Fanfic: Amante temporaria (Adaptada) Anahí & Alfonso | Tema: AyA romance

Estaria se esforçando.

A mente dela passou para suas próprias preocupações e deixou Alfonso de lado. Ela não lutava mais contra o jeito como ele se infiltrava em sua mente. Um pensamento mínimo e as comportas se abriam, fazendo com que se perdesse nas imagens dele.

Sem nem mesmo olhar em sua direção, ela ainda tinha consciência de tudo o que ele fazia e dizia. Não era preciso olhar para ele, porque, em sua mente, sabia como ele era, suas expressões, como inclinava a cabeça para um lado, para dar a ilusão de o que estava sendo falado era importante.

Não tentava mais convencer a mãe se a casa devia ou não ser vendida.

Começou a perguntar a ela sobre coisas menores, como livros que lera, ou comitês a que pertencia no vilarejo.

A conversa com Dominic não passava de algumas palavras educadas, uma palmadinha no ombro e, então, a atenção era voltada a outra coisa. No jantar anterior, ela ouviu-o contando ao irmão sobre um de seus acordos que tinha esbarrado em problemas com os moradores locais porque uma fábrica teve sua permissão negada e sobre o transtorno para acomodar a todos.

Anahí preferia não ter percebido esses detalhes. Preferia que ele continuasse o mesmo cruel que mal trocava duas palavras com ela quando estavam sozinhos. Não queria sair da casa para descobrir-se pensando o que acontecia com eles. Queria poder tirá-los da mente e, mesmo assim, quanto mais absorvida ela ficava em seus dramas, mais difícil ela sabia que seria.

Ainda franzindo a testa, deixou a toalha cair no chão e foi até o armário.

O cabelo caiu molhado por sobre suas costas e ela ergueu-o com uma mão.

Nesse momento, ela o viu.

Por alguns segundos, Anahí achou que seus olhos estavam pregando uma peça.

Congelou, o braço ainda erguido, afastando o cabelo do corpo. O cérebro não assimilava que ele não estava no andar de baixo, mas, sim, observando-a completamente nua. Quando se deu conta, deu um grito de horror e pegou a toalha no chão, passando-a ao redor do corpo. Tremia como uma vara verde.

– O que está fazendo aqui?

Foi em direção ao banheiro, mas, antes que pudesse chegar lá, ele estava parado na frente dela.

Pela primeira vez na vida, Alfonso ficou sem palavras. O que estava fazendo ali? Faria diferença o fato de que era seu quarto?

O rápido olhar ao seu corpo ativara sua libido. Foi acometido pela dor e lutava para aterrar seus sentidos. A toalha branca estava de volta ao lugar, segura pelos punhos fechados dela, mas na mente dele ainda via as curvas voluptuosas de seu corpo. Já tinha imaginado como ela seria debaixo dos suéteres e jeans. Sempre que entrava no quarto, ela estava adormecida, tapada até o pescoço. A primeira vez que a viu vestindo jeans, sua imaginação voou e as tentativas dela de mantê-lo afastado só serviram para aumentar seu ritmo.

Mas nada o preparara para a sensualidade de suas curvas. Seus seios eram fartos. Os mamilos eram grandes discos rosados que apontavam provocadoramente e o estômago era liso, descendo aos espessos pelos loiros entre suas coxas. Todos os pensamentos de abnegação se romperam em um instante. Tudo o que o alertava sobre envolver-se com uma mulher que iria embora a qualquer momento, sumiu como uma nuvem de fumaça.