Fanfic: De Repente é Amor >>♥<< Adaptada / Portirroni | Tema: RBD, Maite Perroni, Anahí

— Annie? – Christian me fitou surpreso – O que houve?

— Boa noite, Sr. José! – cumprimentei o pai de Christian.

— Boa noite, querida! – beijou meu rosto, simpático como sempre. Lá vou eu pensar na grama do vizinho novamente. Tenho certeza que se o Christian fosse gay, seu pai o apoiaria – Como está?

“Mal...” – pensei.

— Bem. – respondi desanimada.

— Vamos pro meu quarto! – Christian chamou notando minha face abatida.

Entramos no quarto. Christian acendeu a luz, queria que ele pudesse acender aquela luz dentro da minha cabeça também. Trancou a porta.

— Desembucha. – falou – O que houve desta vez?

— Acabou, Chris! – me sentei na cama dele – Maite só queria me usar mesmo.

— Acabou? Como assim? – estava confuso. Também pudera! Eu não dizia coisa com coisa e ainda queria que as pessoas acompanhassem meu pensamento, sabe como? Você pensa, não diz o que pensou e quer cobrar entendimento da outra pessoa.

— Estive na casa dela hoje e bom... Foi horrível! Ela disse que já está marcada a data do casamento e jogou na minha cara que eu não devia ter criado ilusões a seu respeito. – estava indignada.

— Poxa, Annie! Você também pede para ser desprezada, né? Sabe muito bem que se fosse por ela, nada teria acontecido porque é sempre você quem vai atrás dela. – as vezes a sinceridade dele me irritava.

— Mas, no aniversário dela, foi Maite quem tomou a iniciativa. – falei – Praticamente me arrastou pra garagem, e nós fizemos amor loucamente.

— No sábado? – perguntou surpreso.

— Não me olha com essa cara! – o olhei quase brava – Você sabe que a gente andou transando.

— Sei... Mas, caramba, Annie! É estranho pra mim... Não estamos falando de qualquer pessoa e sim da professora mais gostosa do colégio. Cara! Todos os garotos fariam qualquer coisa para dar apenas um beijinho nela e você... Bom, você conseguiu bem mais que isso... E duas vezes! – exclamou frustrado.

— Três... – falei – Hoje também.

— Metida!

— Para, Christian! – pedi desanimada – Não estou para brincadeira hoje... – me levantei, fui até a janela – Maite só quis se divertir, cara! Eu não, entende? Estou arrasada! Como vou conseguir olhar para ela no colégio agora? Controlar a vontade que eu sinto de beijar aquela mulher... Tocar... Vai ser insuportável!

— Para você, Annie! Porque ao invés de ficar se martirizando, não reage? Ela vai casar e você já sabia disso. Parte para outra! – me abraçou – Minha prima está lá na sala, louquinha por você. – completou.

— Nos beijamos. – soltei.

— Beijou e muito mais, né? – tornou a se sentar na cama.

— Estou falando da Dulce. – respondi hesitante.

— Você beijou a minha prima? – me olhou surpreso novamente – Sua cachorra! Como foi? Ela beija bem? – estava curioso.

— Não viaja, Chris! Não vou dizer nada para você. Se quiser, vai ter que beijá-la. – sorri, o primeiro sorriso depois do ocorrido.

— Se ela quisesse, eu beijava mesmo.

Meu celular tocou. Olhei o número. Hum... Privado! Porque ela diz coisas horríveis para mim e depois me liga? O ser humano é tão complicado.

— É ela. – falei com o coração disparado.

— Quem?

— Maite. – respondi e coloquei o telefone sob a mesa do computador – Atendo ou não? – fiquei andando pelo quarto enquanto o telefone não parava de tocar.

— Atende logo! – Christian exclamou impaciente – Acaba com essa agonia! Ouve o que ela tem para te dizer.

Mais um toque... E outro... E outro... 

— Oi. – atendi.

— Você está bem? – ela perguntou calmamente.

— Estou. – minha voz quase não saia.

— Não foi pra casa?

Um silêncio de quase dez segundos.

— Estou na casa de um amigo, o Christian. – respondi fria.

— Por favor, não diga que sou eu. – pediu com receio.

— Tá. – respondi – “Será que ela nunca teve um melhor amigo?” – pensei.

— Bom, eu estava preocupada. Você saiu daqui novamente tão... Tão desnorteada.

— Queria que eu saísse sorrindo? – ironizei.

— Durma bem! – falou com a voz suave.

— Você é quem vai dormir muito bem. Se livrou de um problema, não é? – continuei debochada.

— Não quero que você fique com raiva de mim. – falou agora com a voz mais firme – Está me punindo por eu ter sido verdadeira contigo.

— É tarde. Já estou morrendo de raiva de você. – prendi a respiração. Queria sufocar a vontade de chorar – E é muita raiva! – exclamei amarga – Você me usou! Brincou com os meus sentimentos. Sempre deixei claro o quanto te amava e mesmo assim, você brincou com os meus sentimentos. Foi bom pra você? Se divertiu muito às minhas custas? – eu já não conseguia parar de chorar – Porque eu não achei graça nenhuma.

Novo silêncio do outro lado da linha.

— Acabou? – perguntou fria.

— É, acabei.

— Então... Até amanhã! – ela se despediu e desligou. Eu arremessei o celular na parede. O aparelho caiu no chão estilhaçado.

— Tá maluca? – Christian perguntou apavorado com a minha atitude.

— É, estou! – respondi me sentando na cama e apoiando as mãos nos joelhos – Melhor tacar o celular na parede do que me jogar do sexto andar.

Christian me abraçou novamente. Eu não resisti e chorei mais um pouco. Dormi abraçada com ele a noite inteira.