Fanfics Brasil - Cap 5 Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy

Fanfic: Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Cap 5

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Sinto-me um pouco mais aliviada, ao olhar ao redor, pelo menos ali não


há tanta bagunça. A quem estou querendo enganar? A maioria das coisas


estão guardadas, na verdade, amontoadas no pequeno armário, ao lado do


banheiro. Definitivamente, preciso dar um jeito nisso.


Sigo para pequena cozinha adjacente à sala, o único lugar


imaculadamente limpo e organizado. Não que eu seja desleixada, mas


venho trabalhando muito e estou cada dia mais cansada. Maite e eu


pretendemos mudar de apartamento e estamos guardando o máximo que


pudermos. Aceito todos os bicos que vem pela frente, apenas para fazer


mais dinheiro e sair daqui.


O prédio não é muito seguro. Não há porteiro e a porta de segurança


vive quebrada. Eu não ligo muito sobre isso, sei cuidar de mim, afinal,


depois de um ano trabalhando em clube, aprendi muito bem a me defender,


mas minha grande preocupação é com a Maite. Ela  já havia


passado uns bons bocados nesse prédio. Se não fosse Paul, antes de mim,


cuidando dela, nem sei as coisas horríveis que poderiam ter acontecer.


Além disso, tem o irmão maluco que não a deixa em paz, sempre lhe


pedindo dinheiro para seus vícios. E esse, é um dos principais motivos para


sairmos daqui.


Abro a geladeira e fico desapontada com o que vejo. Uma caixa de leite,


um pedaço de queijo e meia garrafa de água.


— Acho que está na hora de ver como minha amiga está — sorrio


internamente das minhas segundas intenções.


Somos amigas há quase dois anos. Conheci Mai logo que cheguei aqui,


com os poucos centavos que haviam no bolso. Depois de descobrir tudo o


que John e Mary Ane haviam feito comigo, procurei Harry em Dakota do


Norte, mas, para o meu desespero, ele e a família estavam viajando para


resolver um problema familiar do marido da filha dele. Sem rumo, andei de


um lugar a outro até parar em Nova Iorque.


Nosso primeiro encontro foi meio conturbado. Mai estava brigando


com Derrick no corredor, e descobri horas depois, que ele foi um caso


passageiro e fracassado. Ele queria entrar e ela não queria permitir.


Cansada das pessoas que se aproveitavam da fragilidade alheia, coloquei-o


para correr e conquistei um novo inimigo.


Afasto essas lembranças amargas e vou para seu apartamento. Uso a


cópia da chave que ela me deu e entro sem receio ou vergonha na cara.


Ambas não temos namorados, portanto, não corro o risco de um


constrangimento, como pegar um homem apenas de cueca pela casa. Nós duas queremos os homens bem longe.


— Já está acordada? — me surpreendo vendo-a ocupada com a limpeza.


— Dul, já são mais de dez horas — Mai sorri.


— Sou uma garota da noite, esqueceu? Então é como se fossem cinco da


manhã. Tem alguma coisa para comer?


— Não vou contrariar seus argumentos, eu sempre perco — ela ri —


Tem suco na geladeira, pão e frios.


Olho em volta do apartamento dela. Nossa, é tudo tão limpo e


organizado que sinto vergonha.


— Você é cega e sua casa é impecável — abro a geladeira e pego alguns


ingredientes para um sanduíche — Seu quarto é tão organizado.


—Dulce, não gosto de sair


tropeçando nas coisas. E você me ajuda comprar algumas roupas?


— Em troca de comida — respondo, enquanto começo a preparar o café


da manhã.


Conversamos sobre as coisas bizarras no clube e os sonhos que temos na


vida. Maite quer estudar música e eu ainda acalento o sonho de ser


arquiteta.


O resto da manhã passou rapidamente, ajudo-a a terminar de arrumar as


coisas, apesar dos seus protestos. É incrível como nossa amizade se


fortalece a cada dia. Podemos confiar uma na outra, embora nosso passado


nos tenha ensinado que o melhor era não fazer isso. Somos como duas


almas gêmeas, mesmo que muito diferentes; Maite toda certinha, doce e


educada. Eu, desorganizada, temperamental e sem papas na língua.


Meu telefone toca, o número é desconhecido, só poderia ser uma pessoa.


— Willian?


Vejo Mai  se contorcer no canto do sofá. A última discussão entre eles


não havia sido muito amigável.


— Quero falar com a Mai — murmura ele, do outro lado da linha.


— A pergunta é, se ela quer falar com você?


— Dulce, eu juro que é importante.


Eu percebo pelo seu tom de voz, que parece angustiado. Provavelmente


está atrás de dinheiro. Como podia ser tão cara de pau e desumano com


ela? Abusar de uma irmã como Mai é imperdoável.


— Deixa — ainda estou em dúvida se entrego o celular ou não. Quando a


vejo esticar as mãos — O problema é meu. Eu resolvo.


— Não precisa se não quiser.


Entrego o telefone ao notar a determinação em seu rosto.


— O que quer? — ouço-a dizer — Não, eu não vou. Não insista...Levanto-me e vou até a cozinha. Dou um pouco da privacidade de que


ela precisa, mas fico por perto caso necessite de ajuda.


— Tudo bem? — pergunto quando ela se une a mim.


— Preciso encontrá-lo daqui duas horas.


— Acho que não deveria, Mai.


— Ele me disse que era importante — murmura.


— Ainda acho que não deve — insisto, apreensiva — Eu vou com você.


— Não! Você não vai — me diz, determinada — Você tem trabalho hoje.


Tem que descansar. Eu marquei em um lugar público perto daqui. Não se


preocupe.


Eu sei que quando ela coloca uma coisa na cabeça, não há nada quem a


faça mudar de ideia. Desejo que nós duas não cheguemos a lamentar isso.


Não me soa bem.


— Está bem. Tenha cuidado.


— Willian é meu irmão Dulce, o que poderia fazer contra mim?


Eu não respondo. Em seu estado normal acho que ele não faria nada,


mas são raras às vezes em que está em seu estado normal.


Conversamos pela hora seguinte. Vejo-a se arrumar e meu coração


aperta no peito.


— Mai não vá! Eu sinto que não deve ir.


— Agora você é vidente? — ela brinca, mas isso não me tranquiliza.


— Por favor, não vá — murmuro — Deixei-me ir com você.


— Dul, nada vai acontecer. Willian deve estar atrás de dinheiro — hoje


vou falar claramente que isso não é mais possível. Veja, estou levando meu


spray de pimenta.


Ela tira um frasco da gaveta e coloca na bolsa.


— Está se preocupando à toa.


— Se algo acontecer a você, eu nunca vou poder me perdoar. É uma


droga Paul não estar aqui.


— Não se preocupe. Tranque a porta quando sair.


Maite pega a bolsa e saí apressada. Tenho um pressentimento ruim.


Devia ter insistido em ir com ela, ou melhor, devia ter ido escondido para


observar de longe. É exatamente isso que vou fazer. E que se dane o clube, e


que se dane se for despedida como Ed disse que faria caso houvesse outra


queixa sobre mim. Há muitos clubes pela cidade.


Há quem estou querendo enganar. Esse é um dos poucos clubes com


relativa segurança. Embora os clientes sejam pessoas de todos os tipos que


possa imaginar, não me obrigam a me prostituir e nem ficar totalmente nua


como alguns que tem por ai. O Seduction é um clube um pouco mais exclusivo, com shows de música, strip-tease e apresentações no pole dance.


Os gastos com bebidas também são relativamente alto, por isso não é


qualquer pessoa a frequentá-lo.


Bloqueio esses pensamentos e saio com pressa, se for rápida, ainda


consigo encontrar com Mai na portaria, depois eu vejo como remediar as


coisas.


— Está fugindo de quem? — um homem moreno e alto bloqueia meu


caminho no corredor.


A última coisa que preciso, é lidar com um idiota como Derrick.


— Saí da minha frente! — empurro-o sem conseguir movê-lo do lugar,


um centímetro sequer.


— Ainda a mesma mal educada de sempre — ele revida, provocando me.


— Vai pastar, seu asno! — dou a volto por ele e corro para as escadas.


A rua está bem movimentada. Olho em todas as direções para ver se a


encontro e gemo com frustração. Deveria ter anotado o endereço. Agora


não faço a mínima ideia para aonde ela teria ido.


Volto para meu apartamento não há nada que possa fazer agora e como


sei que não vou conseguir ficar parada esperando, começo a organizar meu


quarto.


 



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Autor(a): Vanuza Ribeiro

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Prévia do próximo capítulo

  Por volta das seis, tomo banho e arrumo minha mochila. Mai ainda não voltou e continuo preocupada. Saio de casa e vou para o ponto de ônibus próximo ao nosso prédio. Ainda terei que pegar outro ônibus para chegar ao meu destino. Uma hora depois chego ao clube, algumas garotas estão se arrumando, enquanto outras ensaiam seus ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • stellabarcelos Postado em 29/01/2016 - 00:34:45

    Essa história é muito muito linda e divertida! Amei demais

  • juhcunha Postado em 05/03/2015 - 00:22:53

    Ai meu deus que coisa mais linda chorei pra caranba como sempre

  • juhcunha Postado em 06/02/2015 - 01:27:11

    ohhhhh meu deuus que lindo chorando aqui so que de felicidade e muito triste porque ta no final

  • juhcunha Postado em 26/01/2015 - 02:22:44

    Que bom que ainda nao acabou! eu chorei com esse capitulo ta mae dela! nao quero que a web acabe eu gosto tanto! vai te um bebezinho!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:28:49

    essa despidida de soteiro foi muito boa se todas fosse assim seria muito foda !

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:27:44

    meu deus acabando eu amo essa web! Querida sua web e fantastica! por a mae do ucker foi uma cachora odeio ele espero sinceramente que se arrependa po fazer aquilo com a dul e principalmente com ucker!

  • juhcunha Postado em 18/01/2015 - 02:48:51

    Alexandra vaca egoista! a dul nao pode aceita sem fala com o ucker

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:07:22

    Continua ainda quero que eles tenha um bb!

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:06:36

    Filnalmente juntos e felizes!

  • juhcunha Postado em 15/01/2015 - 20:56:47

    Briga! porque ela nao pedoa logo ele!


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