Fanfic: O Jogo da Morte

O JOGO DA MORTE

Autor: João Victor dos Santos Teixeira.

Capítulo um: O gol contra.

Léo fica com vergonha de entrar no clube onde está sendo organizado o encontro de treinadores do Game Gol e vai embora, revoltado consigo mesmo. Ele chuta um balde de lixo, sujando toda a calçada, e olha para o céu, azul-claro e sem nuvens. Senta no meio-fio da calçada, abaixa a cabeça e começa a chorar. O seu celular toca. Ele engole o choro, limpa as lágrimas e vê, pelo visor do celular, que é Marina. O seu coração bate mais forte e, na velocidade da luz, aparece e some do seu rosto um sorriso de esperança.

Ele reluta um pouco, mas atende a ligação. Marina, com sua voz doce e carinhosa, pergunta onde ele está. Léo mente que está no encontro. Ela pergunta se ele está se divertindo e ele diz que sim, além de já ter feito vários amigos. Marina diz que isso é ótimo e dá os parabéns a Léo, o elogiando. Léo diz que precisa desligar. Marina lhe deseja boa sorte e desliga. Léo se levanta e se pergunta o que deve fazer. Quase que por encanto, decide ir para o shopping e passar a tarde toda lá, pois isso sustentaria a sua farsa mirabolante. Ninguém saberia que ele era um fracassado. Ninguém podia saber. Ele não aguentaria ser humilhado mais uma vez, como tantas vezes que já tinha sido em sua vida.

Léo está numa lanchonete, onde come um hambúrguer gigantesco, quando vê pela televisão uma notícia, ao mesmo tempo curiosa e absurda: o ídolo do time Beta Gama Dois, Trovão, na final do campeonato, roubou a bola de um companheiro e fez um gol contra, dando o título à equipe Alfa Zeta Um, que nunca havia ganhado nenhum troféu.

As horas passam e já escurece. O céu está cheio de estrelas e algumas delas formam uma cruz. Mau agouro, sinal de morte. Léo decide ir embora e assumir para Marina, a garota que ele ama e sempre amou, que é um bicho do mato e tem medo de gente, pois já sofreu muito e não quer sofrer de novo. Ele está no estacionamento do shopping quando vê Trovão discutindo com um homem gordo e baixinho, com um enorme bigode que nem de mexicano e que fuma um charuto do tamanho do bigode.

Léo se aproxima e, escondido atrás de um carro, descobre que o presidente do clube está demitindo Trovão e comunicando ao craque de que ele deverá pagar uma multa rescisória no valor de dez milhões de reais. Trovão tenta contestar, mas o presidente nem lhe dá ouvidos. O presidente entra na sua luxuosa limusine, que parte, mas acaba deixando cair um bloco de anotações onde há uma caveira desenhada na frente.

Alguns segundos depois, o celular de Trovão toca. Uma voz grossa e ecoante se apresenta como o Líder, humilha Trovão e diz que ele irá morrer. Logo depois gargalha diabolicamente. Léo ouve tudo pelo viva-voz do telefone. De repente, um carro preto surge do nada. Uma nuvem de fumaça asfixiante toma conta do lugar. Léo tosse bruscamente e tenta ao máximo ver o que está acontecendo. Mas, é inútil. O tempo passa e, quando finalmente a fumaça termina, Léo percebe que Trovão desapareceu.