Fanfics Brasil - 122 Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy

Fanfic: Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 122

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**** O jantar seguiu tranquilo. Afinal, Dulce é uma convidada de minha mãe, portanto, é bem-vinda em sua roda de amigos. As pessoas são simpáticas com ela, que retribui em charme e elegância. Algumas vezes, vislumbrei alguns olhares compenetrados e indecifráveis de minha mãe em direção a ela. Sempre que isso acontecia um fio gelado passava por minha espinha, me incomodando. Acaricio a mão de Dulce por debaixo da mesa. Ela diz alguma coisa à senhora ao lado dela a mesa e me sorri, como tem feito durante a noite. — Meus queridos, gostaria de convidá-los para irmos até a outra sala — a voz de minha mãe ecoa, chamando a atenção de todos — Tenho um comunicado a fazer. Dulce e eu somos os últimos a deixar a mesa. Puxo-a para um canto mais escuro do corredor, atrás de um enorme vaso de planta. Apodero-me de seus lábios macios, algo que quis fazer durante toda a noite. — Acha que vai falar do nosso casamento? — murmura ela, os lábios ainda colados aos meus. — Talvez — sussurro, acariciando seus ombros nus, minhas mãos deslizam pelas suas costas, até pousa na bunda empinada e macia, agarro as nádegas e puxo-a para mais perto de mim. — Pare, Christopher — ela geme, ao sentir meu pau cutucando sua virilha — Comporte-se. — Ouviremos o que ela tem a dizer — pressiono-a contra a parede, enroscando uma de suas pernas em minha cintura, enquanto me esfrego contra ela — E vamos embora. Esfrego o nariz contra seu pescoço, enquanto ela agarra meus cabelos. — Pare — ela se afasta, ajeitando as roupas, a respiração acelerada — Seu tarado. Respiro fundo e, procuro controlar minha respiração desenfreada. — Ou talvez você queira conhecer meu antigo quarto? — digo, malicioso, dou alguns passos em direção a ela, como um felino. Dulce respira fundo também. — E irritar sua mãe — diz ela, fazendo bico — Agora que caminhamos para um entendimento. Guarde esse taco para o próximo jogo campeão. Ela ri e limpa meus lábios sujos de batom. — Vamos, antes que nos procurem — estende as mãos para mim e eu a guio pela casa. Essa casa sempre foi gigantesca para mim. Quando criança até gostava. Constantemente fingia ser uma fortaleza com calabouços e tudo. Na adolescência usava-a para impressionar as garotas. Depois pareceu-me exatamente o que é, uma mansão fria e solitária. Assim que nos reunimos as outras pessoas, noto que todos já estão em seus lugares, espalhados no imenso sofá brando. Os tons de mogno predominam no ambiente. Assim que nos sentamos minha mãe aperta um botão no controle remoto em sua mão e uma imensa tela ergue-se da parede revelando a TV que ocupa metade dela. — Queridos, como sabem, estou sempre envolvida em projetos sociais — diz minha mãe, com a voz aveludada — Temos tanto, e devemos retribuir a vida de alguma forma. É nosso dever ajudar os menos afortunados na vida. Pessoas que não tiverem a sorte de ser tão bem nascidas como nós. A filosofia seria bonita, se eu não soubesse que por trás disso tudo, não houvesse apenas jogos de aparências. Contudo, o que importa não é a sua sinceridade, mas sim as pessoas que podem ser ajudadas. — Esse projeto é muito importante — ela continua, enquanto liga a TV e prepara o vídeo — O alcoolismo é um dos grandes problemas da nossa sociedade, atingindo jovens e adultos. Por isso, é tão importante para mim, e gostaria de contar com vocês nessa luta. O vídeo começa com um médico falando sobre os malefícios do álcool, as estáticas que são alarmantes e todas as consequências caóticas que esse vício acarreta. Embora a intenção de minha mãe seja louvável, não entendo por que levantar o assunto essa noite. A cena muda para um bar. Um homem berra, alcoolizado. — Eu não tenho família — vocifera ele — As desgraçadas da minha ex esposa e filha sumiram no mundo. Mas eu vou reencontrá-las e verão o que farei. A cena é muito decadente. O homem desalinhado e sujo promove uma cena digna de pena. — Não! — um grito abafado ecoa através das paredes e teto oval. Dou-me conta que o som angustiado e dolorido vem de Dulce ao meu lado. Suas unhas cravam-se em minha pele e, quando olho em seus olhos a dor é tão intensa que posso senti-la. — Meu pai — sussurra ela, baixinho — É meu pai. O suspiro carregado de dor atinge-me como uma facada no peito. Olho para minha mãe, ainda atordoado, uma onda de náusea envolve-me, enquanto pouco a pouco o entendimento desce sobre mim. O olhar vitorioso que lança em direção a Dulce, coberto de ironia e o sorriso de vitória enche-me de ira. — Por que está fazendo isso? — Dulce pisca em meio as lágrimas escorrendo pelo seu rosto —Você não sabe de nada. Não sabe quem ele é! Ela levanta encarando as pessoas ao seu redor. Parece-me um animalzinho acuado, ferido, perdido. Nunca a vi tão machucada como agora, nem mesmo quando nos separamos a primeira vez. Eu sei o que esse homem significa na vida dela. Todos os pesadelos que teve. E quando havia virado a página amarga de sua vida, minha mãe havia trazido o demônio diretamente das portas do inferno. Se há alguém que eu odeio é esse homem, por todas as lágrimas e cicatrizes que ele havia deixado na alma da Dulce. — Sinto muito — Dulce soluça para mim. As pessoas nos olham entre chocadas e pesarosas. Nem todos ali são tão cruéis como minha mãe. — Pobre homem, ser abandonado por.... — Chega! — meu grito ecoa na sala, silenciando o burburinho ao nosso redor. Sinto o gosto da bílis queimando minha garganta. Eu juro que contra os meus princípios e todo respeito que tenho por ela, poderia ser capas de agredi-la se calasse a maldita boca — O que pensa que está fazendo?! O silêncio predomina destacando ainda mais a voz ébria que ecoa irritantemente da tela. — Christopher! — os olhos arregalados de minha mãe parecem saltar de órbita — O que pensa que está fazendo? Olho para a TV estilhaçada após ser atingida por um vaso que eu nem me dei conta de ter pego e arremessado de encontro ao vidro. Tudo o que eu consegui foram os olhos castanhos que eu amo perderem o brilho. A profunda tristeza que vi no rosto de Dulce estilhaçou meu coração em milhares de pedaços. — Por que fez isso? — sibilo, minha voz aparentando exatamente toda a raiva que emana de mim — Toda a vez que você a ataca, está me ferindo. — Cada vez que a magoa... — digo, de maneira sombria — Está magoando a mim. — Só queria que soubesse onde está se metendo... — diz ela, aos berros, saindo de sua pose inabalada. — Cala boca! —grito, furioso — Cala essa maldita boca! Sua cabeça volta para o chão Por momento seus olhos encaram o chão, a boca retorcida. — Vai se arrepender — ela desafia. — Mamãe chega — Alfonso se coloca ao lado dela. Encaro-o decepcionado, magoado, entristecido. — Você quis humilhá-la — pronuncio as palavras, de modo lento, meus olhos frios, duros, em direção a eles — A única pessoa humilhada aqui é você. Tenho vergonha de dizer que uma pessoa cruel, mesquinha e amarga como você seja minha mãe. O  laço está sendo rompido, definitivamente, uma ruptura que jamais poderá ser selada novamente. Um dia ela foi a minha mãe, que eu amei, apesar de todas as nossas diferenças, hoje, eu só sinto desprezo. E isso doí. Massacra-me ter que lhe virar as costas, mas não há outra alternativa. Eu jogo o último punhado de terra sobre o caixão e, onde abro uma imensa ferida em meu peito. Ferida a que talvez jamais se cicatrize. — Acho que todos vocês devem ter entendido quem realmente é digno de pena aqui — fito as pessoas em volta, surpreso em como minha voz parece calma, quando por dentro há uma avalanche de sentimentos desabam sobre mim comprimindo meu peito — A grande dama que conhecem não passa de uma mentira. Feriu uma jovem inocente simplesmente por ter sangue azul... Cuspo as palavras como se fossem fel saindo de minha boca. — Vangloria-se por suas caridades, mas não ama os próprios filhos — encaro o rosto gelado de minha mãe, um rosto que para mim deixou de ser humano — Amo aquela garota, Alexandra. Nada mudará isso. Tentei inúmeras vezes que você compartilhasse e fizesse parte de todo esse amor e felicidade. Agora.... Quero-a longe de nossas vidas. Definitivamente. Não tem ideia de tudo que irá perder. Recomponho-me e percebo que Dulce não está mais na sala. Estive tão compenetrado em enfrentar minha mãe que não me dei conta quando saiu. — Eu juro que se você colocar aquele homem perto dela — sibilo — Eu vou matá-lo. Pense muito bem sobre isso. Enquanto encaro seus olhos congelados, uma imensa dor oprime meu peito. Eu posso ouvir meu coração martelando acelerado, zunindo em meus ouvidos. Saio sem pensar em mais nada, a não se encontrá-la. Olho ao redor da mansão, desesperado. Onde poderia ter ido, sozinha? — Espere, Christopher! — Alfonso agarra meu braço. — Solte-me — exclamei, de raiva e de dor, enquanto tentava passar por ele — Fique longe. — Eu não tive nada a ver com isso — apela ele — Eu juro. Eu não sabia de nada sobre isso. Tem uma coisa que preciso contar a você. Espero que me perdoe um dia.... Noto a sinceridade em seu rosto. Pode ser que eu me arrependa, mas vejo-a ali. — Preciso encontrá-la, Alfonso — interrompo-o. O que quer ele tenha a dizer não me importa agora. — Certo — murmura ele —Vou te ajudar a encontrá-la. Encontramos o segurança que ronda a casa. Ele disse que a viu indo em direção ao portão. Quis ajudá-la, mas Dulce não lhe deu ouvidos. — Ela caminhou naquela direção. — Vamos para o meu carro — Alfonso sugere — Está mais fácil de sair. Giro a cabeça em direção a escuridão. Esse não é um bairro perigoso, mas não está imune de algum maluco ou pervertido. — Não — maneio a cabeça — Vou seguir a pé na direção que ela foi. Você vai no seu carro. Disparo em direção a saída, olhando desnorteado em todas as direções. Grito por ela, enlouquecidamente. Um ranger de um balanço desperta minha atenção. Apuro os ouvidos e contorno as árvores em volta de um parque infantil. Vou em direção aos balanços. Quase grito de alívio e contentamento, quando a vejo, sentada em um balanço amarelo. Contenho-me para não assustá-la. Parece uma garotinha, a cabeça encostada nas correntes de ferros, os pés balançando no ar. — Dulce — caminho silenciosamente e jogo-me aos pés dela, minha voz saindo ofegante — Eu sinto muito. Perdoe-me. Ela olha para mim, muda de surpresa. Parece consternada enquanto acaricia meu rosto com delicadeza. Por um momento, enquanto estive procurando-a às cegas, cogitei a possibilidade de que pudesse perdê-la. Agora entendo o significado de morrer de amor. Seria esse meu fim, se ela decidisse afastar-me de sua vida. — Eu entendo se estiver me odiando... — tento dizer, mas as palavras entalam em minha garganta — Saiba que eu a amo e vou amar eternamente. O passado ou até mesmo o presente não importa, quando tudo que almejo é um futuro ao seu lado. — Aquele homem — começa ela, tentando parecer mais corajosa do que realmente sentia. Eu vejo pelos lábios trêmulos o quanto difícil. — Ele não importa — seguro seu rosto, apetando meus lábios contra os dela — Ninguém mais importa. Apenas nós dois. — Não quero vê-lo — gagueja ela, atirando-se em meus braços — Por favor. — Ele nunca chegara perto de você — esfrego seus ombros, tentando com que o atrito traga um pouco de calor ao seu corpo frio — Eu prometo. Embalo-a por alguns segundos, acariciando seus cabelos. — Quanto a minha mãe... — Esqueça — Dulce coloca um dedo em meus lábios, impedindo-me de continuar — A culpa não é sua. Eu jamais quis ficar entre você em sua família. Sinto muito, eu tentei, mas posso reparar as coisas. Nunca quis estar entre vocês... — Não escolhemos quem nos dar a vida, mas escolhemos quem queremos que permaneça nela. Eu quero você. Isso é tudo que importa. Estendo a mão para ela, tirando-a do balanço. A partir desse momento estamos conectados. Para sempre.



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Autor(a): Vanuza Ribeiro

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   Os nossos dias tem sido no mínimo, intensos. Dulce é pessoa mais surpreendente que eu conheço. E nos últimos dias tem me enlouquecido. E eu, tenho sido paciente. Todos os preparativos para o casamento estão a deixando... Eu não posso dizer a palavra, nem mesmo em pensamento e acredite, ela consegue captá-lo. Toda ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • stellabarcelos Postado em 29/01/2016 - 00:34:45

    Essa história é muito muito linda e divertida! Amei demais

  • juhcunha Postado em 05/03/2015 - 00:22:53

    Ai meu deus que coisa mais linda chorei pra caranba como sempre

  • juhcunha Postado em 06/02/2015 - 01:27:11

    ohhhhh meu deuus que lindo chorando aqui so que de felicidade e muito triste porque ta no final

  • juhcunha Postado em 26/01/2015 - 02:22:44

    Que bom que ainda nao acabou! eu chorei com esse capitulo ta mae dela! nao quero que a web acabe eu gosto tanto! vai te um bebezinho!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:28:49

    essa despidida de soteiro foi muito boa se todas fosse assim seria muito foda !

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:27:44

    meu deus acabando eu amo essa web! Querida sua web e fantastica! por a mae do ucker foi uma cachora odeio ele espero sinceramente que se arrependa po fazer aquilo com a dul e principalmente com ucker!

  • juhcunha Postado em 18/01/2015 - 02:48:51

    Alexandra vaca egoista! a dul nao pode aceita sem fala com o ucker

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:07:22

    Continua ainda quero que eles tenha um bb!

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:06:36

    Filnalmente juntos e felizes!

  • juhcunha Postado em 15/01/2015 - 20:56:47

    Briga! porque ela nao pedoa logo ele!


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