Fanfic: De Repente é Amor >>♥<< Adaptada / Portirroni | Tema: RBD, Maite Perroni, Anahí

Acordei um pouco desnorteada. Olhei para o lado, Maite não estava. Uma rápida olhada no ambiente. Bom, eu não estava no meu quarto, então isso prova que não foi um daqueles sonhos que se confundem com a realidade. Antes que eu pudesse pensar em mais alguma coisa, Maite entrou no quarto trazendo o sorriso de volta para o meu rosto. Ela conseguia estar ainda mais linda do que todas às vezes que eu a tinha visto. E mais, vocês não vão acreditar, eu não acreditei! Calma, gente! Estou emocionada. É que foi a primeira vez que eu recebia café na cama.

Apoiou a bandeja ao meu lado e sentou-se. Vestia um roupão branco, os cabelos estavam molhados e seu corpo exibia um perfume delicioso. Ah, sem deixar de exaltar aquele sorriso. Eu nunca vi um sorriso como aquele. Era tão angelical e sedutor. Maite olhou o relógio que estava sobre a cômoda.

— Boa tarde, amor! – ela falou com aquela voz dengosa de mulher que está querendo aprontar.

Não que eu entenda muito sobre as mulheres, na verdade, não entendo absolutamente nada, mas bastava entender ou decifrar os sorrisos, os gestos de Maite. Isso sim era importante pra mim.

— Repete? – pedi. Idiota? Boba? Mistura tudo, acrescenta paixão, amor, saudade, felicidade. Não vai virar receita de bolo, mas é tão gostoso quanto. Ops! Bolo de chocolate, tá?

— Repetir o que? Amor? – me beijou – Boa tarde amor, dormiu bem?

— Dormi. – respondi e a puxei para a mim – Tá proibida de sair da cama. – desamarrei o seu roupão. Ela estava nua – Preciso tanto de você! – sussurrei no seu ouvido.

— Eu também preciso de você! – ela respondeu com os olhos marejados. 

Apertei Maite mais forte em meus braços. Estávamos fortes, éramos fortes. O amor verdadeiro que sentíamos nos daria a coragem necessária para destruir qualquer percalço que surgisse no nosso caminho. Assim eu esperava. Aquele era o “momento paraíso”. Tomamos café na cama, depois Maite quis fazer amor no chuveiro, imagina? Sonhei tanto com aquele momento, fazer amor com ela em todos os cantinhos daquela casa. A água escorrendo pelos nossos corpos, nossas mãos, pele, boca deslizando uma na outra. Sussurros, gemidos. Orgasmos. Sorrisos de satisfação, sorrisos de prazer. Eram quase cinco da tarde quando saímos do banho para recomeçar tudo novamente na cama.

Seus lábios deslizavam pelo meu corpo, suas mãos se perdendo na minha pele. O único barulho que se ouvia no quarto até aquele momento era o da nossa respiração, nossos gemidos e sussurros de prazer. Mas de repente, toda aquela eclosão de sensações foi interrompida. A porta do quarto fez barulho, estava apenas encostada, Maite não esperava ninguém, Alfonso só viria na segunda. Bom, acho que ele resolveu fazer uma surpresa. Foi horrível, podem apostar. Ele ficou parado olhando com aquela cara de: “entrei na casa errada”. Nós tentávamos nos cobrir às pressas. Pensei que Maite fosse desmaiar, sei lá! Ela ficou pálida na hora, suas mãos geladas. Se enrolou num lençol, eu fiz o mesmo, puxei o lençol que cobria a cama. Não tinha outro mais a mão, cara! Que cara era aquela? Já viram um homem chorar? Acho que ele nem percebeu que estava chorando. 

— Poncho... Eu... Eu... – ela passava as mãos na cabeça, estava assustada, não tinha o que dizer.

— Eu voltei antes. Estava... Estava com... Saudades... – gaguejou. Olhou para mim, como se perguntasse alguma coisa – Não... Não dá para acreditar! – exclamou inconformado.

— Eu ia contar. – Maite – Eu ia conversar contigo amanhã, mas...

— Você está me trocando por uma mulher? Quer dizer, por uma criança? 

— Eu não sou criança, cara! – respondi furiosa, ele tocou num assunto delicado para mim.

Maite me olhou, acho que ela pediu silêncio. Eu respeitei. Ele ficou alguns minutos quieto, olhando tudo a nossa volta, passava um pouco pela porta, entrando no quarto, depois ele retornava para trás. Estava perdido. A ficha devia estar caindo. 

— Olha, Maite, você tinha mudado. Eu pensei que...

— Poncho, desculpa, mas eu nunca mudei. Eu me anulei, é diferente.

— MAS QUE MERDA! ELA É UMA MENINA! – gritou.

Maite começou a chorar, sentou-se na cama, eu a abracei. Foda-se se ele estava ali! Foda-se pra ele, não pra vocês. Ela estava chorando e eu não queria que ela sofresse, eu sofria junto, como se fossemos uma só pessoa. 

— Não fica assim... – falei no seu ouvido – Ele tá errado, eu não sou criança, sei muito bem o que faço. E eu preciso de você, lembra?

Maite olhou nos meus olhos, passou a mão no meu rosto.

— Vai pra casa, Annie. – pediu com a voz doce – Eu preciso conversar com ele.

— Eu não vou te deixar com esse louco! – acho que ele ouviu.

— Louco, eu? Sua pirralha! – exclamou furioso – A Maite quem é louca. Desistir de uma vida tranquila e segura ao meu lado. Seu pai sabe disso, amorzinho? – perguntou – Seus pais sabem, menina? – perguntou alterado – Vai perder seu emprego como da última vez...

— Cala a boca, seu idiota! – exclamei satisfeita. Sempre tive vontade de chamá-lo de “idiota” – Ela não vai perder nada. Acha que Maite tá perdendo alguma coisa deixando de se casar contigo? Se liga, ela não te ama!

— Chega, vocês dois! – Maite interveio – Annie, vai pra casa...

— Mas...

— Hey, vai pra casa. Suas roupas estão na secadora, seu celular tá em cima da mesa da cozinha. Fica com ele, vou te ligar quando as coisas melhorarem.

— Pensei que tinha estragado... O celular... 

— Tá funcionando. Incrível, mas tá funcionando. – beijou meu rosto – Vou resolver tudo, não fica com medo.

— Ele tá te ameaçando... – falei baixinho.

— Vai ficar tudo bem, pode ir. – me abraçou – Ele não vai fazer nada.