Fanfics Brasil - cap 81 Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy

Fanfic: Por você eu faço tudo (Adaptado) vondy | Tema: Vondy


Capítulo: cap 81

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**** Passei por Nova Jersey, fiz uma parada em um hotelzinho em Maryland,o estado da Virginia e finalmente após muitas horas de viagem, chego a Carolina do Norte. O motorista atencioso deixa-me perto de um hotel pequeno, mas ao mesmo tempo charmoso. Não se compara ao que eu havia ficado em Dubai, porém é aconchegante e barato. Não estou em uma situação que eu possa desperdiçar dinheiro, não até eu dar um rumo a minha vida. Um recepcionista ajuda com as malas e um senhor simpático me atende assim que entro no prédio de três andares. — Eu gostaria de um quarto, por favor — digo a ele, tentando exibir o meu melhor sorriso. — Por quantos dias, senhorita? — pergunta o senhor chamado Willian, ele possui uma voz suave e agradável. — Eu poderia deixar em aberto? — Claro senhorita — ele sorri, gentil — Preencha esse formulário e preciso que pague uma pequena taxa. — Tudo bem — Sorrio de volta. Após preencher o formulário com meus dados pessoais e bancários, sou conduzida até meu quarto. Como já é tarde e estou cansado, opto por banho de chuveiro mesmo, lavo os cabelos com shampoo que eu trouxe na mala e deixo a agua escorrer pela minha pele por alguns minutos. Sinto-me como se estivesse lavando minha alma. Em seguida, eu jogo-me na cama, apenas de robe e com uma toalha enrolada em meus cabelos úmidos. Seleciono as melhores músicas do celular e fecho os olhos por um momento. Acordo milagrosamente no dia seguinte. Gemo ao notar meus cabelos emaranhados quando retiro a toalha. Um ninho de rato, é exatamente como ele se parece. Penteio da melhor forma possível. Após escovar os dentes, afasto as cortinas das janelas e dou boas-vindas a manhã e o sol radiante que banha meu rosto. Um calor gostoso acarinha minha pele e sinto-me viva. — Certo Dulce Maria, você consegue — digo a garota solitária em frente ao espelho. Prendo os cabelos em um rabo de cavalo, que é o melhor que consigo no momento, visto um vestido florido, sandálias de dedo e desço para o café da manhã. De acordo com o gerente, é servido até às nove horas, então eu tenho um pouco mais de meia hora para fazer o desjejum. Não imaginei que pudesse dormir tanto, mas praticamente hibernei a noite inteira. Pego a bolsa de mão e desço para o lobby do hotel, ele está praticamente vazio. Eu aprecio isso, gosto de ter certa privacidade. Sirvo-me de torradas,suco de laranja, queijo e salada de frutas, embora não esteja com muita fome, forço-me a comer um pouco. Após o café, dirijo-me a recepção para usar o telefone, preciso avisar o Harry que já estou na cidade. — Eu poderia usar o telefone? — pergunto ao mesmo senhor do dia anterior. — Fique à vontade. Pego número dentro da bolsa e aguardo que me atendam, ansiosamente, meus pés batendo no chão ao compasso de cada bip. No quinto toque e quando estava prestes a desistir, uma voz esganiçada ecoa do outro lado da linha. — Alô! — Eu poderia falar com Harry — tento me fazer ouvir sob o enorme barulho do outro lado. — Jonathan desça daí, agora! — diz a filha de Harry, aos berros — Ele não está. Quem gostaria? — Dulce — respondo, um tom mais alto — Dulce Saviñon. — Ah, Dulce — murmura — Papai saiu para sua caminhada, quer deixar recado? — Diga a ele que estou na cidade — informo, um pouco desapontada por não poder falar com ele — Gostaria de vê-lo. — Está aqui? — diz ela, eufórica — Por que não almoça conosco? Meu pai adora você. Fico muito feliz com a declaração. Para o rabugento e intratável Harry, admitir adorar alguém é algo muito difícil. — Lucy! — a jovem volta a gritar ao longe — Não coloca isso na boca. Eu tento imaginar o que possa estar acontecendo por ali. Ouço choro de criança e algo mais que não consigo identificar. —Acho melhor não — respondo, sem jeito — Parece que você tem muito trabalho por aí. — Imagina — diz ela, com humor — Está tudo sobre controle. Anote o endereço. Faço um sinal para que o atendente me forneça papel e caneta. Após desligar peço informações ao jovem de como chegar até o endereço. A casa de Harry não fica muito longe do hotel, por volta de quarentena minutos mais ou menos. Resolvo dar uma volta pela cidade para passar o tempo, e duas horas depois, paro em frente a uma casa branca de classe média. Um garoto com cerca de nove anos, vem atender a porta. Usa um saco de lixo atrás das costas e carrega em suas mãos utensílios de cozinha.— Qual é a senha? — ele diz, com os olhos enrugados. — O que? — pergunto indecisa de como devo agir. As únicas vezes que estive perto de crianças, foi quando eu mesma fui uma, a muito tempo no orfanato. Devo embarcar em sua fantasia infantil ou manter-me indiferente. — Jonathan! — uma jovem a qual só falei por telefone, aparece trás do menino. Ela é loira e baixinha, segura entre os quadris uma réplica dela, aparentemente a criança tem uns três anos de idade — Deixe a moça em paz e vá arrumar seus brinquedos. — Mas mamãe! — Sem mais ou menos! — ela arranca o saco das costas do menino e me encara com semblante envergonhado — Desculpe-me, sabe como são as crianças. Apenas aceno com a cabeça. Eu não sei como são as crianças e não saberei isso tão cedo. Uma pontada dolorida pulsa em meu peito, mas afasto qualquer pensamento depressivo. — Entre, por favor! — Camille afasta-se, e dá espaço para que eu entre. Aguardo ao lado da porta, e espero que ela me conduza para dentro da casa. Há brinquedos das crianças por todos os lados. Não é uma casa mal arrumada, mas é notável que há crianças ali. — Meu pai foi buscar meu filho mais velho na casa de um amigo e já estará de volta — Camille me diz antes de colocar a criança no chão e arranjar espaço para mim no sofá — Fico feliz em finalmente poder conhecer você. Ele fala muito de você, Dulce. Sinto, como se a conhecesse há anos. Sento-me apressadamente e tento esconder o rosto vermelho e os olhos marejados. Há uma conexão de pai e filha entre Harry e eu que não consigo explicar, e também, não desejo que Camille sinta ciúmes de mim. Lembro-me do dia que sentamos na calçada da lanchonete, tarde da noite, com nossas cervejas nas mãos, fazendo confidências da vida, após meses brigando na lanchonete. O relacionamento dele com a filha, nunca mais foi o mesmo, após divorciar-se da mãe dela, quando ela tinha doze anos. Pelo que vejo, progrediu bastante desde que ele havia ido morar com ela. — Harry é muito exagerado ás vezes — brinco com uma boneca esquecida no sofá — Aposto que não disse que agíamos como gato e rato. — Disse sim — ela ri — Essa foi a melhor parte. Conversamos animadamente sobre minhas melhores brigas com Harry, como no dia que despejei o vasilhame de açúcar na cabeça dele. Eu tenho a péssima mania de arremessar as coisas, quando fico irritada. Camille, é uma mulher doce e simpática, não há competividade entre nós duas. Ela sempre seria filha dele e eu... Bem, eu uma grande amiga, talvez uma filha adotiva como dizia quando queria provocá-lo. — Olha quem está aqui? — Harry chega acompanhado de um garoto alto e magrelo, mas com cara de bebê. Creio que deva ter uns catorze anos — Dulce a encrenqueira. Harry, parece bem mais magro do que eu me lembrava, a barriga havia quase desaparecido. Internamente desejo que essa mudança seja efeito das tais caminhadas que está fazendo. Isso é outra grande novidade para mim. É impossível você segurar algumas emoções e, foi inevitável não correr para os braços dele, assim como impedir que as lágrimas escorressem por meu rosto. — Ei garotinha? — ele me embala meio sem jeito — Cadê a garota encrenqueira que eu conheço? Ela já teria me enfiado essa boneca goela a baixo. Só então, eu percebo a boneca presa em meus dedos. Dou risada ao perceber o quanto ele me conhece bem e também, o quanto eu havia mudado. A velha Dulce faria exatamente isso. — Eu vou terminar o almoço — Camille nos interrompe — Acho que vocês têm muito o que conversar. Tento afastar-me de Harry para que ela não se sinta mal, mas ele me aperta forte contra o peito. Encaro a filha dele e ela me parece tranquila, solto o ar aliviada. Não vim atrás dele para causar constrangimento ou desentendimento familiar. — Bernard, leve seus irmãos para brincar lá fora — diz ela, ao garoto mais velho antes de seguir para cozinha. Fico admirada que uma mulher mignon como ela, tenha tanta autoridade apenas na voz. As crianças obedecem sem titubear. — Então? — Harry me conduz de volta ao sofá — O que aconteceu para ter vindo de tão longe visitar esse velho feio e careca, após dois longos anos. Desde que me mudei para Nova York ele insistiu para que eu fosse visitá-lo. A correria do dia a dia e falta de dinheiro sempre me impediram. — Saudade de um velho feio e careca? — brinco com ele — Senti sua falta. — Incrivelmente também senti sua falta, Dulce — diz ele, desconfortável — Ninguém nunca mais atirou coisas na minha cabeça. — Que destino ruim. Ele me encara com insistência, tendo desvendar algo em meu olhar ou algo revelador em meu rosto. Ele sempre me disse, que eu era como um livro aberto. Acho que não é verdade, ou Christopher veria todo amor que sinto por ele. — Está apaixonada — diz ele, sem rodeios. — É obvio assim? —É interessante — murmura ele — Sempre me perguntei quando isso finalmente iria acontecer. Na verdade, ele sempre me perguntou quando isso iria acontecer. Mesmo quando estive em um relacionamento ilusório com John, ele me perguntava isso. Para ele, o calhorda jamais me faria feliz e agora vejo o quanto ele estava certo. — Gostaria que nunca tivesse acontecido — murmuro, queixosa — É uma merda! — Hum — diz ele, com voz enrouquecida — O que esse cara fez? Já não gosto dele. — O que ele fez? O que eu fiz? O que os outros nos fizeram? — murmuro mais para mim do que para ele — São tantas perguntas. — Vamos pelo início — ele ri. Conto a ele o primeiro dia que o vi no clube, a forma que dancei para ele, o jeito como me senti atraída no primeiro olhar. Sobre a proposta absurda para que fingisse ser sua noiva, mas que nos aproximou a cada dia. 



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Autor(a): Vanuza Ribeiro

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • stellabarcelos Postado em 29/01/2016 - 00:34:45

    Essa história é muito muito linda e divertida! Amei demais

  • juhcunha Postado em 05/03/2015 - 00:22:53

    Ai meu deus que coisa mais linda chorei pra caranba como sempre

  • juhcunha Postado em 06/02/2015 - 01:27:11

    ohhhhh meu deuus que lindo chorando aqui so que de felicidade e muito triste porque ta no final

  • juhcunha Postado em 26/01/2015 - 02:22:44

    Que bom que ainda nao acabou! eu chorei com esse capitulo ta mae dela! nao quero que a web acabe eu gosto tanto! vai te um bebezinho!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:28:49

    essa despidida de soteiro foi muito boa se todas fosse assim seria muito foda !

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 03:27:44

    meu deus acabando eu amo essa web! Querida sua web e fantastica! por a mae do ucker foi uma cachora odeio ele espero sinceramente que se arrependa po fazer aquilo com a dul e principalmente com ucker!

  • juhcunha Postado em 18/01/2015 - 02:48:51

    Alexandra vaca egoista! a dul nao pode aceita sem fala com o ucker

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:07:22

    Continua ainda quero que eles tenha um bb!

  • juhcunha Postado em 17/01/2015 - 00:06:36

    Filnalmente juntos e felizes!

  • juhcunha Postado em 15/01/2015 - 20:56:47

    Briga! porque ela nao pedoa logo ele!


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