Fanfics Brasil - cap 19 Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy

Fanfic: Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy | Tema: Vondy


Capítulo: cap 19

1532 visualizações Denunciar


Há muito tempo não tenho essa sensação de vazio e de abandono. A


última vez, foi quando me despedi de Harry. Depois, esse sentimento de


solidão e vazio no peito havia sido preenchido por Mai e Paul.


Maitw principalmente, ela é a irmã que nunca tive. A pessoa que mais


confio no mundo. Preciso dela tanto quando ela precisa de mim. E não por


ela ser boa e eu uma solitária, mas porque ambas sabemos a importância


da confiança e da amizade verdadeira. Mai jamais me trairia assim como


eu nunca a abandonaria. Como tenho certeza disso? Não tenho como


explicar, coisas como essa não se sabe, a gente sente.


Quando saio noto outro recepcionista, encarando-me com curiosidade.


Se a noite eu pareceria uma prostituta de cabaré com essa roupa, nem quero imaginar o que devo parecer à luz do dia. Olho para o relógio na


recepção, já passa das oito horas. Não esperava dormir tanto, na realidade,


planejava ir embora no clarear do dia. Só que fui acordada várias vezes por


ele, durante a noite, por seus toques e beijos irresistíveis.


Paro por alguns minutos quando alcanço a calçada. Tento me orientar


para saber para que lado devo seguir. Sei que estou em algum lugar de


Manhattan. Os prédios chiques em volta de mim, sugerem que estou em


uma das partes mais nobres do bairro.


— Ei gatinha? — um homem grisalho em uma BMW me olha de cima a


baixo. — Que tal fazer um showzinho lá em casa?


Era o que me faltava, um babaca repugnante, que acha que estou à


venda.


— Foda-se! — mostro o dedo do meio para ele — Babaca.


Começo a caminhar em busca de um ponto de ônibus e lembro que não


tenho um centavo. Minha mochila havia ficado no camarim do clube e o


único dinheiro que eu tinha, havia deixado com Christopher.


— Parabéns Dulce! — eu grito ignorando as pessoas na rua — Você é


mesmo muito inteligente.


O que vou fazer agora? Sem dinheiro e vestida daquele jeito? Pior ainda,


sem calcinha. Não posso andar sem calcinhas pelas ruas. Merda! Só de


pensar nisso tenho vontade de voltar àquele apartamento e atirar um vaso


na cabeça do Christopher. É tudo culpa dele e daquela noiva estúpida. Não, é


tudo culpa minha por ser estúpida.


— Vamos lá? — o mesmo homem volta a me incomodar enquanto me


segue com o carro — Qual o seu preço?


— Olha — encaro-o com ar de pouco caso — Eu até preciso de dinheiro


nesse momento. Mas seu pintinho deve ser tão pequenininho que nem vai


valer à pena.


Algumas jovens que passavam no momento começam a rir


incontrolavelmente. Assisto o homem ficar vermelho de ódio e arrancar o


carro com fúria. Vou para o outro lado da estrada para prevenir que ele me


incomode outra vez. Um dia, minha boca grande me colocará em sérios


problemas.


Alguns metros acima há um ponto de taxi. Sem alternativa e sabendo


que irá me custar os olhos da cara, eu peço a um motorista de aparência


indiana me leve até o Bronx. Assim que chegamos meia hora depois, digo ao


desconfiado motorista que me espere, pois subirei para pegar o dinheiro.


Ao chegar ao meu apartamento eu me lembro de que estou sem a droga


da chave. Minha única esperança de não ser presa por não pagar o motorista de taxi é que Mai esteja em casa para que eu pegue minha


chave reserva.


O que será que havia acontecido entre ela e Sr. Durant? Não cogito a


possibilidade de que ele tenha feito mal a ela, mas pela ira que vi em seus


olhos, tenho certeza que a conversa não deve ter sido nada fácil.


Mais do que nunca desejo esganá-la por não ter um maldito celular. Paro


em frente à porta dela. Não há nenhum sinal do segurança. Bato na porta e


aguardo alguns minutos com o coração na boca.


— Quem é? — ouço sua voz através da porta fechada.


— Sou eu.


— Dulce? — escuto o ferrolho sendo puxado — Onde está sua chave?


— É uma longa história — murmuro — Me empresta noventa dólares?


— Claro — ela responde com semblante confuso — Sabe onde fica.


Vou até seu quarto e pego uma caixa escondida no fundo do guarda


roupa, conto o dinheiro e volto para sala.


— Eu já volto.


Desço as escadas correndo e encontro o motorista de taxi, pronto para


entrar no prédio.


— Pensei que estava sendo ludibriado — ele me encara com raiva —


Moça, eu não tenho o dia todo.


— Desculpe-me — entrego o dinheiro a ele que sai pisando duro.


Volto para o apartamento de Mai e encontro-a preparando o café. O


cheiro é divino, preciso mesmo de algo forte.


— Então? — ela vira em minha direção assim que entro e fecho a porta.


— Onde esteve?


— Você saberia se tivesse um celular — resmungo — E você, onde


esteve com aquele maluco?


Escuto o relato com atenção. Eles foram para um flat que ele tem na


cidade.


— Ele achou que eu era garota de programa — Mai murmura.


Também? O que há de errado com esses homens? Todas nós somos


prostitutas e desprovidas de caráter?


— Não podemos continuar com isso. Ele é casado e tem uma filha. Isso


não é certo — Mai continua — Não vou voltar a vê-lo. Nós nos beijamos e


isso foi errado.


— Errado? — eu digo, angustiada — Eu transei com um desconhecido. E


foi a melhor experiência da minha vida. Isso é fodidamente errado!


— Dulce! — Mai me encara, surpresa.


Ela me conhece muito bem. Sabe que não sou de casinhos de uma noite.Aliás, ultimamente não sou casinho de noite alguma. Até houve alguns


homens interessados em mim, desejando um relacionamento sério, mas


nenhum deles conseguiu me atrair tanto, nenhum me levou a cometer essa


loucura, como o Christopher.


Talvez se tivesse saído mais ou dado chance a algum rapaz, eu não


estivesse tão carente de sexo como ontem. É a única explicação plausível


que encontro no momento. É isso, estava precisando liberar a tensão


sexual.


— Eu não sei o que dizer — Mai ainda parece chocada.


— Não diga nada — sussurro — Não me julgue, por favor.


— Eu sou a última pessoa que pode fazer isso.


— Apenas vamos esquecer esses dois e voltarmos para nossas vidas


tranquilas — balanço a cabeça, frustrada.


Ambas sabemos que isso é muito mais complicado do que gostaríamos.


São dois homens com personalidades marcantes e que haviam alterado as


nossas vidas de um jeito inexplicável, talvez para sempre.


No meu caso ainda tenho sorte por Christopher não saber onde moro e agora


sem emprego as chances de encontrá-lo novamente são praticamente


nulas. Mai, no entanto, está vulnerável a palavra de Neil para deixá-la em


paz. E sem o emprego e o dinheiro do clube, e até que eu encontre outro


emprego, a possibilidade de que nos mudemos para um lugar melhor


diminuem radicalmente. E mesmo que com as minhas economias e as dela


possamos alugar um apartamento melhor, o que faríamos nos próximos


meses? Eu não quero me arriscar a isso.


— Mai, eu estou sem emprego — murmuro, jogando-me no sofá.


— Por quê? O que aconteceu?


— A briga de ontem foi à gota d’água. Ed me despediu.


— Ah. Sinto muito Dul — Mai lamenta — Talvez eu possa falar com


ele.


— Acho que não irá adiantar. Mais tarde vou até lá pegar nossas coisas e


pegar o dinheiro da semana. Quem sabe consiga convencê-lo a mudar de


ideia.


— Tem certeza Dul que não quer que eu vá? Essa confusão foi causada


por mim.


— Não se preocupe. Agora vou para casa, vou me livrar dessa roupa e


pensar no que fazer.


De volta a meu apartamento eu me pego pensando nos últimos


acontecimentos. Minha vida tinha virado de cabeça para baixo. Eu posso


dizer que ela se dividiu em duas, antes e depois de Christopher Uckermann.À tarde eu volto ao clube e encontro alguns homens trocando vidros,


lâmpadas e algumas das meninas ocupadas com a limpeza.


Vou para o camarim e pego minha mochila, guardo todas as minhas


maquiagens e as coisas de Maite. Estou receosa se devo ou não falar com


Ed. Acredito que ainda deva estar furioso comigo. Então, resolvo procurá-lo


no dia seguinte, ou melhor, semana seguinte.


— Então, a encrenqueira apareceu?


— O que você quer Amanda? — nem me digno a encará-la. Concentrome


em fechar a mochila.


Amanda é uma das dançarinas mais antigas da casa. Sua animosidade


comigo é gratuita. Ela me odeia e eu a detesto. Muitas vezes quase saímos


no tapa e, agora se me encher a paciência, vou fazer o que tenho vontade há


muito tempo... partir a cara dela em duas.


— Soube que vai embora — ela anda ao redor de mim, estalando os


dedos — Já deveria ter feito isso muito tempo.


— Eu deveria ter partido sua cara — viro-me para ela decidida — Se


você não sair daqui é isso o que eu vou fazer!


O que há nessas loiras platinadas? Não que eu seja adepta a essa idiotice


de loiras contra morenas, mas essa é a segunda bruxa loira que eu enfrento


hoje.


— Pois tente e verá o que a espera — ela me diz, apontando um canivete,


que eu nem sei de onde surgiu — De onde você veio, eu fiz pós-graduação


querida.


Apesar de surpresa eu não irei me acovardar com sua ameaça. Se


Amanda quer briga é isso que ela vai ter.


— Parem já as duas — Ed entra no camarim e arranca o canivete das


mãos dela — Se eu pegar você com isso novamente juro que vou despedila,


Amanda.


— Só estava me defendendo dela — diz ela, com falsa inocência.


— Não interessa quem começou. Agora saia — ele ordena — Eu quero


falar com a Dulce.


Agora estou realmente encrencada. Além de perder o emprego só me


resta que ele me denuncie como baderneira.


— Bem Dulce... — Ed parece nervoso — Conversei com algumas das


garotas e elas me disseram que não teve nada a ver com aquilo, dessa vez.


Além disso, seu show é um dos melhores da casa. Por isso, refleti muito e


você pode ter o seu emprego de volta.


O que? Estou mesmo ouvindo isso? Ed está oferecendo meu emprego de


volta? Ou que ouve com o nunca mais apareça aqui?De todas as coisas que poderiam me surpreender naquele dia, essa


ganha a quilômetros de distância. E mesmo tendo muitas garotas legais por


ali, jamais imaginei que alguma delas sairia em minha defesa, isso me deixa


de certa forma comovida.


Quanto a sua proposta, eu preciso do emprego, o salário e as gorjetas são


bons, além de que, Ed não nos obriga a sair ou entreter os clientes. As


meninas que fazem isso é por livre e espontânea vontade ou necessidade.


No entanto, eu tenho preocupações maiores agora. Como o dono de


incríveis olhos castanhos e um sorriso devastador.


— Eu agradeço, Ed. Mas preciso ficar longe daqui por um tempo.


— Se é por causa da Amanda eu darei um jeito nela — Ed me tranquiliza.


— Amanda não me assusta. Meu problema é outro. Posso tirar uns dias


de folga?


— A casa não vai reabrir tão cedo — ele diz, desgostoso — Tire esses


dias.


— Obrigada — coloco a mochila nas costas e caminho para saída.


Se em uma semana Christopher não me procurasse ele não procuraria mais.


Portanto, poderei voltar sem o receio de encontrá-lo de novo.


A quem estou querendo enganar? Estou dando importância demais a


mim. O cara é muito rico e a noiva ou ex-noiva é uma garota linda e pelas


roupas que usava tão rica quanto ele. Sim, uma cadela rica. Bem diferente


de mim e minha vida no Bronx. Com certeza eles já devem ter se


reconciliado.


Além disso, não estou disposta a ser mais um casinho divertido para ele.


Até porque, ele havia deixado bem claro na noite anterior, que era apenas


sexo, nada mais. Então, definitivamente, custe o que custar eu preciso tirá-


lo da minha cabeça. Voltar ao clube não é uma boa opção. Não porque eu


acredite que Christopher voltará a me procurar, mas pelo pouco tempo que


esteve ali ele deixou lembranças demais para mim.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Vanuza Ribeiro

Este autor(a) escreve mais 6 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

 Bom gente ou a fanfic é muito ruim, ou entãao infelizmente as pessoas que leêm  não gostam de comentar, eu sei que é chatinho isso de tipo eu so posto se comentar e tal! Mas eu vou continuar postando mais eu fico chateada de saber que irei postar atooa porque quase ninguem lê eu fico muito feliz  com o comentario que me ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • stellabarcelos Postado em 29/01/2016 - 00:34:45

    Essa história é muito muito linda e divertida! Amei demais

  • juhcunha Postado em 05/03/2015 - 00:22:53

    Ai meu deus que coisa mais linda chorei pra caranba como sempre

  • juhcunha Postado em 06/02/2015 - 01:27:11

    ohhhhh meu deuus que lindo chorando aqui so que de felicidade e muito triste porque ta no final

  • juhcunha Postado em 26/01/2015 - 02:22:44

    Que bom que ainda nao acabou! eu chorei com esse capitulo ta mae dela! nao quero que a web acabe eu gosto tanto! vai te um bebezinho!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:28:49

    essa despidida de soteiro foi muito boa se todas fosse assim seria muito foda !

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:27:44

    meu deus acabando eu amo essa web! Querida sua web e fantastica! por a mae do ucker foi uma cachora odeio ele espero sinceramente que se arrependa po fazer aquilo com a dul e principalmente com ucker!

  • juhcunha Postado em 18/01/2015 - 02:48:51

    Alexandra vaca egoista! a dul nao pode aceita sem fala com o ucker

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:07:22

    Continua ainda quero que eles tenha um bb!

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:06:36

    Filnalmente juntos e felizes!

  • juhcunha Postado em 15/01/2015 - 20:56:47

    Briga! porque ela nao pedoa logo ele!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais