Fanfics Brasil - cap 100 Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy

Fanfic: Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy | Tema: Vondy


Capítulo: cap 100

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Acordo, mas me recuso a abrir os olhos. Essa sensação letárgica que temos ao acordar de manhã é tão prazerosa que seria um sacrilégio ter que abandoná-la. Eu estou tão feliz que poderia sair gritando pela casa. A noite foi perfeita, não, foi incrível. Meu corpo vibra apenas com as lembranças. Saudade é pouco para descrever o que sentíamos antes. Fome, necessidade, desejo, desespero, acho que explica melhor tudo o que sentimos e vivemos com a nossa separação. O que havia começado como uma pequena brincadeira da minha parte para dar uma lição na ex-noiva de Christopher, havia modificado nossas vidas para sempre. Eu não estive à procura do amor. Para ser sincera, queria-o a quilômetros de mim. Já havia sofrido com a decepção, traição e abandono. Quando você passa por coisas assim, você se fecha. No entanto, toda essa determinação ruiu quando coloquei os olhos nele pela primeira vez, na casa noturna. No momento que meus olhos se conectaram com os dele eu soube que estaria perdida. Eu tentei fugir, inutilmente. Quando o amor escolhe você não há lugar no mundo onde possa se refugiar. Ele nunca irá deixá-la sozinha depois que ele te marca. Mas apesar de tudo, vale a pena. Mesmo que seja por um instante, por um único beijo. Sempre vale a pena, se por segundo, você se sentir amada. **** Estico meu braço e sinto o vazio ao meu lado da cama. Está frio. Por favor, Deus, que não tenha sido apenas um sonho, rezo internamente. Abro os olhos lentamente, deparo-me com o teto branco, em seguida meus olhos vagueiam por todos os móveis do quarto, em reconhecimento. Não foi um sonho. — Christopher? — sento-me na cama e o lençol de cetim, desliza pelo meu corpo. Estou nua. Dessa vez eu não havia feito isso durante o sono. Ao entrarmos no apartamento, a primeira coisa que ele fez, foi terminar de rasgar o vestido em meu corpo. Ainda não sei como vou explicar isso na agência. De qualquer forma, já devo estar sem emprego novamente — Christopher? Inclino a cabeça em busca de algum som vindo do banheiro. Silêncio. Um pequeno papel amarelo em cima da cama chama a minha atenção. “Fui resolver o problema sobre as joias. Volto o mais rápido que puder. Continue sem roupas. Eu te amo”. Caramba! As joias! Toco meu pescoço nu e gemo. Havia me esquecido completamente sobre isso. Alexandros deve estar furioso, não só pelo fiasco que a inauguração da loja havia se transformado, mas porque, eu havia saído levando as joias. Será que ele deu queixa à polícia? Essa possibilidade me faz tremer. Respiro fundo, se Christopher disse que resolveria isso, eu devo manter a calma. Ele deve saber o que está fazendo. Volto a olhar para o bilhete em minha mão. — Eu te amo! Eu te amo! Eu te amo! — repito várias vezes de forma abobalhada. Alguns minutos e devaneios depois, levanto-me e vou para o banheiro. Tomo um longo banho, escovo os dentes e tranço os cabelos. É o melhor que consigo no momento. Volto para o quarto e vasculho o closet em busca de algo que me sirva. Christopher é alto e atlético. Embora eu seja baixa, suas roupas nadam em mim. Escolho uma camiseta do time de basquete que ele adora. Ela é longa o suficiente para quase chegar aos meus joelhos. Eu não vou andar nua pela casa só porque ele fantasiou isso. As coisas não podem ser tão fáceis assim, ele deve pelo menos, ter o trabalho de tirar minha roupa. Essa é a parte mais divertida, claro, quando ele não as rasga. Mas isso também é excitante, erótico. Eu gosto quando ele é selvagem.  Meu estômago ronca, e lembro-me que não havia comido desde o almoço no dia anterior. Isso para mim é um recorde. Se há algo que tenho sorte na vida é poder comer tudo o que quero sem me preocupar com o peso. Saio do quarto e vou para cozinha, abro a geladeira, há tanta coisa lá dentro que fico indecisa por alguns segundos. Por fim, escolho suco de laranja, iogurte e frios para um sanduiche, estou faminta, isso não é novidade. Os meus pensamentos voam longe enquanto como. Hoje é sábado. Um sinal de alerta vem a minha cabeça. Puta merda! Havia prometido ajudar Neil a acertar as coisas com a Maite. Preciso voltar para casa, preparar o terreno. Eu não quero ir. Não sem antes conversar com Christopher. Embora a noite tenha sido maravilhosa, nós temos muitas coisas para esclarecer. Ainda é difícil para mim engolir que ele tenha afogado as mágoas com a inominável. Isso me deixa muito furiosa. Desejo arrancar os olhos dela com uma pinça ou coisa pior. Há inúmeras coisas dolorosas que gostaria de fazer com aquela nojenta. A campainha toca, afastando-me desses pensamentos violentos e atrativos. Quem poderia ser? Será que Christopher havia esquecido as chaves na hora da pressa? Corro descalça para abrir a porta, feliz por ele já ter voltado, e meu sorriso se desfez quando vejo quem é. — Tinha certeza que estaria aqui. Droga! A vida é assim, pelo menos a minha vida. Quando imagino que está tudo certo, vem alguém com um balde de água fria em minha cabeça. Sempre há espaço para mais um pouquinho de merda. E meu sexto sentido me diz, que essa é uma das grandes. Ela passou pela porta régia, como uma rainha, à espera de que todos seus súditos curvem-se a sua suntuosa presença. Caminha altivamente até o sofá que circula a sala e me encara, seu olhar é nada menos do que, enojado. Eu bato a porta com mais força do que o necessário e viro-me para encará-la. Ela me odeia e eu a detesto. Ótimo, essa visita será maravilhosa. — Como vai Alexandra? — o nome escorrega como fel pelos meus lábios. — Sra. Uckermann para você — diz ela, medindo-me de cima a baixo. A boca em curva, mal disfarçando à aversão com minha vestimenta — Sente-se. Ela indica uma poltrona ao meu lado, em frente a ela do outro lado a mesinha de centro. Uma ordem. Continuo de pé, encarando-a, desafiando como sempre faço. Bruxa irritante. Desvio o olhar dos olhos gélidos para a bolsa em seu colo. Ela tira um envelope pardo de dentro à bolsa. Em seguida joga-o em cima da mesa, em minha direção. Não faço a mínima ideia do que há ali dentro. Tenho certeza é de que eu não vou gostar nem um pouco. — Vamos falar sobre negócios — diz ela, cruzando as pernas. Seu olhar para mim é semelhante ao de quem vê uma barata nojenta ou algo rastejante. Uma pessoa mais fraca se sentiria intimidada com sua atitude ríspida. É obvio para mim que Alexandra acredita sermos de mundo diferente. Ela é uma dama eu sou a plebeia. Ela é refinada, pertence a alta sociedade nova-iorquina e eu, sou apenas uma ex dançarina de boate, indigna até mesmo de respirar o mesmo ar que ela. Não foi preciso que me dissesse tudo isso. Está estampado em seu rosto e no desprezo em seus olhos. Como se tudo isso me importasse. Não mesmo. Realmente não me importam. Eu não vivo no século passado. Não estamos nos tempos coloniais e não preciso desesperadamente do sinal verde dos pais do noivo. Então, ela pode pegar todas essas ideias pré- concebidas e tão arcaicas quanto ela, e enfiar no rabo. — Negócios? — eu pego o envelope, apenas por curiosidade, bato-o em minhas mãos por alguns segundos. Eu quero saber até onde ela irá com isso — Que tipo de negócios, exatamente? — Quinhentos mil dólares na sua conta. Um apartamento na cidade em seu nome — diz ela, com a mesma naturalidade de quem passa uma receita de bolo — Para que fique longe do meu filho. — Uau! — encaro-a, incrédula — Tudo isso para me ver longe? — É muito mais do que pagaria para uma mulher como você — ela sorri — Mas o sacrifício valerá a pena. Considere como um investimento. — Por que eu deveria aceitar, isso? — murmuro. — Você não se enquadraria em nosso estilo de vida — ela alisa os cabelos de forma dramática — Você é tudo “inha demais”, simplesinha, pobrezinha... Meu filho logo ficaria enfadado, você se tornaria um problema, um estorvo. Não leve para o lado negativo. As coisas são como são. No entanto, estou disposta a aumentar a oferta. Poderá viver muito bem com seus amigos e quem sabe encontrar outro jovem mais compatível a você. — Natalia seria uma escolha apropriada? — não sei porque levantei o nome dela. Talvez eu tenha uma frágil esperança que no fundo ela esteja preocupada com a felicidade do filho, mesmo que de forma errada. Uma negativa dela, e estaria disposta, mesmo achando impossível, tentar entendê-la. — Sem dúvidas... — Ela o traiu da forma mais vil — interrompo-a, coberta de indignação — Que tipo de mãe você é? — Todos cometem erros — Alexandra curva os ombros, indiferente — Ela o traiu, ele a trairia em algum momento da vida. Acontece, nas melhores famílias. — Christopher não faria isso — defendo-o — Simplesmente porque ele abomina esse tipo de coisa. Não conhece o próprio filho? Eu estou dividida. A parte impetuosa de minha personalidade, está tendo cólicas de tanto rir do absurdo de tudo isso. Seguro a risada histérica com muito custo. Essa mulher é incrivelmente arrogante e estúpida. Do outro lado, há outra metade de mim, a parte sensível e humana, quede alguma forma idiota, só quer ser amada, que chora desoladamente por não ser aceita do jeito que é, simples, mas sincera. Que merda é essa? Deveríamos ser no mínimo, amigas. Deveríamos estar fazendo coisas; planejar casamentos, escolher igrejas, e todas essas coisas que mães se animam, quando os filhos encontram-se apaixonados. Alexandra nunca me verá como a mulher que faz o filho dela feliz. Isso é um fato. Não importa quanto tempo passe ou o que aconteça, sempre serei nada menos que uma intrusa indesejada. Uma alpinista em busca de uma vida fácil e fortuna. Nunca entenderá que eu amo-o acima de qualquer coisa. Isso me entristece, embora eu não vá fraquejar diante dela. Nunca seremos uma família completa e feliz. Angustia-me saber que em algum determinado momento, Christopher terá que optar por uma de nós duas. E qualquer escolha que ele faça, trará dor e decepção para um dos lados. O quanto disso eu sou capaz de absorver? Todos sairíamos derrotados. Uma batalha, ela já havia ganho, a dor e mágoa em meu peito é inexplicável. — Lamento desapontá-la. Eu não estou interessada — começo a rasgar o envelope — Christopher me oferece muito mais.... Eu solto as folhas picadas, fazendo uma chuva de papel em frente a ela. — Ele me oferece uma coisa que você e ninguém jamais poderá me oferecer — dou um enorme e cínico sorriso para ela, embora por dentro esteja em frangalhos — Ele me dá sexo louco. O mais louco, selvagem e maravilhoso de toda a minha vida. Atenção, amor e carinho. Tudo o que qualquer mulher sonha em encontrar. Ele não é nada perfeito eu sei, tem vezes que eu desejo matá-lo. Só que eu não troco-o por nada no mundo. Vejo a boca dela abrir e fechar diversas vezes com meu discurso. Os olhos estão tão esbugalhados como um peixe morto. — O que falta a você é um homem. Talvez seja por isso que você é tão amarga. Todo seu dinheiro nunca lhe trouxe felicidade plena, prazer. Nenhum homem deve tê-la amado de verdade. — Sua insolente! — Alexandra levanta-se fulminando-me com o olhar. Suas narinas estão dilatadas. — Um homem nunca deve ter gritado seu nome na hora mais intensa de amor — continuo levada por uma revolta e coragem incontrolável — Nunca deve ter feito coisas absurdas por você e nunca deve tê-la deixado louca. Nunca deve ter desejado morrer para que a dor de perdê-lo parasse de machucá-la tanto e ao mesmo tempo querendo viver apenas mais um dia, ansiando em estar em seus braços por mais uma noite, desejando ardentemente que esse momento fosse eterno — respiro com certa dificuldade, mas as palavras continuam jorrando de minha boca — Nada disso pode ser comprado. Nem mesmo por todo dinheiro que possa me oferecer ou por qualquer palácio de cristal, frio e solitário como o que você vive. — Não pense que esse discurso me comove. Se acha que se fazendo de difícil irá arrancar mais dinheiro de mim, está enganada — diz ela, como se tudo que eu disse não tivesse a sensibilizado em nada — Conheço garotas como você. Já tive que lidar com elas antes. Não permitirei que se infiltre em nossa família como uma praga. Não sabe com quem está lidando, minha jovem. — Dane-se! — caminho até a porta, desorientada e cuspindo fogo por meus olhos. A raiva queima meu corpo como chamas derretem a vela — Saia daqui ou sou capaz de dar exatamente o que você merece! Alexandra ajeita a saia e tira um cisco invisível de seus ombros voltando a postura inabalável de sempre. — Isso só prova o que sempre soube — diz ela — Não se enquadra em nossa vida. Acha que sou cruel? Imagine o que os jornais fariam com você, as rodas de fofocas. Não sobreviveria um único dia. Ou no mínimo, levaria nossa família para a lama. Não tem classe, cultura e educação. Enquanto eu fervo por dentro, ela parece irritantemente calma. Enfatizando ainda mais nossas diferenças. Juro que estou tentando me segurar, mas estou a um passo de arrancar todos os fios de cabelo dela. — Eu morreria antes de permitir que fizesse parte de minha família, digo no sentido literal! — pela primeira vez, há um pouco de paixão em sua voz — Cedo ou tarde meu filho verá quem você realmente é. Se for tão inteligente como penso, aceitará minha oferta. Acredite, estou sendo muito generosa. — Saia! — ela tem razão, não lido com as coisas com essa frieza e indiferença que ela emana, eu simplesmente arrasto-as como um furacão. Se para me enquadrar ao mundo que ela tanto ostenta eu tenha que ser como ela, prefiro pedir esmolas no farol. — Saia! Assim como entrou, ela saiu. Inabalada, inalcançável e fria. Há tanto gelo dentro dela, que até o ambiente em volta parece congelado. Imagino-a nos tempos vitorianos. Liderando e controlando uma sociedade hipócrita e intimista, com mãos de ferro. Definitivamente, essa mulher havia nascido alguns séculos atrasada. É quase inacreditável, ainda existem pessoas assim. Onde o dinheiro e aparências estão acima de tudo, até da felicidade de quem dizem amar. Pobre Christopher, como deve ter sido triste e solitário, crescer em volta de pessoas sem calor humano. Sem alma. Como ele havia se tornado alguém tão maravilhoso? Não perfeito, mas quase perto.



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Autor(a): Vanuza Ribeiro

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • stellabarcelos Postado em 29/01/2016 - 00:34:45

    Essa história é muito muito linda e divertida! Amei demais

  • juhcunha Postado em 05/03/2015 - 00:22:53

    Ai meu deus que coisa mais linda chorei pra caranba como sempre

  • juhcunha Postado em 06/02/2015 - 01:27:11

    ohhhhh meu deuus que lindo chorando aqui so que de felicidade e muito triste porque ta no final

  • juhcunha Postado em 26/01/2015 - 02:22:44

    Que bom que ainda nao acabou! eu chorei com esse capitulo ta mae dela! nao quero que a web acabe eu gosto tanto! vai te um bebezinho!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:28:49

    essa despidida de soteiro foi muito boa se todas fosse assim seria muito foda !

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:27:44

    meu deus acabando eu amo essa web! Querida sua web e fantastica! por a mae do ucker foi uma cachora odeio ele espero sinceramente que se arrependa po fazer aquilo com a dul e principalmente com ucker!

  • juhcunha Postado em 18/01/2015 - 02:48:51

    Alexandra vaca egoista! a dul nao pode aceita sem fala com o ucker

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:07:22

    Continua ainda quero que eles tenha um bb!

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:06:36

    Filnalmente juntos e felizes!

  • juhcunha Postado em 15/01/2015 - 20:56:47

    Briga! porque ela nao pedoa logo ele!


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