Fanfic: Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy | Tema: Vondy
**** Respirar, caminhar. Respirar, caminhar. Esse é o meu mantra. Com um suspiro eu olho através da janela da limusine. Na rua, do outro lado da catedral St. Patrick, o trafego continua intenso, como sempre. Eu olho para igreja, uma das mais lindas e disputadas da cidade. Como Christopher havia conseguido uma vaga ali em tão pouco tempo, eu não sei. Na verdade, eu sei sim, ser rico e influente tem suas vantagens e essa é a melhor delas. De todas as igrejas que visitamos, essa foi a que mais me encantou, por sua magnitude e imponência, sem contar a beleza gótica. Possuí duas torres que erguem-se a 100m de altura. O interior tem altares, dos dois lados, com vitrais magníficos, dedicados a santos e figuras sagradas. Assim que desço do carro, Vivian, a organizadora, ajuda-me com o vestido e repassa todos os detalhes. — Espere dez minutos — ela parece mais afobada do que eu — Vou ver como as coisas estão lá dentro. Olho para meu vestido, ele é justo do busto até os joelhos, onde abre-se como calda de sereia, todo trabalhado em rendas e botões de pérolas. As mangas até o pulso, são transparentes, com detalhes em rendas. Um profundo decote em V dá um toque sensual. É o vestido perfeito, apaixone me por ele à primeira vista. Provocativo sem ser vulgar. Com certeza deixará Christopher alucinado. — Tem certeza que quer entrar sozinha? — pergunta Vivian, embora tente disfarçar, eu noto seu olhar piedoso — Algum dos convidados poderia... — Não! — digo, categórica — Vou sozinha. Havia estado sozinha por muito tempo. E é como se eu tivesse quebrando um rito. A solidão. É a última vez que vou caminhar sozinha em minha vida e vou enfrentar isso com coragem. Minha felicidade me espera há alguns passos. — Os padrinhos já estão posicionados lá dentro — ela segue nas orientações — Assim que a música começar a porta será aberta e você entra. Seguro o buquê com força. Continuo o meu mantra para manter a calma. — Dulce? — sobressalto-me com a voz masculina atrás de mim. — Alfonso? — encaro-o, abismada — O que está fazendo aqui? Depois do desastroso jantar ele havia deixado bem claro em qual lado ele estava. Nem mesmo o contrato pré nupcial que Adam havia feito havia derrubado sua arrogância. — Você não vai atrapalhar o meu casamento! — alerto-o, com determinação — Sua mãe enviou você? — Calma garota... — Eu vou entrar nessa igreja, Alfonso! — vocifero, agora muito irritada. Como ele ousa! — Amo o Christopher e nada e ninguém vai me impedir de ficar com ele. Aceite isso! Ele dá um passo em minha direção. E eu recuou. Não por medo dele, mas sim, pelo o que eu poderia fazer, guiada pela ira. — Não vim atrapalhar o seu casamento — murmura ele — Quando você assinou aquele contrato nupcial, percebi que estava julgando-a erroneamente. Pode parecer que não, mas eu amo aquele garoto. Só estive tentando protegê-lo. — De mim? — pergunto, incrédula. — De uma aproveitadora — ele pigarreia, desconcertado — Desculpe me. Como disse, eu estava errado. Perdoando ou não as atitudes dele, a partir de hoje ele fará parte de minha família, então é melhor virar a página. Christopher ama-o, e não posso ficar entre eles. — Está perdoado — digo, calmamente, parece que hoje é o dia de perdoar todo mundo — Fico feliz que tenha vindo. Acho melhor entrar logo ou perderá a cerimônia. Alfonso passa a mão no cabelo e me encara seriamente. — Vou conduzi-la até o altar — ele coloca-se ao meu lado, inclinando o braço em minha direção — Me permite? As palavras dele me chocam. Nem em um milhão de anos eu esperaria algo como isso. A música começa a tocar e eu continuo estática encarandoo. — Por favor — sussurra ele. Bem, isso é surpreendente. Eu poderia entrar sozinha. Realmente não me importa. Mas se vamos começar um novo relacionamento. Por que não? — Obrigada — volto a me recompor, encaixando o braço no dele — É bom ter alguém para me segurar, eu confesso. Não achei que eu ficaria tão nervosa. — Respire fundo — ele sorri — Você não vai desmaiar não é? — Embora eu sinta que possa — murmuro — Isso não faz meu estilo. — Você é durona — ele brinca. — É, eu sou — encaro-a seriamente, antes de sorrir — Lembre-se disso. Ele bate continência e guia-me em direção a porta. Ele tem senso de humor. Bom, talvez não seja tão insuportável quanto aparenta. As gigantescas portas duplas são abertas. Por dentro a igreja foi decorada com lírios brancos, detalhes em prata e amarelo claro, velas artesanais estavam por todo o caminho e um longo tapete branco estendia se da entrada ao altar. Respire fundo, digo a mim mesma. O violino toca. Eu começo a navegar pela nave da igreja, seguindo o compasso. Um dois, um dois. Nós entramos, os convidados se levantam. É a última coisa que me lembro antes de focar meus olhos no homem lindo parado em frente ao altar. **** Eu vejo-o. Respiro fundo. Castanho sempre foi a minha cor preferida? A partir de hoje. Sim. Sabe quando você lê nos livros que todas as outras pessoas em volta desaparecem, magicamente? Que não há mais ninguém no mundo a não ser você e a pessoa amada? Isso realmente acontece. Impressionante. Quando alcançamos o altar Alfonso entrega-me ao homem da minha vida. Meu amor. Christopher dá um beijo em minha testa como havia feito mais cedo. Eu tenho um vislumbre das pessoas na igreja, enquanto caminho pela nave, mas meus olhos estão focados nele. O sorriso orgulhoso e seu olhar apaixonado em direção a mim, expulsou todo o nervosismo de alguns minutos. O padre conduz a cerimonia com palavras emocionantes. Ressaltando laços especiais de amizade, amor e afeto. Essa é uma união não só de corpos, mas também de alma e coração. Assim que ele termina o sermão, Anne aproxima-se de nós com as alianças. Ela está linda e confiante. Christopher pega a aliança e começa a deslizar pelo meu dedo enquanto faz seus votos: — Dulce, com esta aliança eu recebo-a como minha mulher, amiga, confidente. Eu prometo amá-la e protegê-la todos os dias das nossas vidas. Nós somos perfeitos juntos — diz ele, com a voz rouca e emocionada — Tudo o que há em mim, ama tudo o que há em você. Viver para mim tem um nome: Dulce. Suas imperfeições é o que a tornam perfeita pra mim. Amo você hoje e vou amar para sempre. Porque é esse amor que faz meu coração bater todos os dias. — Christopher... Com esta aliança eu recebo-o como marido, prometo amá- lo, respeitá-lo e fazer de todos os seus dias felizes — respiro fundo e tento manter a calma, meus lábios tremem e meu coração dispara, eu nunca fui tão verdadeira em minha vida, tão honesta — Por que ninguém mais me faz sentir o que você faz. Você é minha vida, alma e minha razão de viver. Meu amor, meu coração. Hoje, amanhã e enquanto vivermos. Após as trocas da aliança o padre pede que fiquemos de joelhos e que todos estendam suas mãos em direção ao altar, para uma oração, pedindo a bênção de Deus sobre nós dois. — Com a autoridade conferida a mim e com as bênçãos da igreja, eu vos declaro marido e mulher — concluí o padre, após a oração — Pode beijar a noiva. Ele me beija e o mundo sai de órbita. Voltamos a ser nós dois, perdidos no tempo e espaço. Eu sou do meu amado e ele é meu. **** Desde o momento que saímos da igreja até o caminho até o salão de festas, vejo-me emaranhada por seus braços, pernas e praticamente estou sendo afogada por beijos de tirar o fôlego. — Christopher — tento desvencilhar-me dos braços dele, confesso que sem muita vontade — Nós já chegamos. — Hum, hum — ele ronrona em meu pescoço. A língua deslizando por meu pescoço em um beijo sensual, fazendo-me tremer — Vamos pular a festa? Se eu fosse atender a vontade de meu corpo, especificamente, uma parte bem peculiar do meu corpo, seguiríamos dali diretamente para lua de mel. Mas a garotinha romântica dentro de mim exige; festa, dança, momentos especiais com nossos amigos, fotos e tudo o que temos direto, e que eu passei anos sonhando. Eu tenho o castelo, o príncipe e agora desejo o baile. E sem perder o sapatinho de cristal. — Não — remexo em seu colo, afastando minha boca da dele — Pare.... — A culpa é todo sua — ele sorri, malicioso. O sorriso arrebatador que eu amo tanto — Esse vestido é.... — Christopher me atrai ainda mais para seus braços. O nariz desliza meu pescoço até a curva dos meus seios, inalando meu perfume — Tentador, sexy, um verdadeiro tormento. Eu quero o que está aqui em baixo. Uma mão apodera-se de meu seio, de forma possessiva, enquanto a outra tenta tocar minha parte íntima, sob o vestido. Um suspiro irritado escapa de seus lábios, após a tentativa frustrada, o vestido é muito justo. —Merda de vestido! — ele esbraveja, traçando com a língua a parte exposta do meu seio esquerdo. Eu mordo os lábios e saboreio por alguns segundos a sensação da língua árida sob minha pele. — Controle-se — empurro-o, jogando-me no outro lado do banco, fugindo de suas mãos e lábios tentadores. Deus! Como é difícil resistir a isso — Prometo que eu vou recompensá-lo depois. Ele se estica como uma pantera. Passeia o polegar em seus lábios, os olhos fixos em mim, predadores. — Eu vou cobrar isso Sra. Uckermann — Christopher pisca, antes de abrir a porta — Tenha certeza. Eu vou. Após entrarmos, pararmos para algumas fotos eu observo que algumas pessoas já haviam chegado. Demoramos mais do que eu esperava dentro do carro. O salão fica apenas há alguns minutos da catedral onde havia sido realizado a cerimonia. Não queríamos arriscar que alguém ficasse preso no trânsito por muito tempo. Então, acho que praticamente quase todo mundo já está aqui — Espero que todos os homens lá dentro gostem da cor amendoada — diz ele, atraindo-me ainda mais para o seu corpo. — O que quer dizer? — sorrio, fingindo inocência. — Seus olhos —murmura ele, contrariado — É a única parte de você que eles terão permissão para admirar, hoje. — Ciumento — escorrego as mãos pelo fraque grafite que ele está usando — Eu sou toda sua. — É... — um beijo, depois outro e outro — Agora eu até tenho um documento que comprava isso. Legalmente minha. — Deixem isso para depois — Vivian aparece em nossa frente, como um sargento — Comecem a cumprimentar os convidados e depois vocês pousarão para outras fotos. Christopher revira os olhos e faz uma careta para ela, que o ignora. Eu tento não rir, mas é praticamente impossível. Tiramos mais fotos que ele gostaria e menos do que eu quis. Após nosso discurso de agradecimento, o microfone foi passando de padrinho a padrinho. Os mais emocionantes foram os de Paul, Mai e Neil. Acho que pelo fato de serem meus amigos mais próximos ou porque tenho um imenso carinho por eles. São como irmão para mim. Começamos o baile com a dança dos noivos. — Como você conseguiu reservar aquela igreja? — pergunto, curiosa — Em tão pouco tempo? Ele gira-me pela pista e parece dividido entre dizer ou não. — Era a que você queria não era? — desconversa. — Mas Vivian disse que era impossível — encosto a cabeça no peito dele e desfruto da música — Como você conseguiu? — Eu comprei a data. — Como? — Paguei uma quantia significativa para que um casal trocasse a data conosco, para daqui a um ano. — Serio? — murmuro, pesarosa — Isso é horrível. Alguém havia desistido do próprio sonho para que eu realizasse o meu. Eu me sinto meio culpada. Talvez eles precisassem muito do dinheiro para fazer algo como isso. Eu jamais abriria mão, por nenhum dinheiro no mundo. — Não sinta-se culpada, feiticeira — Christopher para na pista, afasta-se um pouco e ergue meu queixo, obrigando-me a encará-lo. Caramba, ele é capaz de ler minha mente, ou talvez eu seja muito transparente — Acho que fiz um favor a eles dois, pareciam bem felizes em adiar a data. Inclusive não reagendaram, verifiquei isso. Com certeza devem estar desfrutando do dinheiro com outras pessoas. Isso que é desfazer um casamento na porta da igreja. Eu estaria desolada. Bem quando não é para ser não é. A música termina e inicia outra. Um jazz romântico. Em seus braços, sinto-me languida. Embriagada de amor e sedução. — Será que eu posso? Paul nos encara com um sorriso enorme. Christopher me entrega a ele, apesar de vacilante. Eles ainda não os melhores amigos. Mas já não há aquele olhar gladiador entre eles, como se fossem inimigos declarados. — Sra. Uckermann? — Paul conduz-me pela pista, com um olhar provocativo — Quem diria que a senhora esquentadinha e eu jamais me casarei, chegaria até aqui? — Era uma camuflagem — respondo a provocação com um meio sorriso — Noventa e noves por cento das mulheres fazem isso. Dizem que não, mas no fundo. Queremos ser resgatadas da torre. — Mesmo o príncipe sendo um ogro? — Paul! — dou uma batida em seu ombro. — Ele a fez sofrer — diz ele, com birra. — Não! — sorrio — Ele me faz feliz. — Estou brincando, na verdade, eu estou muito feliz por você, Dulce — murmura ele — Eu sempre soube que um dia encontraria a pessoa que a faria feliz. De todas as pessoas presente aqui, você é a que mais merece isso. — Ah, Paul... — um nó em minha garganta impede-me de continuar. Nos conhecemos um pouco mais de dois anos, logo que me mudei para cidade. Tornarmos amigos foi como misturar café com leite. Ele é mais íntimo de mim e me conhece melhor do que minha própria mãe. Você pode conhecer uma pessoa a vida toda e ela ser um estranho, enquanto outras parecem ser irmãs de almas. Apesar das constantes viagens que ele faz em seus torneios de luta, nós sempre estivemos conectados de alguma forma. — Aquele cara tem muita sorte — Paul aponta com a cabeça na direção de Christopher. Ele dança com a irmã e parecem bem animados em uma conversa. Foi uma grande surpresa encontrar a irmã de Christopher na igreja. Aliás, o dia inteiro tem sido uma grande surpresa. A única coisa que não me surpreendeu foi Alexandra não ter comparecido. Quem se importa. Ela havia escolhido a amargura e solidão. Um dia sua decisão pesaria muito. — Lembre-o disso constantemente — Paul continua — Ou eu mesmo o farei. — Eu que tenho sorte — murmuro. De onde está, Christopher nos observa e dá uma piscadela para mim — Eu tenho muita sorte.
Autor(a): Vanuza Ribeiro
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 32
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stellabarcelos Postado em 29/01/2016 - 00:34:45
Essa história é muito muito linda e divertida! Amei demais
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juhcunha Postado em 05/03/2015 - 00:22:53
Ai meu deus que coisa mais linda chorei pra caranba como sempre
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juhcunha Postado em 06/02/2015 - 01:27:11
ohhhhh meu deuus que lindo chorando aqui so que de felicidade e muito triste porque ta no final
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juhcunha Postado em 26/01/2015 - 02:22:44
Que bom que ainda nao acabou! eu chorei com esse capitulo ta mae dela! nao quero que a web acabe eu gosto tanto! vai te um bebezinho!
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:28:49
essa despidida de soteiro foi muito boa se todas fosse assim seria muito foda !
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:27:44
meu deus acabando eu amo essa web! Querida sua web e fantastica! por a mae do ucker foi uma cachora odeio ele espero sinceramente que se arrependa po fazer aquilo com a dul e principalmente com ucker!
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juhcunha Postado em 18/01/2015 - 02:48:51
Alexandra vaca egoista! a dul nao pode aceita sem fala com o ucker
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juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:07:22
Continua ainda quero que eles tenha um bb!
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juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:06:36
Filnalmente juntos e felizes!
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juhcunha Postado em 15/01/2015 - 20:56:47
Briga! porque ela nao pedoa logo ele!