Fanfics Brasil - 114 Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy

Fanfic: Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 114

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Há quase três anos eu tive uma das piores se não a pior experiência da minha vida. Chegar em casa após um dia triste e exaustivo de trabalho e encontrá-la vazia, havia sido um baque muito duro. Não foi o ambiente vazio e sem vida que me desestabilizou, mas a velha e conhecida sensação de abandono. Não foram apenas móveis e dinheiro que aqueles dois vigaristas haviam levado de mim. Eles levaram a fé que eu tinha na vida. Afortunadamente o destino havia colocado em meu caminho uma pessoa tão ou mais sofrida que eu. Minha querida Mai. É estranho quando acreditamos que nossa vida é uma verdadeira merda até nos depararmos com pessoas com dificuldades ou cicatrizes que nos fazem sentir vergonha de reclamarmos dos nossos problemas. Sim, eu fui abandonada pela minha mãe, eu tive um pai alcoólatra e violento. Meu namorado e minha amiga haviam fugido juntos levando todo o meu dinheiro. Mas Mai havia passado por algo muito pior. Viu a irmã sendo violentada pelo irmão gêmeo do homem que hoje é o amor de sua vida. teve que lidar com a morte inesperada dos pais e o vício do irmão. Agora, luta para recuperar o amor do homem que ama. Quantas desgraças uma pessoa pode suportar e continuar de pé. Apesar de tudo, ela tem uma força incrível e se eu não tivesse cruzado com ela nessa cidade gigantesca e assustadora, talvez eu tivesse me perdido. A coragem que via nela, fez-me encarar de frente todos os meus problemas e que em nada se comparava a sua luta diária. Ficamos mais fortes quando temos a nossa frente pessoas teoricamente mais frágeis que nós, enfrentando a vida de coração aberto. Graças a Deus, esses momentos de tristeza e escuridão haviam ficado para trás, e espero que dessa vez, para sempre. — Tem certeza que deseja fazer isso, amor — Christopher acaricia meu rosto. O toque é tão suave como uma pluma — Eu posso ir até lá por você. Estamos escorados na moto dele, em frente ao prédio que há mais de dois anos eu havia saído fugida. É menor do que eu vivi no Bronx, mas é bem mais conservado e seguro. — Eu preciso fazer isso — murmuro — Hora do acerto de contas. Toco a mão estendida para mim. Ele enche-me de conforto e coragem. Se tudo o que passei e vivi, levaram-me até Christopher, eu posso garantir que valeu à pena. Subimos as escadas, porque para variar, o pequeno elevador estava quebrado. Algumas coisas não mudam nunca. Em meio a um degrau e outro, ele me puxa para seus braços roubando um beijo. — Comporte-se! — dou um pequeno tapa na mão atrevida, que havia acabado de acariciar minha bunda. — Eu não posso fazer nada, feiticeira — ele prende-me pela nunca, colando nossos corpos, em busca de outro beijo — Sou viciado em você. Ficamos por alguns minutos presos em nossa bolha de felicidade. Quando o clima começa ficar um pouco mais quente eu me afasto, com dificuldade quase dolorosa. Eu olho a minha volta e felizmente o corredor está vazio. Estamos na fase do relacionamento que não existe lugar ou local para que essa combustão entre nós comece a explodir. Se bem que, desde a primeira vez que nos vimos foi assim. Eu desejo que continue assim por muitos anos. — Pare, Christopher — sussurro, languida — Vamos resolver isso logo. Depois eu prometo ser bem boazinha. Os olhos dele brilham em antecipação, e Christopher parece uma criança esperando o primeiro pedaço de bolo. — Então vamos logo com isso — ele me arrasta até a porta, batendo com força Jesus! O homem é uma máquina de fazer sexo. Eu não sei como eu ainda sou capaz de fazer coisas tão simples, como, levantar da cama. — Tem certeza que ele ainda mora aí? Há alguns dias havíamos desenterrado algumas coisas do nosso passado. Esse é um acerto de contas que eu sempre quis. Como eu tenho um noivo que me daria a lua se eu pedisse, estamos aqui, prestes a passar a borracha em meu passado. — Chris garantiu que... — antes que ele pudesse concluir, a porta é aberta por um homem magro e carrancudo. Apesar de visivelmente estar abatido e de longe, lembrar o homem que sempre me atormentou nas datas em que vencia o aluguel, eu o reconheço. — Olá, Craig — cumprimento-o, com um sorriso nervoso. Ele me encara com olhos apáticos. Retiro o que eu disse, algumas coisas mudam sim, e parece que com ele andam bem ruins. — Vejam se não é a jovem caloteira — murmura ele, seco — Que ventos a trazem aqui? Outro namorado trambiqueiro? Não há vagas aqui para vocês! O olhar dele vai de mim para Christopher. Que na verdade não ficou nada satisfeito com as palavras de Craig. Eu sinto sua tensão em volta de mim. — Não estou procurando um apartamento Craig — começo a me explicar, envergonhada. Eu havia fugido devendo o aluguel e não sou caloteira. Eu havia jurado que um dia voltaria aqui e pagaria tudo a ele. Graças ao dinheiro que Christopher havia me dado e o que ganhei como modelo da joalheria, eu poderei fazer isso, com toda dignidade. — Eu vim pagar o aluguel — estendo o envelope a ele, que olha para o papel como se fosse uma bomba prestes a explodir — Com juros e correção. Olho por um longo tempo o rosto que há poucos minutos estivera severo e duro, mas que nesse momento parece abalado. O homem apoia-se contra a porta ao verificar o valor no envelope. Uma mão vai ao rosto e a outra prende o cheque contra o peito, em uma reação emocionada. — Existem — sussurra ele — Milagres existem. Eu fico estática observando a cena. O homem rabugento e que sempre reclamava de tudo comigo, sete dias por semana, pouco se assemelha com o frágil e emocionado a minha frente. — Desculpem-me. Você realmente veio do céu. Já havia perdido as esperanças — ele respira fundo e volta a nos encarar — Entrem e vão entender ao que me refiro. Apesar de desconfortável com a situação, faço menção de entrar. Christopher segura meu braço, interrompendo meu caminho entre a porta e a sala do apartamento. — Tem certeza? — ele me encara preocupado. Meu menino super protetor. — Olhe para ele — sussurro, baixinho — Acho que não representa nenhum perigo. Apesar de concordar comigo, ele entra na minha frente, mantendo-me a suas costas. Eu sempre soube me defender sozinha. Faço isso há tanto tempo que já nem me lembro, penso que mesmo antes de minha mãe e eu fugirmos de casa. No entanto, ter o homem que amo agindo como um leão em volta de mim deixa-me flutuando e emocionada. — Esta é minha filha, Chloe — sussurra Craig, interrompendo meus devaneios. Saio de trás de Christopher e vejo uma jovem franzina deitada em um sofá desgastado, creio que tenha em torno de dezesseis ou dezessete anos, não sei dizer com certeza. Sobre ela, há uma manta xadrez e alguns travesseiros em volta, ela dorme profundamente. — Chloe possui uma doença rara — continua ele, com a voz entrecortada — Os medicamentos são muito caros e as últimas doses já estavam acabando eu.... — ele pigarreia — Eu não sabia como iria resolver isso. O salário como síndico não é muito bom, mas me permite cuidar dela o máximo possível. Outra vez a vida me dá uma bela lição de moral. Eu jamais vi o lado B daquela história. Nunca imaginei que ele tivesse uma filha, e muito menos que fosse doente. O que posso dizer em minha defesa. Estava preocupada com Harry, a ameaça do banco contra ele, meu futuro sem um emprego. Meus problemas eram importantes demais para mim, para que olhasse as pessoas ao meu redor. Eu havia ido embora com o dinheiro que havia recebido, talvez fosse algo importante para Craig na época. Sinto-me uma pessoa horrível nesse momento. — Obrigada — ele sorri pela primeira vez — Sinto muito pela forma que a tratei naquela época, mas aquele seu namorado era insuportável. Vivia com som alto e fazendo algazarras pelo prédio.  Chloe é sensível ao barulho. — Eu entendo — apoio minha mão em seu ombro — Espero que tudo fique bem. Desculpe-me também. Por tudo. Olho novamente para a garota e não têm como eu não me sensibilizar com isso. — Christopher? —digo chorosa, há mais do que súplica em minha voz. Preciso ajudá-los de alguma forma. Não foi preciso dizer mais nada. Ele solta minha mão pela primeira vez e vejo-o tirar a carteira do bolso da jaqueta. — Você tem uma caneta? — ele pergunta ao dono da casa que nos encara com olhar confuso. Craig vai até uma mesinha próxima a janela e volta com a caneta, entregando a Christopher. Chloe solta um gemido fraco e seu pai corre até ela, ajeitando as coberta e travesseiros. Ela não chega a acordar, mas solta um suspiro suave. Pergunto-me onde anda a mãe da menina. Espero que não seja outra Sophia da vida. Pelo que eu me lembre, ele não tinha esposa. — Creio que poderá ajudar por um tempo — Christopher entrega a folha de cheque e um cartão a ele — Esse é meu número procure-me se ela precisar de algo. Eu não sei a quantia que ele havia preenchido no cheque, mas conhecendo Christopher como conheço, o pai da jovem não se preocupará por longos meses, arrisco-me a dizer, anos. — Eu não posso aceitar — Craig devolve o cheque — É muito dinheiro.— Não é para você — Christopher dá de ombros — É para a jovenzinha ali. Irá negar isso a ela? Craig volta a olhar para filha e depois para a folha de cheque em sua mão. Nenhum orgulho no mundo é maior do que amor de pai, então, ele não tem alternativa além de aceitar a oferta generosa. —Então, obrigado — lágrimas enchem seus olhos e ele tenta esconder — Se minha esposa fosse viva, ela faria uma torta para vocês, era especialidade dela, mas eu posso oferecer um café. Vamos embora meia hora depois e sinto como se um peso enorme fosse tirado de cima de mim. Abraço Christopher antes de subirmos na moto. Sempre me pergunto se é possível amá-lo ainda mais, hoje descubro que sim. — É a pessoa mais generosa que eu conheço — murmuro, emocionada — E o homem mais fofo do mundo. Ele parece encabulado e me aperta contra seu peito. — Poder usar meu dinheiro em causas tão importantes, me faz feliz — murmura ele — Se isso a faz feliz eu fico em dobro. E, eu não sou fofo. — Não? — ah, ele é sim. — Homens não são fofos. Somos fodões — diz ele, contrariado — E eu tenho segundas e todas intensões envolvidas aqui. — Ah é? Sr. Fodão! — aconchego-me mais contra ele — E o que você espera? — Você me disse que seria boazinha — ele sussurra, antes de depositar um beijo na curva do meu pescoço — Gosto quando você é boazinha... Sim, ele gosta. Não posso dizer que me comportei bem por muito tempo. Meu lado perverso é muito mais divertido. Ah, que se dane, eu nunca fui santa, na cama então, não seria diferente. 



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Autor(a): Vanuza Ribeiro

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • stellabarcelos Postado em 29/01/2016 - 00:34:45

    Essa história é muito muito linda e divertida! Amei demais

  • juhcunha Postado em 05/03/2015 - 00:22:53

    Ai meu deus que coisa mais linda chorei pra caranba como sempre

  • juhcunha Postado em 06/02/2015 - 01:27:11

    ohhhhh meu deuus que lindo chorando aqui so que de felicidade e muito triste porque ta no final

  • juhcunha Postado em 26/01/2015 - 02:22:44

    Que bom que ainda nao acabou! eu chorei com esse capitulo ta mae dela! nao quero que a web acabe eu gosto tanto! vai te um bebezinho!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:28:49

    essa despidida de soteiro foi muito boa se todas fosse assim seria muito foda !

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:27:44

    meu deus acabando eu amo essa web! Querida sua web e fantastica! por a mae do ucker foi uma cachora odeio ele espero sinceramente que se arrependa po fazer aquilo com a dul e principalmente com ucker!

  • juhcunha Postado em 18/01/2015 - 02:48:51

    Alexandra vaca egoista! a dul nao pode aceita sem fala com o ucker

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:07:22

    Continua ainda quero que eles tenha um bb!

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:06:36

    Filnalmente juntos e felizes!

  • juhcunha Postado em 15/01/2015 - 20:56:47

    Briga! porque ela nao pedoa logo ele!


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