Fanfics Brasil - cap 26 Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy

Fanfic: Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy | Tema: Vondy


Capítulo: cap 26

26 visualizações Denunciar


Parece que meu coração vai sair pela boca a qualquer momento. O que


ele está fazendo aqui, parado do lado de fora do meu apartamento? Como


descobriu meu endereço e o que quer comigo?


— Abra a porta Dulce— a voz de Christopher ressoa, através da porta


fechada.


De jeito nenhum eu vou abrir a porta para ele. Não há a mínima


possibilidade de isso acontecer. Não mesmo. Ainda não estou louca. Eu


estou?


Esse homem é um perigo e já havia feito estragos demais em minha vida.


A começar por meu coração disparado no peito, depois, pelas minhas


pernas bambas, incapazes de sustentar meu próprio corpo e, finalizando


com essa imensa vontade que sinto de jogar toda razão pela janela, puxá-lo


pela camisa, beijar seus lábios tentadores e...


Pare com isso Dulce! Ordeno a mim mesma.


— Dulce abra — Christopher bate, insistentemente, esmurrando a porta —


Não vou embora até que eu possa falar com você.


— O que você quer? — pergunto, encostando minha testa contra a


madeira fria.


— Abra a porta Dulce — ouço um sussurro fraco do outro lado — Por


favor.


Não posso abrir a maldita porta. Se eu fizer isso, estarei completamente


perdida. Eu não soube dizer não a ele dois dias atrás e não tenho certeza se


conseguirei dizer não agora.


— Como descobriu meu endereço?


Por mais que Ed esteja zangado comigo, ele não faria isso. A única


pessoa tola suficiente seria Mayume. Mas a mesma me garantiu no dia


anterior que não havia feito.


— Abra a porta e eu respondo — Christopher insiste, do outro lado — É


apenas uma conversa Dulce. Juro.


— Não!


— Dulce... — pelo seu tom de voz percebo que está ficando impaciente


— Não vou fazer nada que não queira.


Que idiota! Será que ele não entende que o problema sou eu e não ele.


Não tenho medo do que ele possa ou não fazer contra mim, eu sei me defender, mas o grande impasse é o que eu quero fazer com ele. E as ideias


que passam por minha cabeça, não são nada decorosas.


— Vá embora, uckermann


— Não!


Um sorriso desenha meus lábios ao ouvi-lo repetir deliberadamente a


minha negação anterior. Pelo visto, ele está tão determinado a falar comigo


como eu estou em fugir dele. E como eu não tenho propensão ao


masoquismo eu resolvo abrir a porta e terminar logo com aquilo.


— Seja rápido — encaro-o, furiosa — Eu tenho um compromisso.


Uma mentira que ele não precisa saber.


Christopher me olha de cima a baixo. Há um brilho selvagem refletindo em


seus olhos ao percorrer meu corpo, ainda suado, da atividade no parque. Eu


me sinto grudenta e pegajosa. O sorriso dele me diz outra coisa.


— Cancele — diz ele, autoritário — Pago o que for preciso.


O cretino, ainda pensa que sou prostituta? Mesmo depois do bilhete e o


dinheiro que deixei em sua cama? Como os homens às vezes conseguem ser


tão estúpidos?


— É mesmo? — olho-o com desdém — E quanto está disposto a pagar?


— O dobro. Não, o triplo — diz ele, angustiado — O que for preciso.


Uma parte de mim fica magoada por ele realmente acreditar que estou à


venda. Já outra parte, a mais perversa, salta de alegria ao saber que ele iria


além do esperado, só para me ter em seus braços novamente.


Jamais pensei em vender meu corpo para viver, mesmo que de certa


forma ao dançar no clube eu fizesse exatamente isso. Afinal, os homens iam


até lá para nos ver seminuas, só que não indo para cama com eles, eu me


sentia de certa forma pura. Meu lema era, olhe, babe, mas não toque.


Só que com esse homem, parado a minha porta, eu estaria disposta a


rever todas as minhas convicções. A única explicação plausível, é que eu


sou uma libertina. Há um lado safado em mim que eu desconhecia. Por que


eu iria para cama com ele de novo, com certeza, não pelo dinheiro, mas por


que eu tenho uma imensa necessidade disso.


— Não vai me convidar para entrar?


— Não!


Uma coisa é o que meu corpo idiota deseja. Outra é o que minha razão


ordena que eu faça. E minha razão me diz para fugir e, manter o máximo de


distância desse homem lindo e perigoso. Já está sendo ferrado demais ter


que lidar com fato de ter sido uma vadia e ter ido para cama com ele como


uma gata no cio. Definitivamente eu não vou colocar mais merda no


ventilador. Errar uma vez é humano, permanecer no erro é estupidez.— Diga o que quer e vá embora, Christopher.


— Não acho que você queira falar sobre isso aqui fora — Christopher indica


com a cabeça, a porta entreaberta da minha vizinha fofoqueira.


— Eu tenho uma proposta para você — ele continua, parece meio


receoso em dizer isso — Eu pago cem mil dólares se aceitar.


— Jesus Cristo! — minha vizinha brada, abrindo a porta completamente


— Aceita garota.


— Foda-se, Christopher!


Eu bato a porta com tanta força que acho que o prédio inteiro tremeu.


Como ele podia ser tão idiota e cretino. Cem mil dólares? Cem mil dólares


para que eu fosse sua bonequinha de luxo, até que estivesse cansado e


procurasse por outra novidade. Puta merda, mesmo assim é muito


dinheiro.


Ignorando as batidas na porta eu ligo o MP3 do meu celular e deixo o


som no último volume. Ele que grite e esperneie o quanto quiser. A vizinha


fofoqueira já tinha escutado tudo mesmo.


Vou para o minúsculo banheiro, com a esperança que um banho frio tire


toda a tensão de meu corpo. Acho bom que funcione, porque eu odeio


banho frio. Não importa se estamos em um calor de quarenta graus, só de


pensar na água fria pelo meu corpo, eu fujo como gato escaldado.


Após dez minutos, com raiva redobrada e morrendo de frio, enrolo-me


em uma toalha felpuda. Quem disse que banho frio acalmam os ânimos


deve ser um idiota. Se tivesse a pessoa que inventou isso na minha frente,


eu a mataria com as minhas próprias mãos. Tudo o que consegui foi ficar


ainda mais chateada e, com um risco de pegar uma pneumonia.


Saio tremendo de frio, as batidas na porta haviam cessado. Sinto-me


aliviada e com sentimento de vazio duelando dentro de mim. Maldita hora


em que aquele homem havia cruzado meu caminho e ter bagunçado minha


vida dessa maneira.


Olho ao redor da casa e dou graças a Deus por ter feito uma grande


faxina no domingo. Não gostaria que além de prostituta, ele me achasse


porca.


Vou para o quarto e vasculho o guarda roupa atrás de algo confortável e


quentinho para vestir. Escolho uma calça skinny preta, blusa listrada,


branca e preta e um suéter de tricô cinza. Calço sapatilhas confortáveis e


saio em direção à casa de minha melhor amiga. Preciso falar com alguém ou


sinto que posso enlouquecer a qualquer minuto. Que Deus me ajude e ele já


tenha ido embora.


Para minha sorte, Christopher e a fofoqueira da vizinha não estão mais no corredor. Pego a chave reserva em meu chaveiro e entro no apartamento


da Maite.


Ela não está em casa, acho aquilo esquisito, mas imagino que deve ter


ido ao mercado ou algo parecido. Pensar em mercado me lembra de que


ainda não comi. Vasculho a geladeira sem nenhum sentimento de culpa. Até


porque, tenho total liberdade para isso. Sou péssima cozinheira, uma coisa


contraditória para uma garota que trabalhou quatro anos em uma


lanchonete. No entanto, cozinhar simplesmente não é meu forte, então ao


invés de fazer compras para mim eu deixo a cozinha de Mai sempre


abastecida.


Eu não faço dela minha cozinheira particular, aos fins de semana mesmo


sobre seus protestos, saímos para comer fora ou pedimos comida pronta.


Faço um prato com carne assada e batatas. Coloco no microondas,


enquanto tento me decidir se como ali mesmo ou vou para minha casa


devorar a comida em frente à TV. Mai não tem uma ali e não vê


necessidade disso. Como não quero ficar sozinha pensando em coisas que


não devo, decido ir para casa.


O microondas apita, viro-me para pegar o prato quando a porta da frente


abre e Mai aparece em seguida. Carrega algo embrulhado em um plástico


com, símbolo de uma lavanderia da região.


— Dulce?


— Aqui na cozinha — respondo, para indicar minha posição — Onde


esteve?


— Fui buscar o casaco do Neil na lavanderia — Mai tranca a porta e


coloca o embrulho em cima de uma cadeira — Você poderia entregar para


mim?


Penso que ela está sendo tola em fazer isso. Eu gostaria de ter algo de


Christopher para me manter aquecida. Algo com cheiro dele, que iria me


aquecer todas as noites e...


Pare Dulce! Quando foi que eu havia começado a romantizar tudo


aquilo? Eu preciso manter esse homem afastado da minha vida a qualquer


custo, antes que eu comece a sonhar com grinaldas e sinos de igreja. Isso


seria completamente absurdo. Nós somos diferentes como água e vinho. E a


história da gata borralheira que conquista o príncipe, só acontece nos


contos de fada. Eu nunca fui do tipo que gosta de contos infantis.


— Farei isso amanhã de manhã — respondo, olhando para minha


comida, ainda intacta sobre a mesa. Perdi o apetite completamente. Isso


sempre acontece quando me lembro dele e seus olhos castanhos — Christopher


esteve aqui.— Jura? — Mai arregala os olhos — Quando?


— Há uns quarenta minutos. Você acredita que ele quer me pagar cem


mil dólares para dormir com ele? — murmuro, desanimada — Em pensar


que eu fiz isso de graça.


Nem mesmo para meus ouvidos, a brincadeira pareceu surtir o efeito


desejado. Mai me olha com aquele olhar que eu sempre odiei nas pessoas.


Piedade.


— Você esclareceu as coisas não é?


— Não — murmuro, com a voz embargada — O que ele pensa não me


importa. Esqueça isso.


— Se você diz — Mai balança os ombros.


Pensativa, sento-me na cadeira e fixo o olhar no prato. Que diferença


fará se ele souber ou não a verdade. Nada mudaria entre nós, não há


dúvidas quanto a isso.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Vanuza Ribeiro

Este autor(a) escreve mais 6 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

No dia seguinte, antes de levar os cachorros para passear vejo-me em frente a imponente Durant &Tecnologia. Um prédio negro espelhado, o maior que já vi. Passo sem grandes problemas pelo segurança na portaria, mas quando sigo em direção aos elevadores, uma jovem loira, alta e bem vestida, com as cores da empresa se interpõe e ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • stellabarcelos Postado em 29/01/2016 - 00:34:45

    Essa história é muito muito linda e divertida! Amei demais

  • juhcunha Postado em 05/03/2015 - 00:22:53

    Ai meu deus que coisa mais linda chorei pra caranba como sempre

  • juhcunha Postado em 06/02/2015 - 01:27:11

    ohhhhh meu deuus que lindo chorando aqui so que de felicidade e muito triste porque ta no final

  • juhcunha Postado em 26/01/2015 - 02:22:44

    Que bom que ainda nao acabou! eu chorei com esse capitulo ta mae dela! nao quero que a web acabe eu gosto tanto! vai te um bebezinho!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:28:49

    essa despidida de soteiro foi muito boa se todas fosse assim seria muito foda !

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:27:44

    meu deus acabando eu amo essa web! Querida sua web e fantastica! por a mae do ucker foi uma cachora odeio ele espero sinceramente que se arrependa po fazer aquilo com a dul e principalmente com ucker!

  • juhcunha Postado em 18/01/2015 - 02:48:51

    Alexandra vaca egoista! a dul nao pode aceita sem fala com o ucker

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:07:22

    Continua ainda quero que eles tenha um bb!

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:06:36

    Filnalmente juntos e felizes!

  • juhcunha Postado em 15/01/2015 - 20:56:47

    Briga! porque ela nao pedoa logo ele!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais