ele não se sentia culpado por apreciar seus seios generosos. Ela era pequena em estatura e tinha uma inocência positiva, comparado às mulheres duras, cosmopolitas e sofisticadas que ele namorava.

Não fazia ideia de como fazer os joguinhos que acabavam na cama. Ele achava que, se ela sabia, recusava-se a jogar. Assim, sua sensualidade era ainda mais excitante.

Por trás dela, mal conseguia desviar os olhos de sua beleza.

Não podia ser assim. Isso não era atração ou sexo. Era um arranjo e ele não precisa se complicar porque seus níveis de testosterona resolveram subir.

Puxou a outra cadeira e sentou-se ao seu lado, porque a visão dela o distraía.

A mãe tinha começado com as lembranças da infância dele. Sabia que seria impossível interrompê-la, deixou que continuasse. Não a via animada desde o diagnóstico e, enquanto ela falava, não fazia perguntas. Por fim, olhou para o relógio e tossiu, indicando que era hora de ir embora. Tinha que admitir que Anahí se saíra bem.

Mostrara interesse em cada história que a mãe contara e incentivava com seus comentários, que eram curtos. Ao observá-la com o canto dos olhos, conseguia apreciar o que não tinha visto antes, quando estava ocupado demais em colocar o plano em ação, determinar regras e limites. Ela era uma pessoa naturalmente empática e carinhosa. É o que deve tê-la levado a falar com ele em defesa da irmã, ao assustar-se com a situação. Era o quer fazia com que sorrisse com um calor genuíno para sua mãe, quando triunfantemente atingiu o clímax da história que o envolvia, dois amigos e uma sacola de sapos.