Fanfic: Segunda Chance (Adaptada/Finalizada) | Tema: Vondy

Christopher encarou o pai. O que ele disse lhe soou muito frio, muito... legal. Queria que Dulce fosse feliz, estivesse protegida e soubesse que não era mais sozinha. Já presenciara alegria nos olhos dela: quando eles faziam amor. Merilee esperara ser amada, apreciada. Dulce sempre fora grata, como se aquilo não fosse uma coisa merecida. O comportamento dele parecia ainda mais odioso agora, quando se lembrava das reações de Dulce. Não notara que seus pais haviam se levantado até que Joe tornou a falar:

— Voltaremos para a casa de Anahí e deixaremos que cuide de sua filha. Depois eu lhe informarei da opinião de Alfonso sobre a parte jurídica.

Christopher quis protestar sobre qualquer plano de uma ação legal contra Dulce. Aquilo seria impossível. Mas também não poderia encarar a perda do contato com a filha. Desse modo, apenas assentiu. Os pais aproximaram-se e beijaram o bebê, então abraçaram Christopher, despedindo-se. Christopher permaneceu no lugar, com Andy nos braços, por longos minutos. Não poderia nem imaginar voltar a sua existência solitária, sem Dulce e Andréa. Até mesmo naquela semana anterior, quando estivera evitando a presença dela, pensara nas duas sem parar. E tinha ido ver o bebê todas as noites. E fizera muitas perguntas a Billy sobre Dulce. Dera-se conta de que seu mundo fora envolvido peias duas. Tendo compartilhado as refeições com Dulce, tendo apresentado sua filha aos pais, tendo-a em seu colo, percebeu que não poderia mais desistir delas. O que fazer?! Duas vezes durante a noite, Dulce foi acordada por Andy querendo mamar. Na primeira, saiu da cama com dificuldade. Quando já estava em pé, Christopher aparecera à porta do quarto, com Andy nos braços.

— Não precisa se levantar — dissera ele, passando o bebê para o colo dela. Dulce o fitara, tentando alinhar os pensamentos. Será que ele esperava que amamentasse o bebê diante dele? Como se tivesse lido sua mente, Christopher falara:

— Estarei no escritório. Basta chamar quando ela estiver pronta para voltar para o berço. — E desaparecera. Quando ela olhara para o relógio e vira que era quase meia-noite, decidira que Christopher ainda deveria estar acordado, lendo. Assim, concentrara-se em alimentar sua filha. Depois, cobrira-se, chamando por Christopher. Com um sorriso, ele pegara Andy e a levara de volta para o berço. Dulce adormecera de imediato. Às quatro, repetiram o processo, Christopher de novo aparecendo antes que Dulce pudesse sair da cama, trazendo Andy. — Agora, ela está mesmo faminta, Dulce. Chorou com toda a força de seus pequenos pulmões.

— É provável que precise ser trocada. — Dulce esfregou as pálpebras.

— Eu deveria ter pensado nisso. Estaremos de volta em um segundo.

Christopher se virou e se foi. Dulce o ouviu conversando com o bebê e também quando o choro de Andréa se transformou em leves murmúrios. Então, retornaram ao quarto.

— Andy está pronta para mamar, mamãe. — E estendeu-lhe a criança.

— Obrigada. Eu poderia ter feito isso. — Christopher deu de ombros e deu-lhe as costas. — Como consegue ouvir Andy do seu quarto, lá em cima?

— Eu estava no escritório. — Então, deixou-as.

Dulce ponderou sobre o que ele dissera. Será que tinha adormecido enquanto lia? Christopher estaria exausto pela manhã. Talvez Andréa pudesse dormir com ela. Assim o bebe não acordaria Christopher. Quando notou que Andy estava satisfeita, Dulce decidiu que deveria colocá-la no berço sem perturbar Christopher. De qualquer forma, ele já deveria ter ido dormir. Tirando as cobertas e sem se importar em vestir o robe, levantou-se, com Andréa nos braços.

— Por que não me chamou? — exigiu Christopher, da soleira.

Dulce virou-se rápido e titubeou. Christopher a apoiou antes que tivesse tido tempo até mesmo de pensar.

— Volte para o leito antes que desmaie — ordenou-lhe, com severidade. Tirou Andy dos braços dela e segurou as cobertas para Dulce se deitar.

— Mas você não dormiu quase nada...

— Nem você. — Então, Christopher se inclinou e a beijou na face outra vez, antes de sair do quarto, levando Andy. Dulce fechou os olhos. Aqueles toques suaves poderiam virar um hábito, que ela necessitava evitar. Uma imensa tristeza a invadiu até mesmo quando o sono tomou conta de seu corpo. Christopher deixou o estábulo e entrou apressado na cozinha.

— Você ouviu Dulce ou Andy, Billy?

— Nem sinal.

— Certo, bem, apronte o café para daqui a quinze minutos. Vou lavar as mãos e dar uma olhada nas duas.

— Você manda, chefe. — Billy sorria.

Christopher não tinha certeza se Billy estava de acordo com sua nova programação. Não que os argumentos do caubói fossem fazê-lo mudar de opinião, mas aquilo significava um trabalho extra para o homem. Christopher decidira levantar-se em seu horário normal, beber apenas uma xícara de café e executar as tarefas no estábulo antes que Dulce acordasse. Em seguida, voltaria para casa para tomar o desjejum com ela, antes de sair para o trabalho. Depois de lavar as mãos, seguiu até a porta do quarto de Dulce. Em vez de bater, abriu-a e espreitou. Dulce ainda dormia, relaxada sob das cobertas. O súbito desejo de juntar-se a ela, de acordá-la pressionando aqueles lábios macios, tomou conta dele. Mas se deteve. Ele e Dulce não eram mais namorados. E não eram um casal. Não eram nada, na realidade. Ora, aquilo não era verdade. Estava cuidando dela naquele momento. E era o pai de seu bebe. Como que para dar-lhe certeza, Andréa choramingou. Christopher saiu correndo dos aposentos de Dulce antes que ela percebesse que ele a observava. Dessa vez, trocou a fralda de Andréa antes de levá-la para a mãe.

— O que está fazendo aqui? — perguntou Dulce, assim que ele entrou.

— Já passa das oito. — Christopher sorriu. — Voltei depois de cuidar da cocheira para tomar o café da manhã com você. — Dulce franziu a testa.

— Christopher, não quero que você mude sua rotina por minha causa. E nós precisamos conversar sobre ontem, também.

Christopher deu-a a Dulce.

— Amamente esta criança insistente. Depois comeremos juntos e conversaremos sobre o que você quiser. — E saiu antes que ela pudesse contestar.

Entrou na cozinha, onde Billy tirava biscoitos do forno.

— Quer ajuda para alguma coisa? Dulce está amamentando o bebê.

— Por que não serve um copo de leite para Dulce? Ela precisará tomar muito leite enquanto estiver amamentando.

— Não me diga que leu livros sobre amamentação também — brincou Christopher, enquanto fazia o que Billy sugerira.

— Não. Mas sua mãe me informou isso ontem. E nada de cafeína. Por isso, fiz um café daquele pó que você trouxe para Leigh.

Christopher franziu o cenho.

— Não foi o que tomei hoje cedo, foi? Será que é por isso que ainda estou dormindo? Café sem cafeína?

— Não! — Billy soltou uma gargalhada.

— Se você está com sono — disse Dulce, entrando — é porque acordou a noite inteira com Andy.

Christopher ignorou o que escutou e correu para o lado dela.

— Venha sentar-se. Andy voltou a dormir?

— Sim. Mas não deveria ter acordado tantas vezes por causa dela. Não pode fazer isso e trabalhar o dia inteiro, Christopher. Com ou sem cafeína.

Billy colocou a forma de biscoitos na mesa.

— Comam enquanto estão quentinhos.

Christopher se sentou na frente dela e lhe estendeu a forma. Depois, serviu-lhe ovos mexidos com bacon enquanto Billy se juntava a eles.

— Christopher, eu posso me servir. Não sou Andy!

— Desculpe, querida, mas estou faminto. Assim é mais rápido. — Christopher não sabia se Dulce havia acreditado nele, mas sua explicação a fez parar de reclamar. Na verdade, deixou-o em paz para devorar o desjejum, falando apenas uma coisa ou outra com Billy. Mas quando ele se recostou no espaldar com um suspiro de satisfação, Dulce tentou de novo:

— Você ficou no escritório até de manhã?

— Sim. Billy, que tal outra xícara de café? Dulce, Billy preparou descafeinado para você. Quer?

— Sim, por favor. E pare de tentar mudar de assunto.

— Não estou fazendo isso. Estou pensando em seu conforto.

— Dormiu no sofá? Se bem me lembro, a última vez que você fez isso, reclamou.

Bílly se ergueu.

— Acho que vou colocar algumas roupas na máquina e deixar a cozinha para depois. Até mais.

— Acho que você deixou Billy sem graça — comentou Christopher, rindo.

— Estava falando sobre duas noites atrás, quando você foi a meu apartamento! — Dulce enrubesceu.

— Eu sei. Mas Billy não sabe disso.

— Christopher, está tentando me distrair. Por que não dormiu no seu quarto?

— Porque você e Andy precisavam de mim — confessou, simplesmente, desafiando-a a contradizê-lo.

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Como estão? Acho que vou postar uma mini-fic Vondy... O que acham? Fui, fl, vlw!!!

* To viciada em Gartic *

Bjs da titia Isa!!