Fanfic: Amante temporaria (Adaptada) Anahí & Alfonso | Tema: AyA romance

O chefe do departamento foi alertado, reuniões foram convocadas e todos foram considerados. Documentos confidenciais não poderiam ser repassados aos concorrentes. Os interrogatórios foram rigorosos e, por fim, Alfonso concluiu que a mulher agiu sozinha.

Mas ele não levou adiante. A patente do software limitou os danos, mas a punição teria que ser devidamente aplicada. Ele fez uma entrevista preliminar rápida com a mulher, o tempo suficiente para ser escoltada para fora do prédio com um preço estipulado.

Agora tinha mais tempo.

Depois de dez dias estressantes com o médico da mãe, Alfonso não via maneira mais satisfatória de descarregar do que distribuindo a desolação a alguém que roubou de sua empresa e que poderia ter dado um prejuízo de milhões de dólares.

Voltou para sua cadeira e ficou pensando no assunto.

Cadeia, é óbvio. Um exemplo teria que ser dado.

Lembrou-se da entrevista, ela soluçando, implorando e, quando percebeu que não funcionaria, ofereceuse a ele, como último recurso.

A boca mostrava desdém com a lembrança. Podia ser uma loira com quase 1,80m, mas achou a situação repulsiva.

O humor dele estava ótimo para informá-la de que os rigores da justiça britânica estariam esperando por ela.

Perfeito para descontar toda sua frustração e estresse em uma criminosa insignificante que achou que conseguiria roubá-lo.

Buscou no computador todas as evidências das tentativas equivocadas em fraudar a empresa e relaxou na cadeira esperando por ela.

LÁ EMBAIXO, no saguão elegante do prédio mais impressionante que já entrou, Violet esperava pela secretária de Alfonso Herrera. Estava surpresa por ser tão fácil conseguir visitar o homem no próprio escritório. Por alguns segundos, nutriu a fantasia improvável de que, talvez, ele não era exatamente o monstro que Phillipa pintou.

Mas não durou muito. Ninguém chegava ao sucesso estratosférico dele sendo gentil, condescendente e compassivo.

O que fazia ali? O que esperava conseguir? A irmã tinha roubado informações, tendo sido ludibriada por um homem que a usou para acessar os arquivos que queria, foi apanhada e teria que enfrentar o longo braço da lei.

Anahí não tinha certeza do que seria esse longo braço da lei. Era professora de arte. Espionagem, furto e informações roubadas não podiam estar mais fora do mundo dela. Certamente, a irmã não estava certa quando lamentou que havia ameaça de prisão.

Anahí não sabia o que faria se a irmã não estivesse por perto. Eram apenas as duas. Aos 26, era quatro anos mais velha e, embora soubesse que Phillipa nunca fora uma pessoa fácil, desde que seus pais morreram em um acidente de carro sete anos antes, ela a amava e faria tudo por ela.