Fanfic: Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy | Tema: Vondy
Aguardo a resposta, com as unhas fincadas na palma das mãos, ao ponto de ferir minha pele. — É muito jovem ainda, e não há nada errado com você, além dessa ansiedade — ele me encara sério — Apenas relaxe e no momento oportuno isso irá acontecer. — Está bem — digo, aliviada. Não consigo evitar que um soluço escape de meus lábios. As lágrimas escorrem por rosto, em um choro silencioso. Quase uma hora depois, após uma longa conversa e uma receita médica com um contraceptivo, ele me deixa sozinha no quarto, perdida em meus pensamentos. — Dulce? — Maite aparece à porta, uma expressão cautelosa no rosto. — Estou aqui — Ah, Dulce — Maite me abraça forte — Não fique triste. Talvez tenha sido melhor assim. Melhor para quem? Perdi o homem que amo, porque acreditei nessa gravidez psicológica. Agora não tenho nem mesmo isso. Nada poderá preencher esse vazio em meu peito. — Eu o queria tanto — soluço em seus braços, aninhada contra mim mesma, tento lutar contra o horrível sentimento de desespero, meu corpo estremece, enquanto uma dor lancinante rasga meu peito. A dor de perder alguém que se ama é inimaginável, mas perder alguém que nunca se teve é devastador — Eu queria muito, os dois. Acha que estou ficando louca? — Não — ela suspira — Apenas deseja ardentemente uma família. Você já tem uma Dulce. Eu estou aqui. Queria que Christopher estivesse ao meu lado também, acalentando-me, dizendo-me que ficará tudo bem. Eu não tenho mais o Christopher e não tenho mais o bebê. Isso doí. **** Quando saímos do quarto, duas enfermeiras me lançam um olhar piedoso e isso só me faz sentir ainda mais miserável. Recolho a bolsa que havia sido deixado às pressas na recepção e alcançamos as ruas já em um grande movimento. Caminho porque meu cérebro envia os comandos para minhas pernas, respiro porque os pulmões trabalham por vontade própria, mas minha alma e pensamentos estão muito longe do meu corpo. Chegamos ao ponto de ônibus e nem sei como fui parar ali. Provavelmente Maite me conduziu até aqui. Sigo para o último banco do ônibus. Uma jovem com uma enorme bolsa senta-se ao meu lado exibindo um enorme e bonito ventre do que eu acho ser de sete ou oito meses. Ela sorri para mim e eu não correspondo, a sensação que tenho é de levar uma bofetada, e a dor cava cada vez mais fundo em meu peito. Por que quando perdemos algo que amamos muito, tudo em volta de nós faz-nos lembrar o quanto isso foi importante? Nunca teria notado casais apaixonados pelas ruas, mulheres grávidas ou mamães com seus bebês. Hoje, todos eles desfilam a minha frente, como se a vida quisesse esfregar o que perdi em meu rosto, de uma forma mórbida e cruel.. — Por que não se deita um pouco? — Maite sugere, assim que entramos no apartamento — Vou preparar um chá para você. Está com fome? — Não, obrigada — murmuro — Apenas o chá, por favor. Vou para o quarto, abro as janelas com a esperança de que luz e vida possam entrar através delas. Eu me reviro na cama, os raios de sol vindos da janela, não aquecem meu corpo. Não há onde eu possa olhar sem que minha vista fique turva e meu coração fique pesado. Como se um trem descarrilhado oprimisse meu peito. E meu coração grita com todas as forças por uma segunda chance, a qual eu não posso dar. — Trouxe o seu chá — Maite informa, alguns minutos depois. Tentei responder, mas minha voz falha. Ainda há essa bola presa em minha garganta. — Se precisar de algo eu estarei na sala — diz ela, coloca a bandeja na cômoda e sai em seguida. Uma hora depois, o telefone esquecido dentro da bolsa toca. O número na tela faz meus dedos tremerem. Jogo o telefone longe como se queimasse em minhas mãos. E quando as lembranças de tudo que vivemos nos últimos dias insistem vir à tona, afasto-as com determinação. O som continua insistente. O que ele quer comigo? Já não havia me magoado o suficiente? — Oh, Christopher — sussurro, num fio de voz — Por que traiu nosso amor assim? Ele disse-me que teria me dado o mundo, e eu entreguei-lhe meu coração, todo o meu mundo. E Christopher dispensou-me friamente, sem a mínima possibilidade de explicação, por um orgulho estúpido e incompreensível. Não contente com isso, fora consolar-se nos braços de outra, não qualquer mulher, mas a que mais desprezo. Tento afastar esses pensamentos deprimentes. Eu não posso continuar aqui remoendo-me para sempre.
Autor(a): Vanuza Ribeiro
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Recpmendo ler esse cap com RBD QUISIERA SER https://www.youtube.com/watch?v=XaAzi_3z2Qc Não sou uma pessoa fraca. Dói? Dói muito, mas vou recolher todos os cacos em volta de mim e continuarei lutando. Apesar de estar física e mentalmente cansada, sinto-me imbuída de uma nova e feroz determina& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 32
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stellabarcelos Postado em 29/01/2016 - 00:34:45
Essa história é muito muito linda e divertida! Amei demais
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juhcunha Postado em 05/03/2015 - 00:22:53
Ai meu deus que coisa mais linda chorei pra caranba como sempre
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juhcunha Postado em 06/02/2015 - 01:27:11
ohhhhh meu deuus que lindo chorando aqui so que de felicidade e muito triste porque ta no final
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juhcunha Postado em 26/01/2015 - 02:22:44
Que bom que ainda nao acabou! eu chorei com esse capitulo ta mae dela! nao quero que a web acabe eu gosto tanto! vai te um bebezinho!
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:28:49
essa despidida de soteiro foi muito boa se todas fosse assim seria muito foda !
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:27:44
meu deus acabando eu amo essa web! Querida sua web e fantastica! por a mae do ucker foi uma cachora odeio ele espero sinceramente que se arrependa po fazer aquilo com a dul e principalmente com ucker!
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juhcunha Postado em 18/01/2015 - 02:48:51
Alexandra vaca egoista! a dul nao pode aceita sem fala com o ucker
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juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:07:22
Continua ainda quero que eles tenha um bb!
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juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:06:36
Filnalmente juntos e felizes!
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juhcunha Postado em 15/01/2015 - 20:56:47
Briga! porque ela nao pedoa logo ele!