Fanfics Brasil - cap 48 Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy

Fanfic: Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy | Tema: Vondy


Capítulo: cap 48

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Eu preciso dela e sei que de alguma forma, mesmo que inconscientemente ela precisa de mim. Pela primeira vez na vida, entendo as decisões de meu pai. Por que se ele sentia pela amante um terço do que sinto por Dulce, começo a compreender todos os seus erros. Uma coisa é saber o que é certo, outra é conseguir fugir do pecado. E com essa mulher estou fadado ao inferno. Por esse motivo havia fugido, da mesma forma que ela havia feito comigo. Não sem antes deixar a pílula em sua cama. Essa é uma complicação desnecessária. Minha vontade ao voltar da farmácia e encontrá-la ainda dormindo, nua, apetitosa e inocente em sua cama foi de tirar minhas roupas e voltar para dentro dela. Em vez disso, escrevi o bilhete e saí. Encontro com o canalha ao descer as escadas e não penso duas vezes antes de acertá-lo com meu punho. Não sei se estava bêbado demais ou meu golpe que foi muito certeiro, mas ele caiu como um saco de batatas no chão. Confirmo se ele respira normalmente e o deixo caído sem nenhum remorso. Afinal, o babaca a havia deixado bêbada e indefesa naquela boate. Nesse momento, em vez de ter estado comigo, Dulce poderia ter sido vítima de algum pervertido ou assassino. Mesmo que tenha sido desleal comigo, nenhuma mulher merece isso. Agora faço as minhas malas, indeciso se devo afastá-la de minha vida de uma vez por todas ou ver até onde isso irá chegar. Não posso ter uma relação de qualquer tipo com uma mulher a qual não confio. Por outro lado, não consigo se quer imaginar a possiblidade de não voltar a vê-la ou tocá-la novamente. Inferno! O que essa mulher havia feito comigo? Que tipo de feitiço havia me lançado? Verifico meus e-mails. Há um de minha secretária avisando o horário do voo e que o motorista estaria disponível à partir das sete e meia caso mude de ideia em usá-lo, o que eu aceito. Não tenho condições de dirigir ou mesmo vontade para isso. Há muitas questões povoando minha cabeça. Pelo menos essa viagem havia chegado à hora oportuna. Quem sabe um tempo longe dela me fizesse enxergar as coisas com clareza? Ao lado de Dulce eu perco a capacidade de raciocinar friamente. Todas as emoções são conflitantes. Às oito horas em ponto eu bato em seu apartamento. Estou mais nervoso do que já estive em toda a minha vida. De uma coisa eu tenho certeza, eu vou confrontá-la. Não vou partir com todas essas dúvidas girando em torno de mim.A porta é aberta e me deparo com a mulher que ocupou minha mente durante todo o dia. Meus olhos brilharam de desejo ao analisá-la de cima a baixo. Está com o mesmo vestido preto da noite em que a levei ao Saveur Suprême. O mesmo vestido sexy que me deixou louco de tesão. Noto que ela está perturbada com meu olhar insistente. — Desculpe — ela parece envergonhada — Meu estoque não é muito variado. — Está linda — dessa vez os cabelos estão soltos caindo em ondas sobre as costas. Eu gosto deles assim, selvagens. — Vamos? — diz ela, interrompendo meus pensamentos eróticos. — Sim — coloco a mãos em suas costas e conduzo-a até a saída. Minha mão formiga sobre sua pele aveludada. O motorista nos espera com a porta aberta o que considero imprudente devido à periculosidade do lugar. O clima é tenso. De um lado eu quero pegá-la em meus braços e lançar todas as dúvidas e desconfiança para o espaço. Por outro, eu tenho receio de que esteja me enganando novamente. Talvez eu seja mais parecido com meu pai do que imaginei. Fadado a mulheres erradas e relacionamentos fracassados. Ela está tensa também. Vejo pelos ombros rijos e os punhos fechados sobre o colo. O olhar fixo na rua através da janela, enquanto morde os lábios de um jeito que sempre me deixa louco. Chegamos ao restaurante italiano e o garçom nos leva até uma mesa discreta que minha secretária havia reservado. Diferente do Suprême esse é mais intimista. Nem sei por que havia escolhido ir até ali, mas reconheço que precisamos de privacidade essa noite. Uma música suave ao piano toca ao fundo deixando o clima mais romântico. Um garçom nos traz o menu e concentro-me na carta de vinhos mais tempo do que deveria. Na verdade, não sei o que ou sobre o que falar com ela. — Não posso continuar com isso — murmura Dulce, levanto o olhar para ela — Não vai dar certo. — O quê? — Você quebrou as regras, não podemos continuar com isso. Coloco a carta de vinhos em cima da mesa e a encaro como um jogador estudando a próxima jogada. — Eu quebrei as regras? E quanto ao seu namoradinho?— Do que está falando? — ela parece confusa. Só parece. — Vamos jogar as cartas sobre a mesa Dulce — digo, com acidez. — Eu a vi com ele ontem. — Está falando do Paul? — ela me encara como se agora compreendesse tudo. — Quero que termine com ele! — exijo. Olha-me com falsa inocência de novo, ela é boa. — Paul é meu amigo — murmura ela, confusa — Além disso, ele é gay. — Amigo? — pergunto, surpreso com a declaração — Gay? Se bem que, a parte sobre ele ser gay faz sentido. — Sim — rebate ela — Há quase dois anos. Desde que cheguei a essa maldita cidade. De onde tirou a ideia absurda que tenho algo com ele? — Fale baixo — digo, calmamente. Dulce olha ao redor e seu rosto fica levemente rosado. Eu me divirto com isso. Há poucas coisas que a deixam desconcertada. — Desculpe. — Então, ele é seu amigo gay? — mexo com a ponta do guardanapo sem ter coragem de olhar para ela. Idiota. — Pareciam bem íntimos. — E somos — replica ela — Paul é como um irmão para mim. Um irmão que nunca tive. Não sei o que seria de mim se não tivesse encontrado ele e Mai. Pelo visto eu havia sido um verdadeiro babaca. Não era só parecido com meu pai. Sou igual a Alfonso e minha mãe, eu a havia julgado injustamente, de novo. — Como me encontrou lá? Droga! Eu não posso falar a verdade, vai achar que sou um maluco, pior que isso, um maníaco perseguidor. — É um clube, Dulce. Assim como você, eu saí para me distrair. Só que ao contrário da senhorita, eu não fiquei me esfregando em outras pessoas, exibindo-me para casa toda assistir. Isso mesmo! Parabenizo-me. Estou pronto para estragar tudo novamente, com essa crise de ciúmes. — Eu estava dançando salsa. Christopher — diz ela, furiosa — E está agindo como um namorado traído. E são apenas negócios não são? Filha da mãe! Olhe dentro dos meus olhos Dulce Maria e, me diga se são apenas negócios, realmente? — E não é porque Natalia traiu você que todas as pessoas farão o mesmo. Não quer dizer que eu faria! — Não pensaria assim, se conhecesse o histórico de meu pai — confesso,num tom azedo — O histórico de pessoas que mentem para mim, que me enganam, vem muito antes dela. Essas lembranças me deixam amargo. — Tenho dois irmãos ilegítimos — murmuro — Dois irmãos que me odeiam. — Oh — a boca dela abre, em um círculo perfeito. — Descobri isso aos 16 anos — falo sem emoção — Um dia segui meu pai em uma de suas supostas viagens de trabalho e descobri sua segunda família perfeita. Pareciam felizes. Ele parecia feliz com eles, diferente. — Sinto muito. — Quando voltei eu o confrontei. Para minha surpresa, minha mãe e irmão já sabiam sobre isso. Eu era o único idiota às escuras. — Christopher... — Nesse dia meu pai e eu tivemos uma grande briga — as lembranças queimam em minha garganta — Ele bebeu demais e saiu dirigindo... Você pode imaginar o resultado disso. — Não pode se culpar por isso... — Ah... — respiro fundo — Eu não me culpo, mas minha mãe e a segunda família de meu pai sim. Minha mãe porque causei a morte do único homem que achou que amou na vida e meus irmãos por ter tirado o pai deles. Para eles minha mãe é uma megera, Alfonso e eu dois meninos ricos, mimados e que haviam destruído suas vidas. Não sei por que estou falando sobre isso com ela. Embora Natalia saiba desse lado podre de minha família é algo que nunca discutimos. É algo vergonhoso, escandaloso e que deveria ser apagado. — Não sei que mentira meu pai contou a eles durante todos os anos — murmuro — Mas não foram coisas boas. Minha mãe não permitiu que eles fossem ao funeral de papai, então acho que a opinião deles não mudou muito. Dulce me encara compadecida. Piedade é a última coisa que eu quero ver em seu rosto. — Aceitei Natalia como noiva porque era fria, educada e as aparências eram importante demais para que fizesse algo escandaloso, como me trair — continuo ácido. — Estava enganado novamente, não é? — Não temos culpa pelos atos das outras pessoas, Christopher — diz ela, segurando minha mão, sobre a mesa — Minha mãe me largou em um orfanato quando eu tinha sete anos... — Não precisa contar se isso ainda a machuca — aperto seus dedos em sinal de conforto.— Não quero mesmo falar desse assunto — sussurra ela, puxando a mão — Todos nós temos decepções não é mesmo? — Eu tenho que viajar por alguns dias — retiro um envelope do paletó e entrego a ela. Indico a folha de cheque em sua mão — Seu pagamento. — Eu não acho... — Dulce olha para folha de cheque como se fosse algo contagioso. — Aceite Dulce — encaro-a com firmeza — Você fez sua parte. — Me diz sobre o fato de ter feito um escândalo na casa de Alfonso ou por ter ido para cama com você? — Não transforme o que tivemos em algo sujo! — falo, exaltado — Sabe que não é assim. — Eu não sei de mais nada — sussurra ela, colocando a folha sobre a mesa — O que é isso? Dulce tira as chaves do envelope e balança a minha frente. — Aluguei esse apartamento há dois dias... — Já entendi tudo! — ela se levanta exaltada — Pedi tantas vezes que não me tratasse como uma prostituta e foi à primeira coisa que fez. — Dulce! Pego o cheque em cima da mesa e alcanço-a no corredor, seguro seu braço impedindo-a de continuar andando. — Vá para o inferno! Eu sei o que pode acalmá-la então eu o faço. Noite de ano novo. É exatamente assim que me sinto ao sentir os lábios dela contra os meus. Eletricidade e fogos de artifício por todos os lados. Eu tenho que me conter. Estamos em um lugar público e se não estou enganado vi uma das colunistas de fofoca sentada em uma das mesas próxima a nós. — Não faça nada que se arrependa — sussurro, em seu ouvido — Conversamos no carro. 



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Autor(a): Vanuza Ribeiro

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Não sei se foi o tom ameaçador da minha voz, as circunstâncias que falam por si mesmo ou se foi o meu beijo que a paralisou. Ela me segue para fora com uma calma que sei que está longe de sentir. — Não é o que pensa Dulce... — eu digo, assim que entramos. — Não é? — diz ela, com olhos marejados &m ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • stellabarcelos Postado em 29/01/2016 - 00:34:45

    Essa história é muito muito linda e divertida! Amei demais

  • juhcunha Postado em 05/03/2015 - 00:22:53

    Ai meu deus que coisa mais linda chorei pra caranba como sempre

  • juhcunha Postado em 06/02/2015 - 01:27:11

    ohhhhh meu deuus que lindo chorando aqui so que de felicidade e muito triste porque ta no final

  • juhcunha Postado em 26/01/2015 - 02:22:44

    Que bom que ainda nao acabou! eu chorei com esse capitulo ta mae dela! nao quero que a web acabe eu gosto tanto! vai te um bebezinho!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:28:49

    essa despidida de soteiro foi muito boa se todas fosse assim seria muito foda !

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:27:44

    meu deus acabando eu amo essa web! Querida sua web e fantastica! por a mae do ucker foi uma cachora odeio ele espero sinceramente que se arrependa po fazer aquilo com a dul e principalmente com ucker!

  • juhcunha Postado em 18/01/2015 - 02:48:51

    Alexandra vaca egoista! a dul nao pode aceita sem fala com o ucker

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:07:22

    Continua ainda quero que eles tenha um bb!

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:06:36

    Filnalmente juntos e felizes!

  • juhcunha Postado em 15/01/2015 - 20:56:47

    Briga! porque ela nao pedoa logo ele!


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