Fanfic: Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy | Tema: Vondy
Volto para casa no fim da tarde. Há inúmeras mensagens de Christopher em meu celular que a muito custo, eu ignoro. Assim que entro, vou para o quarto de Maite para contar as novidades e me deparo com uma pilha de roupas em sua cama e uma mala perto do guarda roupa. — Está tudo bem? — Nós terminamos — ela sussurra — Acabou. — E resolveu fazer faxina — brinco, apontando a pilha de roupas. — Sabe quando disse que iria embora? — pergunta — Acho que você tem razão. Nova York não tem mais nada a oferecer a nós duas.—e seu relacionamento ? - Isso não importa — diz ela, desanimada — Nem sabemos se dará certo. — Está com medo? — pressiono-a— É isso? Que não dê certo? — Isso não me preocupa Dulce. Não posso ficar com ele e colocar a vida dele e de Anne em risco. Se tivesse ouvido o que Sophia me falou. — Quer ir embora por causa dela? Isso é um absurdo! — Eu vou embora para que eles não sofram ainda mais — ela choraminga — Sophia jamais dará o divórcio a ele. E eu acredito que ela seja capaz de qualquer coisa. Eu não vou permitir que Anne sofra, para que eu seja feliz. — Converse com ele, Maite. Vocês dois podem resolver isso. — Resolveu as coisas com Christopher? Caramba! Foi golpe baixo isso. — Eu imagino que não — ela murmura — Qual é o seu problema? Não queria ir embora? Vamos embora então. — Eu tenho um novo emprego agora. — Outro noivo de mentira? — Não precisa ser cínica, Maite — respondo, magoada — Não é a única pessoa a sofrer no universo. Que droga! — Desculpe — ela parece arrependida — Que emprego é esse? Explico a ela o que aconteceu no dia anterior, sobre minha conversa com Drew e meu novo trabalho. — Então você fica. Quando puder e se quiser, você me encontra. — Não vai mudar de ideia? — Não. Passei o resto da noite tentando convencê-la, mas foi totalmente inútil. Nunca vi pessoa tão cabeça dura. Está certo, eu não sou a melhor pessoa para dizer a ela que deve enfrentar as coisas de frente, mas Maite está completamente errada. Meu telefone toca e reviro a cama para encontrá-lo. Como sempre, acordei em um emaranhado de roupas, lençóis e cobertas. Engraçado, é que as únicas vezes que passo a noite tranquila, é quando estou com Christopher. Também, nem uma agulha conseguira passar pelos seus braços possessivos em volta de mim. Sinto falta disso. — O que você quer? — sussurro, mal humorada. — Quero falar com você, Dulce — A voz de Neil ecoa do outro lado da linha. —A única coisa que quero dizer para você, é que vá para o inferno — esbravejo e desligo. Homens e suas cagadas! O telefone volta a tocar insistentemente. — Não desligue — ele ameaça com tom ríspido — Quero falar com você e não aceito um não como resposta. — Está bem — concordo com má vontade — Mas não se atreva a vir aqui. — Eu não vou — ele esclarece — Olhe, há um restaurante próximo ao escritório, me encontre lá ao meio dia. — Eu não sei... — sussurra. Havia prometido a Maite que não me intrometeria nesse assunto. — Maite está bem? — Ele pergunta. — O que significa bem para você? — revido sem paciência. Ouço seu suspiro e decido dar uma chance a ele — Espere! Vou pegar uma caneta para anotar o endereço... — Não será preciso — Neil me interrompe — Dylan irá buscar você em torno de meio dia e meio. — Tudo bem, tenho que ir agora — Desligo antes que eu me arrependa. Por volta do meio dia, eu passo no quarto de Maite para ver se está bem e ouço-a soluçar baixinho. Isso corta meu coração e me revolta ao mesmo tempo. Dez minutos depois, eu desço, o carro está estacionado, esperando me. Estou mais do que furiosa, estou fervilhando de raiva. O restaurante, apesar de elegante é mais intimista e acolhedor. O garçom me guia até a mesa. Neil está concentrado na carta de vinho. — Eu avisei você! — agarro o copo de água em cima da mesa, encarando-o, com os olhos chispando fogo. — Você não se atreveria a fazer isso — Ele me diz com olhar ameaçador. Bem, ele verá que sou capaz de fazer muitas coisas. Eu deixei-o furioso. Arremessar um copo d’água no rosto de alguém como Neil, é no mínimo burrice. O olhar letal que ele direcionou a mim fez com que toda minha altivez ruísse. Estou entre envergonhada e arrependida. Um garçom se aproxima dele com um guardanapo. — Está tudo bem — Ele pega o guardanapo de linho branco, enxuga o rosto e dispensa o garçom com um aceno de mão. Volta a me olhar com um olhar ameaçador e eu reconheço que não deveria ter ido tão longe. — Você está louca? — diz ele, num tom ríspido — Sente-se! Agora! Apesar de irritada com seu tom autoritário, eu obedeço. Sou o centro das atenções no restaurante e isso me incomoda. Fixo o olhar na mesa, ainda envergonhada por minha atitude. Sei que minhas bochechas estão vermelhas e tenho vontade de enfiar minha cabeça em um buraco, no chão. Tenho raiva de mim, de Christopher, Maite e Neil. Nos amamos, isso é incontestável, então, por que simplesmente não simplificamos as coisas? — Gostaria de saber o que aconteceu a cinco minutos? — diz ele, a voz calma, contradizendo com o brilho intenso em seus olhos. Encaro-o por alguns segundos e volto a fitar a mesa. Meu jeito impulsivo, sempre me coloca em encrencas. — Dulce! — exige ele, em um tom de voz ameaçador. — Você prometeu que não iria machucá-la, Neil — respiro fundo — No entanto, passei as últimas horas vendo minha amiga chorar desoladamente. — Sinto muito — diz ele — Mas, foi ela que terminou comigo. Sério? Eu tenho vontade de rir da cara de garoto perdido que ele fez. Onde está o homem autoritário e cheio de si que eu conheço? — Isso não muda as coisas — digo frustrada — Por que você não deu espaço a ela? Por que não resolveu sua vida antes de mergulhar nessa relação e arrastá-la para o sofrimento com você? Despejo sobre ele tudo o que penso, enquanto ele me escuta com paciência. Misturo minhas frustrações com as frustrações de Maite em um daqueles monólogos incoerentes que os homens odeiam ouvir. — Eu a amo — diz ele, quando eu finalmente me dou por satisfeita. Isso me desarma. Droga, ele não deveria ser fofo. Eu deveria estar com raiva, deveria quebrar o prato de porcelana na cabeça dele. Mas eu só consigo sentir pena. — Eu sei — encaro-o, resignada — O pior, é que Maite ama você também. Então me diz, o que vocês dois estão fazendo com suas vidas? — Maite precisa de um tempo — as palavras saem amargas de seus lábios. Eu vejo o quanto é difícil para ele acatar isso. Ele a respeita e principalmente respeita o espaço que ela necessita. Isso não quer dizer que não sofra. — Então você vai dar o fora? Fugir igual um cachorrinho? — estalo os dedos ao pronunciar as últimas palavras. Preciso que ele reaja. Esse é um momento para agir como um troglodita — Esperava mais de você. Seus olhos brilham, ameaçadores, mas eu não ligo. — Pareço alguém que está fugindo? — retruca com rispidez — Não estaria aqui se estivesse fazendo isso. Minha vontade é de ir até lá e arrastá-la até meu quarto e nunca mais deixá-la sair de perto de mim, mas eu não posso. Não contra sua vontade. — Sabia, que ela colocou na cabeça que vai embora? — murmuro, com voz chorosa. — Ela não vai! — diz ele — Não vou permitir isso. Um garçom se aproxima para anotar os pedidos. — O mesmo — devolvo o menu sem olhar — Bem, como pretende fazer isso? Tentei convencê-la do contrário, mas foi em vão, Maite parece determinada. — Eu tenho uma cabana em Vermont, há umas cinco horas daqui. Maite pode ficar lá por um tempo, ou até que eu conserte as coisas. Não é engraçado como os homens vivem tendo que consertar as coisas? Primeiro eles roubam seu coração de forma avassaladora, depois fazem uma loucura com sua vida, para em seguida ter que colar os cacos caídos pelo caminho. — Uma cabana em Vermont? — pergunto — Como pretende que ela vá para lá? — Aí que você entra em cena — Ele dá um sorriso charmoso. — O quê? — Pergunto atônita. O garçom volta com a garrafa de vinho e serve nossas taças. Viro o copo em um só gole. Meu peito arde e meus olhos lacrimejam e em seguida. Seco a boca com as costas da mão de forma brusca, e volto a encará-lo. Ele só pode estar maluco. Como imagina que eu consiga arrastá-la até lá? — Eu vou sugerir que ela vá. Você só tem que me ajudar a convencê-la. — Como você pretende que eu faça isso? — volto a encher a taça com vinho — Maite quer ficar a quilômetros de distância de você e, sua casa é o último lugar que ela iria. — Cuidado com o vinho — Neil sugere, ao me ver virar outro copo. — Não enche — reviro os olhos — Preciso de incentivo. — Fique apenas do meu lado — continua ele, enquanto olha sua taça ainda intacta. — Mas estarei traindo-a — sussurro.— Para onde ela vai Dulce? Sem dinheiro, família e amigos? Medito sobre o que ele me diz. Eu não havia pensado sobre isso. Sobre os riscos que ela corre, andando por aí sozinha. Embora Maite seja independente e dona de si mesma, corre riscos como qualquer mulher entregue à própria sorte. — Está bem — suspiro — Isso resolve metade do problema. Como ela vai ficar sozinha num local isolado? E se alguma coisa acontecer? — Terão seguranças vigiando a casa. Estarão prontos para socorrê-la a qualquer momento. Farão relatórios a mim todos os dias. — Uau! — aponto o dedo — Caramba, você pensou em tudo. Maite não vai gostar disso. — Os fins justificam os meios, não é o que dizem? Além disso, você pode ir junto. A ideia me parece boa. Depois do evento no sábado, eu teria que esperar o meu book ficar pronto e aguardar outras oportunidades de trabalho. E Vermont, fica apenas algumas horas de distância. — Eu tenho meu trabalho — alerto-o. — Trabalho? — Neil ergue a sobrancelha de forma irônica — Eu posso pagar o que esse homem paga a você. Eu não sei o quão honesta Maite foi com ele, mas eu não gostei da ironia em sua voz. Meu relacionamento com Christopher, só diz respeito a nós dois. Quem é ele para fazer julgamentos quando ainda está preso à outra mulher? — Eu não sou uma prostituta, Sr. Durant! — elevo a voz. Algumas pessoas nas outras mesas nos encaram, curiosas. — Fale baixo — ele ordena com raiva — Eu não disse isso. Olhe Dulce, me preocupo com você e com Maite também. Você pode estar lidando com gente perigosa. Volto a ficar envergonhada ao me lembrar o quanto perigoso Christopher pode ser. Bem, entre quatro paredes, ou mesmo fora, ele é fatal. — Sei me cuidar, não se preocupe — suspiro — Posso ir por alguns dias. Não precisa me pagar por isso. Maite é minha amiga, farei qualquer coisa por ela. E como vamos resolver isso? — Seu namorado? — Ele pergunta, parece que seus pensamentos estão muito longe daqui. — Maite! — volto a revira meus olhos — Como você vai dizer a ela? Desculpe, mas ela prefere morrer a falar com você. — Você tem que repetir isso a cada cinco minutos? — murmura, angustiado .Gosto de provocá-lo. É divertido. Durante o almoço, ele me coloca a par do plano ao que me parece perfeito, apenas para ele. — Um encontro casual? — digo com descaso — Acha mesmo possível? — Eu acho. Já nos encontramos casualmente uma vez. Podemos agora nos encontrar casualmente de novo — retruca, remexendo a comida — Previamente, marcamos o dia, no caso, esse sábado e o local e horário. — Você estava nos seguindo aquele dia na lanchonete? — aponto a faca em sua direção — Confesse! — Dulce, eu estava com minha filha. — É verdade — dou de ombros, voltando a me concentrar na comida — Agora me lembro. Mas Maite é inteligente e não vai acreditar nisso. — Não importa, apenas garanta que ela esteja lá no sábado. O resto, você deixa comigo. — Sim senhor — ergo a taça de forma irônica — Acho bom que esse seu plano dê certo. Eu não quero a raiva dela direcionada a mim. Você ficaria surpreso com o que ela é capaz de fazer.
Autor(a): Vanuza Ribeiro
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 32
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stellabarcelos Postado em 29/01/2016 - 00:34:45
Essa história é muito muito linda e divertida! Amei demais
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juhcunha Postado em 05/03/2015 - 00:22:53
Ai meu deus que coisa mais linda chorei pra caranba como sempre
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juhcunha Postado em 06/02/2015 - 01:27:11
ohhhhh meu deuus que lindo chorando aqui so que de felicidade e muito triste porque ta no final
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juhcunha Postado em 26/01/2015 - 02:22:44
Que bom que ainda nao acabou! eu chorei com esse capitulo ta mae dela! nao quero que a web acabe eu gosto tanto! vai te um bebezinho!
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:28:49
essa despidida de soteiro foi muito boa se todas fosse assim seria muito foda !
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:27:44
meu deus acabando eu amo essa web! Querida sua web e fantastica! por a mae do ucker foi uma cachora odeio ele espero sinceramente que se arrependa po fazer aquilo com a dul e principalmente com ucker!
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juhcunha Postado em 18/01/2015 - 02:48:51
Alexandra vaca egoista! a dul nao pode aceita sem fala com o ucker
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juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:07:22
Continua ainda quero que eles tenha um bb!
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juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:06:36
Filnalmente juntos e felizes!
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juhcunha Postado em 15/01/2015 - 20:56:47
Briga! porque ela nao pedoa logo ele!