Fanfic: De Repente é Amor >>♥<< Adaptada / Portirroni | Tema: RBD, Maite Perroni, Anahí

Fomos os quatro para a secretaria. Querem saber quem estava lá? Um beijo em quem acertar! Isso! O idiota do Alfonso! Ele fez um carnaval na diretoria, palavras do Christian. Ele quem me contou o ocorrido. O idiota queria que o diretor demitisse Maite de qualquer jeito. Ele gritou aos quatro ventos que ela tinha me corrompido, vejam bem: “corrompido!” Eu tinha dezessete anos, mas sabia bem o que estava fazendo. Vocês são testemunhas! Quem correu atrás dela não fui eu? Eu dei em cima dela. E a culpa não podia ser minha? Mas que Diabos é isso?

O diretor chamou Maite num canto. Alfonso estava mais afastado. Já tinha feito o carnaval dele, agora só estava esperando a nota dos jurados.

— Professora Maite... – o diretor estava tentando manter a calma – Esse senhor disse que a senhorita está... Está tendo um caso amoroso com uma de nossas alunas de dezessete anos. A senhorita me confirma isso?

Vocês tinham que ver a aglomeração na porta da secretaria e olha que estávamos de portas fechadas, hein?

— Sim. – ela respondeu.

Ele a olhou surpreso, na certa esperava que ela fosse negar.

— Bom, isso é antiético. Não é uma conduta...

— Hey! – me intrometi – Vocês estão julgando o que? Ela? A conduta? Com todo o respeito diretor, eu quem fui atrás dela. Me apaixonei. Ela se apaixonou. O que há de errado nisso? Não matamos ninguém e... Quem dorme com ela, sou eu, não o senhor.

— Menina, mais respeito! – exclamou furioso – Eu quero conversar com a professora Maite a sós. – apontou a porta – O senhor também, por favor. – se referindo a Alfonso.

Nós saímos. Meu coração ficou apertado, ele iria mesmo demiti-la? Só por isso? A professora dedicada que ela era não contava? Olhei para Alfonso com raiva, ele retribui o olhar da mesma forma.

— Precisava disso? Ela não merecia! – falei.

— Já fiz o que devia fazer, agora é com o diretor. – respondeu e saiu.

Christian me abraçou, professora Sherlyn segurou minha mão.

— Vai ficar tudo bem. – ela falou. Já repararam que nesses últimos dias eu tenho ouvido essa frase com frequência? – Maite gosta muito de você. Eu que o diga! – concluiu.

— Como assim? – curiosa, né?

— Sei de vocês há algum tempo, Annie! Uma noite dessas ela foi na minha casa e desabafou, eu tinha dúvidas, mas certeza mesmo só no dia em que você não foi ao encontro marcado. Nossa, como essa mulher chorou!

A ficha caiu, perceberam? Eu queria tanto saber onde ela havia passado a noite. No dia que eu fiquei plantada no portão da casa dela. Lembraram?

Maite saiu da secretaria cabisbaixa.

“Foi mandada embora...” – pensei.

— O que aconteceu? – perguntei.

— Bom, ele tinha que fazer alguma coisa. Então me transferiu para outra filial. – respondeu desanimada.

— Não acredito! – a abracei – Vou pedir transferência para esse colégio então.

— Nada disso, mocinha! – saiu sutilmente do meu abraço – Se você fizer isso, ele me manda embora.

— Vai ser horrível ficar sem você aqui!

— Já estamos perto do fim do ano, ano que vem acaba e você vai pra faculdade. – sorriu – Vamos nos ver todos os dias na minha casa.

— Você não vai nem precisar me chamar, vou estar todos os dias no seu portão te esperando.

Maite me convenceu a voltar para casa. Ela não queria deixar meus pais preocupados. Não assisti as aulas naquele dia, não tinha clima, odeio ser apontada pelos outros e... O diretor me deu suspensão de uma semana. Não acreditam? Fui suspensa por amar uma professora. Juro! Ele disse isso.

— Vai pra casa, Annie. – ela pediu com calma – Explica essa situação para os seus pais, vou resolver uns probleminhas burocráticos ainda aqui no colégio, depois ainda vou dar aulas. À noite, você vai lá pra casa e dorme lá, está bem?

— Tá. – respondi. Queria ficar com ela, o tempo todo se possível. Enjoar? Como? Não dá para enjoar de quem a gente ama, mas eu era obediente, viram?

Conversei com os meus pais, pensei que iria ser difícil, no entanto, os dois estavam mais preocupados com a viagem que iriam fazer no começo do próximo mês, pode uma coisa dessas? Sabe o que eles me disseram? Que vão viajar porque eu tenho com quem ficar. Bonitinho aqueles dois. Estão pensando em me despachar pra casa da Maite. Será que eles ainda não entenderam que ela é minha namorada e não minha babá? Vai entender a loucura dos nossos pais.

À tardinha fui até a casa do Christian, queria conversar um pouco, estava com saudades do meu irmão. Ele havia sido tão solidário hoje cedo na escola e eu ainda não tive tempo de me desculpar pelo que fiz no dia do seu aniversário. Devia ter me despedido dele. Nada justifica essa falta de consideração da minha parte. 

— Oi, mana! – ele exclamou ao abrir a porta – Entra.

— Poxa, cara! – entrei e lhe dei um abraço bem forte – Acho que te devo desculpas, né?

— Você está feliz? – perguntou num impulso.

— O que? Claro! – que pergunta era essa?

— Então não me deve desculpas. – sorriu – Já tá superado o que aconteceu.

— Valeu, mano! – mais um abraço – Cadê sua prima?

— Não te contei?

— O que?

— Dulce voltou ontem pra São Paulo. – respondeu triste – Já estava acostumado com ela.

— Caramba, nem nos despedimos! – me sentei no sofá. Fiquei triste por ela ter ido embora sem nos despedirmos direito. Será que foi assim que Christian se sentiu? Não! Ele me veria em breve, já eu, sabe Deus quando verei Dulce novamente.

— Liga pra ela! – sugeriu tirando o telefone do gancho e entregando nas minhas mãos – Ela vai gostar de saber que você se preocupa.

Não hesitei. Disquei o número do celular de Dulce.

— Oi, Christian! – ela atendeu.

— É a Annie. – respondi tímida.

— Oi! Que surpresa boa! – estava animada.

— Tudo bem? Chegou bem? Nem nos despedimos.

— Tudo ótimo! – um silêncio – Tenho novidades... – pude sentir um sorriso na voz – Acredita em amor à primeira vista?

— Claro! Quando eu olhei pra... – desisti de completar a frase.

— Então... Ontem... – ela continuou, acho que nem percebeu o que eu iria dizer – Ontem, quando eu desembarquei aqui em Sampa, Annie! – eufórica – Dei de cara com a minha alma gêmea.

Não pude deixar de sorrir, ela estava hilária.

— Que bom, Dulce! – estava feliz por ela.

— Annie, ela é linda! Foi assim... Quer ouvir?

— Claro! – respondi paciente e curiosa.

— Eu estava toda enrolada com a minha bagagem, o aeroporto lotado com esse negócio de atraso de voo. Bem, ela estava do outro lado, chegando também de viagem, mais enrolada do que eu com a bagagem dela e com o violão. Ela toca violão! – se derretia falando – Ficamos nos olhando e rindo, pode? Rindo por estarmos as duas enroladas. Ela se desenrolou antes de mim, me ofereceu ajuda, que fofa! – mais derretimento – Tá me ouvindo?

— Vai, continua. Qual o nome dela?

— Demetria, mas preferem que a chamem de Demi. – respondeu – Ela tem dezenove aninhos, mora aqui em Sampa mesmo, estuda Música e é uma fofa! E se não bastasse tudo isso, ainda toca violão e tem uma voz incrível! – completou animada.

— Wow, hein? Se deu bem! – exclamei.

— Estou apaixonada! Ela é perfeita! – parecia estar feliz de verdade – E você? – fiquei em silêncio por um minuto – Hey, o que foi?

— Desculpa. É que... Aconteceu uma coisa aqui, mas deixa pra lá.

— Lamento, Annie. – senti seu tom de voz murchar.

— Não, tá tudo bem.

— Já disse que a minha Demi é fofa?

— Acho que umas mil vezes. – rimos.

— E você? Como está com a professora?

— Você tinha razão. Ela me queria! – respondi – Meus pais a aceitaram, acredita?

— Que bom, Annie! Agora vai dar tudo certo, você vai ver.

— Tenho certeza. Vai dar tudo certo para todos nós.

— Bom dividir felicidade, né?

— É sim! Bom, vou desligar, mas manda um beijo pra sua Demi e diz que se ela sonhar em te magoar, eu vou aí em Sampa só para puxar a orelha dela, certo?

— Ela tá mandando outro beijo e dizendo que eu não corro esse risco. Tá no viva-voz, Annie! – respondeu com aquele tom de voz de menina levada que só ela tinha.

Essa Dulce...

Saí da casa de Christian e fui direto pra casa de Maite. A saudade explodindo no peito.

>>♥<<

Gente, penúltimo capítulo! Mds, nem acredito que chegamos até aqui jsahjsh 

david_uckermann: Seja bem-vindo, amor! Fico feliz que esteja gostando.