Fanfics Brasil - 117 Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy

Fanfic: Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 117

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**** Entro no prédio Durant & Tecnologia na manhã seguinte com um único pensamento martelando em minha mente. Despedida de solteiro. Eu a vejo assim que entro no escritório. Observo-a quando paro na soleira da porta e dedico alguns minutos para analisá-la de longe. Os cabelos, aparentemente loiros naturais, estão presos em um coque severo. O vestido azul marinho é discreto, mas elegante. Caramba, ela é muito bonita, isso é inegável. Como se notasse que está sendo observada, Penélope ergue o rosto, os olhos azuis encontram os meus. — Srta. Saviñon? — apesar de surpresa, o sorriso é sincero — Como vai? — Nós já passamos dessa formalidade, Penélope — atento — Dulce apenas. — Certo. Dulce — ela parece encabulada —Deseja contato de outro buffet ou a organizadora que indiquei não alçou suas expectativas? — Não. Ela é ótima. Penélope tem sido de grande ajuda nos preparativos do casamento. São tantos detalhes que me levam a loucura. A sorte, é que eu havia jogado toda a responsabilidade para a organizadora indicada por ela, mas ainda assim; a escolha das flores, o tipo de bolo, a comida, as músicas e todas as coisas que fazem um casamento perfeito, precisavam ser aprovadas por mim. Sem contar, o vestido de noiva. — Na verdade, é um outro assunto — falo, com a voz mansa — Eu preciso muito da sua ajuda. Eu não sei exatamente o que Chris e Adam estão tramando. Mas eu vou descobrir, cada detalhe sórdido. Porque com aqueles dois envolvidos, coisa boa não seria. — Você quer que eu descubra onde será a festa?! — enfatiza Penélope, após eu explicar o motivo da minha visita — Como espera que eu consiga isso? Pelo fato de que você é mulher? Por que Adam está caidinho por você, embora goste de negar isso? — Agora que Neil está afastado da empresa, Adam tem vindo bastante aqui, não tem? — Sim, mas... A simples alusão do nome dele faz com que ela fique vermelha e nervosa. Observo a boca ser aberta e fechada diversas vezes e não consigo controlar meu interesse. Quem não gosta de uma boa história? E esse, parece ser um romance bem apimentado. — Com jeitinho — acrescento, com a voz adocicada — Você consegue algumas informações. Por favor! Penélope parece meditar por alguns instantes. Ela fecha os olhos e faz uma careta engraçada, como se tivesse em uma discussão interna. — Por favor! — faço caro de choro — Meu casamento depende disso. Tudo bem, há um certo drama aqui. Ela me encara com ar de que não está caindo nessa. — Certo, eu quero dar uma lição neles — digo, frustrada — Por favor. Mulheres unidas. — Está bem, farei o que posso — diz ela, numa voz abafada — Mas eu não prometo nada. Saltito em direção a ela e arranco-a da cadeira para um abraço apertado. Não me importa os meios ou fins que ela usará, apenas que me dê as informações necessárias. Os homens podem parecer criaturas dominadoras, ariscas, perspicazes, mas quando “nós mulheres”, queremos algo, somos capazes de tudo. — Você é maluca — ela sorri. ****Os dias passam depressa eu ando uma pilha de nervos. Penélope ainda não descobriu nada e isso me deixa bem irritada. O casamento me deixa sensível e intragável. Christopher tem sido muito paciente comigo e algumas vezes eu sinto pena do pobre. Eu queria minha mãe comigo. Por que a mãe dele tem que ser uma bruxa insuportável? Às vezes eu tenho vontade de desistir de tudo, fugir para Las Vegas como ele me propôs, sempre que eu tenho uma crise. Então, eu me lembro que isso não é justo. É meu primeiro, único e último casamento. E no fundo, eu sou uma romântica. Eu quero festa, ter todos meus amigos e familiares reunidos. Um álbum de fotos para mostrar aos nossos filhos e netos. Memórias. — Tem certeza que quer fazer isso? — Mai repete a mesma pergunta que tem feito desde que saímos de sua casa. Estamos paradas em frente à casa de porta branca há quase dez minutos e eu reluto se devo bater ou não. A ideia pareceu maravilhosa quando a tive, agora parece um pouco absurda. Eu e minhas ideias malucas. Quer dizer, como abordar uma pessoa que você nunca viu na vida e dizer: “Olá, sou a noiva do irmão que você detesta. Quer ir ao meu casamento?” — Eu quero — respondo frustrada — Só não sei se consigo. Ao invés de aproximá-los, eu poderia estar contribuindo ainda mais com enorme rachadura que há entre eles. Respiro fundo e decido ir embora. Não precisamos de nenhuma dessas pessoas. Temos um ao outro e isso é o suficiente. Como tudo na minha vida não segue uma ordem lógica, a porta foi aberta exatamente no momento em que decidi ir. Uma jovem bonita encara-nos com curiosidade e surpresa. Boca pequena em forma de coração, nariz arrebitado, os cabelos loiros estão presos em um rabo de cavalo frouxo. Ela usa jeans e camiseta preta. Em sua mão há alguns livros, que ela tenta equilibrar em uma mão enquanto segura uma mochila na outra. É impossível não notar a semelhança com Christopher, embora os olhos dela sejam azuis e os dele castanhos. — Pois não? — diz ela, com suavidade na voz. — Eu sou Dulce — murmuro — Essa é Mai. Ela arqueia a sobrancelha e sorri, dou-me conta do absurdo da apresentação. É obvio que ela não está entendendo nada. — Noiva de Christopher — suspiro — Seu irmão. Quer dizer eu sou... Ela é nossa amiga. Droga, como eu consigo ser tão estúpida. O sorriso se desfaz. A garota olha para dentro da casa e em seguida fecha a porta, como se quisesse nos ocultar de quem estiver lá dentro. — Não sei do que está falando — diz ela, com um sinal de irritação — Por favor, vão embora. Vejo-a descer a escadinha que dá para rua. Apresso-me em alcançá-la, afinal, eu já que havia feito a merda, então jogaria tudo no ventilador. — Espera — puxo-a pelo braço, os livros caem de suas mãos — Hanna não é? Você pode me ouvir? Ela me olha com fúria. Mai apressa-se em recolher os livros. A tensão entre nós é palpável. Mas eu não sou do tipo que desiste com facilidade. — Deixe-me ir! — ela me encara de frente, os punhos fechados e os lábios cerrados em uma linha fina. — Eu não vou — digo determinada — Não até que me ouça. Tem um café aqui perto. Se depois do que eu tenho para dizer, quiser manter distância, irei respeitar isso. — Ela não vai desistir — diz Mai, num tom aflito, ao entregar os livros a ela — Ouça-a. — Seja rápida, eu não tenho muito tempo. Sorrio para Mai, em agradecimento. Caminhamos até um pequeno café do outro lado da rua. Não foi uma conversa fácil. É difícil derrubar as barreiras de alguém que alimentou algumas feridas por tanto tempo. Uma grande parte do distanciamento entre Christopher e os irmãos, foi causado por Alexandra, seu orgulho e arrogância. Hanna e o irmão tentaram uma aproximação no velório do pai deles, mas haviam sido expulsos. Nem ao menos tiveram a oportunidade de se despedirem. Alexandra não havia permitido. Foram tantos desencontros entre eles. Um lado acreditando que era desprezado o outro com medo da rejeição. Meu Deus, quanto tempo havia sido perdido, causados pelo veneno de uma mulher amarga e preconceituosa. Irmãos, separados por uma crueldade incompreensível. — Sabia que ele paga seus estudos? — Eu tenho uma bolsa de estudos — Hanna abaixa os olhos e fixa-os no café a sua frente em cima da mesa. — Sério? — olho-a séria e um pouco irritada — Nunca se perguntou a procedência disso? — Dulce... — Mai tenta acalmar-me, sem sucesso. — Ela precisa saber — insisto, determinada. — Foi uma doação anônima... — Hanna empina o queixo. — Uma ova! Christopher pagou por tudo. Sabia que sua mãe aceita o dinheiro dele? Que ele pagou a hipoteca da sua casa? Fez todas essas coisas em silêncio, enquanto você e seu irmão alimentavam esse orgulho bobo — solto tudo de uma vez. — Não — ela parece chocada. Não é por menos eu havia descoberto todas essas coisas há pouco tempo, quando a mãe dela havia ido ao escritório dele em busca dos cheques mensais. — Mamãe dizia que era do seguro — diz ela, espantada. — Faça-me o favor! Seus pais não eram casados. Ela não teria direito a nada. Ela não me parece uma pessoa má, apenas machucada. — Pode passar a vida inteira carregando toda essa mágoa e revolta dentro de você. Ou pode ter a chance conhecer uma pessoa maravilhosa. Eu sei o que é não ter ninguém, não sentir-se parte nada. Ela parece ponderar sobre o que falo. — Eu gostaria muito que estivesse em nosso casamento — continuo, agora mais calma — Que faça parte de nossas vidas. Que nossos filhos um dia possam brincar juntos, talvez pudéssemos ser amigas. Espero que pense sobre isso e um dia deseje o mesmo. Coloco o convite em cima da mesa e deixo-a sozinha com suas reflexões. No final, eu acho que havia feito o correto. Já era hora de pôr um fim a isso. Espero sinceramente que ela se deixe guiar pelo coração.



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Autor(a): Vanuza Ribeiro

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • stellabarcelos Postado em 29/01/2016 - 00:34:45

    Essa história é muito muito linda e divertida! Amei demais

  • juhcunha Postado em 05/03/2015 - 00:22:53

    Ai meu deus que coisa mais linda chorei pra caranba como sempre

  • juhcunha Postado em 06/02/2015 - 01:27:11

    ohhhhh meu deuus que lindo chorando aqui so que de felicidade e muito triste porque ta no final

  • juhcunha Postado em 26/01/2015 - 02:22:44

    Que bom que ainda nao acabou! eu chorei com esse capitulo ta mae dela! nao quero que a web acabe eu gosto tanto! vai te um bebezinho!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:28:49

    essa despidida de soteiro foi muito boa se todas fosse assim seria muito foda !

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:27:44

    meu deus acabando eu amo essa web! Querida sua web e fantastica! por a mae do ucker foi uma cachora odeio ele espero sinceramente que se arrependa po fazer aquilo com a dul e principalmente com ucker!

  • juhcunha Postado em 18/01/2015 - 02:48:51

    Alexandra vaca egoista! a dul nao pode aceita sem fala com o ucker

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:07:22

    Continua ainda quero que eles tenha um bb!

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:06:36

    Filnalmente juntos e felizes!

  • juhcunha Postado em 15/01/2015 - 20:56:47

    Briga! porque ela nao pedoa logo ele!


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