Fanfic: Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy | Tema: Vondy
**** Batidas insistentes na porta me despertam de meu sono tranquilo. Coloco travesseiros em meus ouvidos, querendo abafar o som. — Dulce! Agora há vozes misturadas as pancadas na porta. Sento-me na cama desanimada. Quem quer que seja, não tem a menor pretensão de ir embora. — Dulce você está ai? — pergunta Mai, com a voz preocupada. Olho para o outro lado da cama e encontro-a vazia e respiro aliviada. Havia sido apenas um sonho. Um sonho esquisito que havia durado a noite toda e que me pareceu incrivelmente real. Mas se foi um sonho por que estou totalmente nua em baixo das cobertas? Com certeza foi a minha incrível mania de tirar a roupa enquanto durmo. Essa explicação me soa satisfatória. Meu alívio, entretanto, dura pouco ao ver aos pés da cama uma caixa ao lado de um bilhete dobrado e o vestido vermelho jogado no chão ao lado dos sapatos que havia usado na noite anterior. Bom dia querida, Gostaria de ter ficado para o café, mas tive que resolver algo urgente. A noite foi maravilhosa e inesquecível. Sei que não quer complicações em sua vida, assim como eu. Então tentei consertar isso da melhor forma possível, as instruções estão na caixa. Conversamos a noite. Christopher. Instruções? Caixa? Oh meu Deus, as coisas estão piores do que imaginei. — Dulce! — diz Paul, do outro lado da porta — Se não abrir eu juro que arrombo essa porta.Escondo a embalagem embaixo das cobertas, corro até o guarda roupa, coloco uma camiseta longa e visto shorts de dormir. Minha cabeça está zunindo e a gritaria dos dois está me dando náuseas. Escancaro a porta e me deparo com Paul, me encarando, furioso. Ainda está usando a mesma roupa de ontem, os cabelos bagunçados e com uma expressão cansada. — Eu juro que eu vou matar você! — grita ele ao entrar no apartamento. — Dulce você está bem? — Mai me olha aliviada . — Claro que sim — pego sua mão e puxo-a para dentro do apartamento — Aconteceu a terceira guerra mundial? — Não! — rebate Paul — Mas eu estou pronto para iniciar uma. Onde esteve esse tempo todo. Aqui? Ele olha em volta e espia meu quarto através da porta entreaberta, sem disfarçar a curiosidade. — Não há ninguém ali — falo com raiva e apesar do desapontamento, sinto-me agradecida por Christopher ter ido embora. Isso seria muito constrangedor. — Sabe como fiquei preocupado com você? — pergunta ele, magoado — Procurei-a por todos os lados. Até fui ao Seduction ver se a encontrava. — Desculpe — respondo, envergonhada — Mas eu estava bêbada e fora de mim. Pensei que cuidaria de mim Paul? Dessa vez ele fica vermelho e com vergonha. — Só saí por alguns minutos — diz ele, sentando-se no sofá — Juarez pediu para falar comigo e... — Você saiu como um cachorrinho! Juarez é um ex-namorado dele, que eu e Mai, odiamos. Além de ser um aproveitador, havia causado muito sofrimento a Paul. A relação deles é complicada e destrutiva. — Você me deixou sozinha a mercê de qualquer maluco — acuso-o, magoada. — Sinto muito — desculpa-se, novamente — Fiquei maluco quando voltei e não a encontrei, procurei você por todos os lados. Suas coisas estão comigo e fiquei em pânico. Eu juro Dulce, saí apenas por quinze minutos... — Tempo suficiente para uma tragédia, não acha? — sento-me ao lado dele — Mas eu sou a última pessoa que pode julgá-lo. Acho que todos nós erramos. — Como chegou até aqui? — pergunta Mai, ainda apreensiva. Eu poderia mentir e dizer que vim andando, já que a casa noturna não é muito longe do meu prédio, mas não quero mentir para eles. São as duas pessoas que mais confio no mundo. — Christopher me trouxe — murmuro. — Ah... — ela sussurra. — Christopher? — pergunta Paul — Quem é Christopher? — É uma longa história, Paul — sento-me sobre os joelhos e o encaro. — Ótimo — ele sorri para mim — Estou cheio de adrenalina ainda. Talvez uma boa história me acalme. Eu conto a ele tudo o que havia acontecido desde o meu primeiro encontro com Christopher, até a noite anterior. Claro que havia pulado a parte sobre o sexo. Ainda não estou pronta para falar sobre isso. De alguma maneira, a noite de ontem, havia sido diferente de tudo o que já havíamos vivido e, eu confesso que estou em pânico. Meus sentimentos estão uma verdadeira bagunça e já não tenho certeza de mais nada. — Jesus! — diz ele, esfregando as mãos animadamente — Que novela mexicana. Vocês duas hem... Saio por algumas semanas e acontece de tudo. — O que é isso? — toco o rosto dele, disposta a mudar de assunto. Há um corte no supercílio direito e a região está avermelhada — andou brigando no clube? Juarez... — Não. Foi um viciado que vi ontem quando cheguei e esbarrei hoje de manhã, quando voltava. O idiota me nocauteou, por isso não vim antes. Sinto meu corpo tremer ao imaginar a cena. Esse lugar está cada vez mais perigoso. Se Paul que é homem e professor de defesa pessoal havia sido agredido, o que não aconteceria a Mai e a mim? — Isso é terrível — murmuro, acariciando seu rosto. — O cara apenas me pegou de surpresa — diz ele, beijando minha mão — O apartamento em cima da academia ficará pronto em alguns meses. Sabem que podem ficar lá, não é? — Eu agradeço, mas não terá espaço para nós três. — Dulce tem razão Paul —murmura Mai, agradecida — E não queremos tirar sua privacidade. Além disso, tenho um emprego novo. Logo poderemos sair daqui. Conversamos por mais alguns minutos. Assim que eles dois vão embora eu sigo para o chuveiro. Tomo um banho frio na tentativa de que vá colocar meus pensamentos em ordem. Tudo o que havia acontecido na noite anterior vem a minha mente como uma avalanche. Onde está a amnésia alcoólica que todos dizem sentir no dia seguinte? Eu me lembro de tudo, nos mínimos detalhes e me pergunto se estava realmente bêbada ou embriagada de amor.Eu já não consigo me enganar ou mentir para mim mesma. Estou perdidamente apaixonada por ele. Passei os dois últimos anos fugindo do amor e de todas as complicações românticas para cair de amores por um homem fora de meu alcance. O que será de mim quando ele decidir parar de brincar de vingança? Christopher está disposto a dar uma lição a sua família e a única a aprender ali sou eu. Não se brinca com sentimentos e eu sairei ferida. Desligo o chuveiro e saio do minúsculo banheiro. A enxaqueca diminuiu um pouco, mas não sumiu completamente e como toda pessoa que havia extrapolado, eu juro a mim mesma que não voltarei a colocar nunca mais uma única gota de álcool na minha boca pelos últimos dez anos. Volto para o quarto disposta a hibernar ali por toda minha vida. Assim que me deito na cama, a caixa de remédio volta a chamar minha atenção. Leio as instruções da bula com certa impaciência. Setenta e duas horas. Eu tenho setenta e duas horas que podem mudar toda a minha vida. O que eu devo fazer?
Autor(a): Vanuza Ribeiro
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 32
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stellabarcelos Postado em 29/01/2016 - 00:34:45
Essa história é muito muito linda e divertida! Amei demais
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juhcunha Postado em 05/03/2015 - 00:22:53
Ai meu deus que coisa mais linda chorei pra caranba como sempre
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juhcunha Postado em 06/02/2015 - 01:27:11
ohhhhh meu deuus que lindo chorando aqui so que de felicidade e muito triste porque ta no final
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juhcunha Postado em 26/01/2015 - 02:22:44
Que bom que ainda nao acabou! eu chorei com esse capitulo ta mae dela! nao quero que a web acabe eu gosto tanto! vai te um bebezinho!
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:28:49
essa despidida de soteiro foi muito boa se todas fosse assim seria muito foda !
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:27:44
meu deus acabando eu amo essa web! Querida sua web e fantastica! por a mae do ucker foi uma cachora odeio ele espero sinceramente que se arrependa po fazer aquilo com a dul e principalmente com ucker!
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juhcunha Postado em 18/01/2015 - 02:48:51
Alexandra vaca egoista! a dul nao pode aceita sem fala com o ucker
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juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:07:22
Continua ainda quero que eles tenha um bb!
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juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:06:36
Filnalmente juntos e felizes!
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juhcunha Postado em 15/01/2015 - 20:56:47
Briga! porque ela nao pedoa logo ele!