Fanfics Brasil - 74 Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy

Fanfic: Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 74

918 visualizações Denunciar


 — Não papai! Não a machuque — grito para o homem que arrasta minha mamãe pelos cabelos — Solte-a. Tento pará-lo agarrando suas pernas, mas eu não tenho forças suficientes. Ele me encara feio e lança-me para longe. Em seguida, acerta o rosto de mamãe novamente, dessa vez com tanta força, que cai aos seus pés, inconsciente. Com olhar enfurecido ele vem em minha direção. Eu tenho muito medo, mamãe não pode me defender dele agora. — Você é tão atrevida como sua mãe — o homem berra, tirando o cinto — Vou ensinar as duas o que acontece quando tentam fugir de mim. Levanto-me assustada e corro. Mamãe sempre disse para eu correr,correr muito. — Vem aqui sua peste! — garras afiadas seguram-me pelos pulsos. Isso dói. — Por favor, papai — Eu não sei como ainda o chamo assim, talvez porque seja uma exigência dele ou porque não conhecia outra forma de me referir a ele. Mamãe sempre dizia bêbado ou desgraçado, eu só aprendi papai — Não me machuque. Vou ser boazinha. — Cala boca garota! Vou dar-lhe uma lição que jamais irá esquecer. — Não! Não! — Dulce! — ouço outra voz ao longe, suave, doce — Amor, acorde. Abro os olhos, estou confusa, com medo. Olho para Christopher, o rosto enrugado e coberto de preocupação. — Tudo bem? Apenas balanço a cabeça em concordância. Nenhum som e capaz de sair de minha garganta nesse momento. Há muito tempo que não tenho sonhos como esse. — Um sonho ruim? — ele me puxa para os seus braços. Enrosco-me a ele como uma criança faz com os pais em dias de chuva. Noto que a tempestade havia diminuído e há apenas o barulho da chuva batendo contra a janela fechada. — Lembranças — respondo com os olhos cheios de água. Pisco algumas vezes para contê-las, mas é inútil — Lembranças horríveis. — Se a machucam... — murmura ele, beijando meus cabelos — Eu não preciso ouvir. — Meu pai — começo a dizer. Eu quero contar a ele. Nunca falei sobre isso com ninguém, nem mesmo com Maite. Ela sabe que cresci em um orfanato e que há coisas em meu passado que me machucam, mas, eu nunca havia me aprofundado no assunto — Meu pai... ele... ele... Um soluço dolorido escapada de meu peito, impedindo que eu continue. Christopher segura meu rosto com as duas mãos, em uma espécie de concha. — Tudo bem — diz ele, angustiado — Estou aqui, ele não pode machucá- la. Em meio a tanto amor e gentileza, meus soluços transformam-se em um choro compulsivo. Como anteriormente, ele me nina e me acalma. Minutos depois, um pouco mais calma eu começo a narrar meu passado doloroso para ele. Sobre meu pai alcoólatra e violento. As agressões contra mim e minha mãe; as surras, xingamentos e humilhações, as pressões psicológicas e todas as coisas que um homem violento e covarde fazem. — A maioria das pessoas não lembram-se do que fizeram ou o que aconteceu aos cinco anos — murmuro amargurada — Acho que me lembro de toda a minha infância. Cada tapa, cada palavra. Christopher está rígido e aperta-me mais contra seu peito. — Íamos fugir aquele dia — sussurro, baixinho — Não sei como ele descobriu e ficou furioso. Bateu tanto em minha mãe, após deixá-la desacordada, desferiu sua fúria em mim. — Desgraçado! — diz ele, com ódio. — Depois de me bater, ele voltou a se afogar em suas garrafas — continuo, com a voz fraca — Mamãe acordou e meu viu chorando em um canto. Chovia muito aquela noite, raios e trovões por todos os lados. Aproveitamos que ele estava caído de tanto beber e fugimos. As lembranças são tão nítidas que pareço revivê-las, sinto as gotas de chuva sobre meu rosto enquanto corremos pelo quintal até o carro, o cheiro de terra molhada e a lama em meus pés descalços. — Mamãe colocou-me no carro e fugimos imediatamente. Fomos de um lugar a outro do país. Sempre nos escondendo e com medo que ele nos encontrasse como havia jurado. O dinheiro foi acabando... Minha voz falha, a dor que sempre carreguei na alma, esmaga-me com uma força surpreendente, como estivesse sido mantida dentro de mim e agora surge com uma força destruidora. — Ela me deixou lá, sozinha — sussurro, em meio a torrente de lágrimas —Disse que era por pouco tempo, que em breve viria me buscar. Isso não aconteceu. Ela foi embora sem olhar para trás. — Dulce — sussurra — Sinto muito. — Prometa que não vai embora — murmuro, desesperada. Eu sei que meu pedido parece patético, mas se Christopher me virar as costas como minha mãe fez, acho que morrerei — Que nunca fará como ela, não importa o que aconteça? — Eu prometo — ele seca as lágrimas que descem insistente por meu rosto. — Não importa o que aconteça? — insisto ansiosa. — Não importa o que aconteça — repete ele. Seus lábios tocam os meus de forma suave. Apesar de a intensão ser acalmar-me, a paixão entre nós sempre fala mais forte. Dessa vez é diferente, delicado, suave e muito bonito. A forma como ele me toca, beija e distribui carinhos por meu corpo, trazem novas lágrimas aos meus olhos. Sinto-me amada, como se eu fosse uma joia rara e preciosa. — Amo você — sussurra ele, em meu ouvido, o tempo todo. Quando nossas mãos se entrelaçam e ele funde-se a mim é magico.Tomando-me lentamente, mas de forma intensa. Sinto cada partícula de meu corpo explodir. — Ah! — soluço, baixinho. A cada investida suave e potente leva-me cada vez mais alto. Inclino a cabeça e entrego-me as sensações dele dentro de mim, tomando e levando todas as angustias para longe, só há lugar para o prazer que Christopher proporciona. Voo tão alto que imagino não ser capaz de voltar à Terra. Essa é a diferença entre foder e fazer amor. Eu amo quando fodemos de forma enlouquecida, mas fazer amor com ele é algo especial também. Hoje eu precisei de amor e foi o que ele me deu.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Vanuza Ribeiro

Este autor(a) escreve mais 6 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

 — Eu não sei cozinhar — murmuro, frustrada, contra o balcão da cozinha. — Qualquer pessoa pode aprender o básico — Christopher repreende-me. — Mas eu sou uma tragédia — resmungo, emburrada — Maite é a melhor cozinheira que conheço e ela já desistiu de me ensinar. Ele beija meu pe ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • stellabarcelos Postado em 29/01/2016 - 00:34:45

    Essa história é muito muito linda e divertida! Amei demais

  • juhcunha Postado em 05/03/2015 - 00:22:53

    Ai meu deus que coisa mais linda chorei pra caranba como sempre

  • juhcunha Postado em 06/02/2015 - 01:27:11

    ohhhhh meu deuus que lindo chorando aqui so que de felicidade e muito triste porque ta no final

  • juhcunha Postado em 26/01/2015 - 02:22:44

    Que bom que ainda nao acabou! eu chorei com esse capitulo ta mae dela! nao quero que a web acabe eu gosto tanto! vai te um bebezinho!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:28:49

    essa despidida de soteiro foi muito boa se todas fosse assim seria muito foda !

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:27:44

    meu deus acabando eu amo essa web! Querida sua web e fantastica! por a mae do ucker foi uma cachora odeio ele espero sinceramente que se arrependa po fazer aquilo com a dul e principalmente com ucker!

  • juhcunha Postado em 18/01/2015 - 02:48:51

    Alexandra vaca egoista! a dul nao pode aceita sem fala com o ucker

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:07:22

    Continua ainda quero que eles tenha um bb!

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:06:36

    Filnalmente juntos e felizes!

  • juhcunha Postado em 15/01/2015 - 20:56:47

    Briga! porque ela nao pedoa logo ele!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais