Fanfic: Amante temporaria (Adaptada) Anahí & Alfonso | Tema: AyA romance

Enquanto Phillipa estava em Ibiza, trabalhando em um restaurante de tapas, divertindo-se, aqui estava ela, afundando-se cada vez mais na areia movediça, para que a irmã pudesse aproveitar a vida sem pagar pelos erros cometidos.

– Talvez devesse passar um tempo na prisão – disse Anahí do nada, e Alfonso olhou-a de lado.

Com a certeza de que ela faria exatamente o que ele precisava, ele podia sentir a tensão no corpo dela. Ela preferiria estar em qualquer lugar da terra do que naquele carro com ele.

Naturalmente, ele compreendia isso.

Mais ou menos. Afinal, quem queria ficar presa a uma situação que não pediu, pagando por um crime que não cometeu? Mesmo assim, sua companhia era tão repulsiva que ela literalmente achava impossível melhorar um trabalho ruim? Estava tão encostada na porta do passageiro que ele tinha medo que ela caísse, exceto que as portas estavam trancadas e ela estava com cinto de segurança.

Houve situações nos últimos dez dias em que o ressentimento dela desaparecera e ela conversou normalmente com ele. Também houve situações, na presença da mãe, em que ele a tocou e seu radar captou algo, passageiro, mas substancial, ao mesmo tempo. Algo que tinha se comunicado com ele, anunciando uma resposta nela que talvez nem ela percebesse.

– Você não falou sério – disse calmamente.

– Não me venha com essa! Se não fosse por Phillipa, eu não estaria aqui agora.

– Mas você está, e não faz sentido ficar remoendo. Pare de agir como se estivesse indo para uma câmara de tortura. Porque não está. Vai achar a propriedade da minha mãe um lugar relaxante para passar uns dias.

– Não vai ser uma situação muito relaxante com você por perto, não acha?

Quando pensava que teria que ficar em sua companhia por horas, fazer as refeições com ele, estar na presença dele sem nenhuma folga, exceto na hora de dormir, ficava em pânico.

Sem aviso, Alfonso tirou o carro da estrada. Estavam a apenas meia hora da casa e, quanto mais se aproximavam, mais desertas as estradas ficavam.

– O que está fazendo? – Anahí perguntou enquanto ele desligava o motor e se inclinava para trás em um ângulo que olhasse direto para ela.

Na semiescuridão do carro, com a noite se firmando, ela sentia a respiração presa na garganta. A preocupação juntou-se a algo mais, algo sombrio e assustador, a mesma coisa que a deixou no limite do autocontrole quando ele falou sobre Devon.