Fanfic: De Repente é Amor >>♥<< Adaptada / Portirroni | Tema: RBD, Maite Perroni, Anahí
Como eu havia dito antes, ela não precisou nem chamar. Lá estava eu no portão da casa de Maite. Ela chegou, sorriu ao me ver. Aquele sorriso era sua marca registrada. Que poder tem um sorriso! Concordam comigo? Às vezes estamos tristes e vem alguém com um sorriso como aquele, já basta para tudo voltar ao normal. Ah, se não voltar ao normal, ajuda bastante. Como ajuda! As pessoas deviam sorrir mais.
Abri o portão para ela. Minha linda professora estacionou. Já disse que ela dirige bem? Não? Então anotem isso.
— Estava morrendo de saudades! – falei enquanto dificultava o simples gesto dela abrir a porta. Como? Com beijos.
— Para, amor! – ela pediu – Não me faça agir como uma adolescente inconsequente. Tenho vizinhos, sabia?
Ela tinha razão. Haviam casas altíssimas de frente para a dela. Deixei que ela abrisse a porta, mas depois que entramos, tirei das mãos dela aquelas pastas, folhas, tudo o que ela carregava e joguei no sofá. Os beijos ficaram melhores, mais demorados e sem interrupção. Opa! Eu disse sem interrupção? Retiro o que eu disse. Tudo o que é bom, dura pouco! Essa foi fácil, né? Bom, o som de uma buzina lá fora interrompeu tudo. Maite ficou aflita na hora, começou a ajeitar a roupa que eu havia bagunçado no desespero de tirar.
— É o meu pai! – falou – Só pode ser ele! – olhou o relógio no pulso. O barulho no portão. Logo as batidinhas famosas na porta. Ela abriu. Bingo! – Oi, pai... Entra!
Javier era o nome do meu sogrinho. Ele era moreno, alto, forte. Sua fisionomia séria não negava a fama de bravo. Maite nos apresentou. Ele olhou para mim indiferente.
— Estive com o Alfonso esta manhã. – ele falou com um tom de voz áspero.
— Senta, pai! – Maite estava desconfortável.
— Estou bem de pé. – uns segundos de silêncio – Podemos conversar a sós?
— Eu vou... – ia saindo da sala, mas Maite segurou em meu braço.
— Fica! – pediu – Não tenho nada para esconder dela. – falou para o pai.
Ele se sentiu afrontado. Dava para reconhecer aquele olhar carregado de raiva a Km de distância.
— O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO COM A SUA? – gritou.
— Não sei o que o Alfonso falou, mas eu não estou fazendo nada demais. – respondeu com naturalidade.
Eu? Continuei calada, estou acostumada a ouvir nos filmes policiais o seguinte: “Tudo o que você disser pode ser usado contra você”, mais ou menos assim. Hey! Não querem que eu lembre a frase inteira agora, né? Estou nervosa. Bom, a questão é: “O cara era um mala”.
— Minha filha! Isso é uma loucura! Você não pode estar no seu estado normal. – me olhou da cabeça aos pés – Acha que isso vai durar muito tempo? Acha mesmo que quando essa menina estiver maior ela vai querer continuar com você?
— Vou sim, senhor. – respondi tímida.
— Seus pais sabem dessa história, menina? – se voltou para mim
— Sim, senhor. – quase bati continência para ele também, assim como fazia com o meu pai.
— Suponho que eles não estejam de acordo, não é? – continuou me olhando com indiferença.
— Suponho que o senhor esteja enganado. Acho que os meus pais me amam muito mais do que eu podia imaginar. – respondi num impulso. Ele queria me intimidar com aquela cara de bravo? Se ferrou! Meu pai tinha aquela cara de bravo e nunca conseguiu – Eles respeitam o sentimento que eu tenho pela sua filha.
— Sentimento? Isso não é sentimento! É uma pouca vergonha, isso sim! – olhou para Maite com fúria nos olhos – Você acaba de vez com essa história ou morreu pra mim.
Maite ficou em silêncio, olhos marejados.
— Olha, pai... – começou – Uma vez eu preferi morrer para mim, isso para não morrer para o senhor, lembra?
Ele não respondeu, ficou olhando para ela.
— Não valeu a pena, pai! – ela continuou – Eu não fui feliz. Se importa com a minha felicidade? Incrível! Os anos não passaram para o senhor. Conservaram o mesmo egoísmo, a mesma prepotência, a mesma atitude! Ainda bem que o tempo me mudou e... Já que continua pensando da mesma forma, que seja! Eu morro para o senhor, mas quero nascer novamente para mim! – ela tentava controlar a vontade de chorar. Não conseguiu, acho que nessa situação, ninguém conseguiria. Maite estava tomando uma decisão naquele momento que talvez não pudesse mais voltar atrás – Eu te amo, pai! Amo com todos os seus defeitos...
— Essa situação é inconcebível. EU NÃO TENHO UMA FILHA LÉSBICA! – gritou – Eu... Não quero uma filha lésbica!
— O senhor não tem mesmo uma filha... Lésbica... – respirou fundo – A sua filha morreu, senhor Javier, lamento muito por isso.
— Saiba que tomou sua decisão, caso se arrependa, não serei piedoso como da última vez. – avisou.
Aquele homem não tinha coração. Isso prova o quanto as pessoas ainda têm que mudar. Ele simplesmente virou às costas, bateu a porta e saiu. Acho que nem olhou para trás. Maite desabou nos meus braços, chorava tanto. Ela ficou assim por alguns minutos. Depois, levantou a cabeça, lavou o rosto na pia do banheiro e não tocou mais naquele assunto. A última coisa que disse a respeito foi:
— Infelizmente vou continuar amando aquele cabeça dura.
Não deixamos essa conversa com o pai de Maite nos abater por muito tempo. Ficamos no quarto conversando sobre nossas vidas. Rimos bastante. Percebemos uma coisa, haviam dúvidas antes daquela conversa maravilhosa que estávamos tendo, eram dúvidas a respeito de como seria quando não estivéssemos na cama, fazendo amor, sabe? E sabem qual foi a conclusão que chegamos? Tínhamos assunto! Assuntos intermináveis, podem apostar. Bom não ver o tempo passar, não acham? Já passava das duas da manhã e nem nos demos conta disso até que ficamos em silêncio depois de uma série de gargalhadas. Sim, Maite me contou coisas bem feias que tinha feito na sua infância, adolescência. Vocês acreditam que aos onze anos de idade ela nutria um amor platônico por sua professora de primário?
Nós ficamos em silêncio. O quarto estava pouco iluminado. Maite chegou seu rosto bem pertinho do meu, beijou meu pescoço. Seus lábios deslizavam devagarzinho pela minha pele. Seu corpo já estava coladinho ao meu. Um beijo. Mais um e outro! Mais quente. Nossos olhos se encontravam, nossas mãos deslizavam uma na pele da outra. Nos despimos. O coração batia tão forte, descompassado. Delirante como o amor que nos tomava por completas. Seu corpo se contorcendo nos lençóis e meus dedos dentro dela. Minha língua dentro dela. Minha pele roçando na dela. Suas mãos não estavam indiferentes. Me tocavam com calor, doçura. O desejo transpirava pelos poros, a cabeça rodava e nos deliciávamos com cada minuto de prazer. O quarto sempre azul.
[...]
Veio Outubro. Meus pais estavam felizes, viajaram em Lua-de-Mel despreocupados porque confiavam em... Em mim? Não, eles confiavam em Maite. Estavam felizes também com o meu empenho em passar no vestibular. Eu iria prestar vestibular para quê? Uma dica: queria aprender mais sobre o mundo e o homem, ou seja, a sociedade, a ciência, a violência, a arte, a vida, a morte, as relações entre os homens e do homem consigo mesmo, a religião. Pronto! Eu havia realmente me decidido a cursar Filosofia. Maite era minha maior incentivadora, estudávamos juntas e com essa desculpa de estudar, passava mais tempo na casa dela do que em minha própria casa.
Ah, Christian estava quase louco! Prestaria vestibular para Odontologia e... O que vocês nem imaginam: Victória estava grávida! É, meu amiguinho azarado não fez com camisinha, se estrepou na sua primeira noite, mas estavam felizes embora fosse muito cedo para eu ser titia.
[...]
Era Segunda-feira. O dia estava lindo, de tardinha o sol não queimava a pele e sim acariciava a nossa pele como se agradecesse toda nossa admiração ao contemplá-lo se pôr. Comecinho de Novembro. A praia estava vazia. Maite e eu estávamos perto do mar. A onda vinha e molhava nossos pés. Segurei as mãos dela.
— Estamos na praia, Annie! – falou olhando para os lados.
— Estamos em Ipanema, esqueceu? Posto nove.
— Já sei, já sei! Aqui não tem problema... – sorriu – Eu te amo! – me olhou com aqueles olhos que podiam ter o que quisessem de mim.
A abracei por trás. Meus braços na sua cintura. Apertei-a bem forte e apoiei meu queixo no seu ombro.
— Eu também te amo! – sussurrei no seu ouvido.
— Tenho tanto medo, Annie! – falou baixinho. Acho que se não fosse o vento que soprava no nosso rosto, nem tinha ouvido suas palavras.
— Medo bobo, hein, dona Maite? – beijei seu rosto – Ninguém pode escrever a nossa história a partir de agora. Nós é quem vamos escrevê-la. Se vamos ser felizes? Só vai depender de uma coisa: Nossa vontade de sermos felizes. É nossa chance, amor! – eu dava beijos em seu pescoço e ela fechava os olhos – Se é mesmo verdade que o ser humano passa a vida inteira procurando por felicidade, isso não seria diferente comigo. Nem com você. – respirei fundo. – Olha o horizonte. O mar parece tocar o céu, não parece? Cheio de mistérios esse mundo. O nosso amor é assim, também cheio de mistérios. Ninguém sabe o que tem no céu, mas todo mundo quer ir pra lá. – rimos. No minuto seguinte fiquei séria – Não sabemos o que vai acontecer daqui pra frente, mas queremos tentar e isso basta.
Maite se virou para mim, puxou meu rosto com as duas mãos e me beijou calorosamente. O vento começou a soprar mais forte. A noite foi caindo. Ao nosso lado foram chegando outros casais. Livres como nós. De mãos dadas, admirando a paisagem e comemorando o amor. Naquele momento, olhando pro céu e vendo a vida se projetar tão descomplicada diante dos nossos olhos, percebemos que seria impossível abrir mão da tão almejada FELICIDADE! E, se de repente é amor, porque não viver esse amor?
>> FIM <<
Autor(a): H. Brownie
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Gente, socorro! Tá bom, parei, mas enfim. Ufa! Quero agradecer a todos vocês que me acompanharam até aqui, a mirelly_perroni por ter me dado a ideia de adaptar essa história, a annaflavia e a furacao_maite por ter me acompanhado desde o começo e terem esperado eu voltar. Obrigada a vocês que favoritaram, que leram, mas não comen ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 49
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mittensbabe Postado em 03/09/2024 - 23:16:27
Caraca, eu totalmente esqueci que tinha feito essa conta, tanto que nem lembro como se entra
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furacao_maite Postado em 26/02/2015 - 00:03:10
escreve a versão da Maite *-*
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vondy.siempre.com Postado em 22/02/2015 - 00:13:48
Perfeitaaaaaaaa essa Fanfic... Por favor não pare de escrever Fanfics Portirroni
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david_uckermann Postado em 17/02/2015 - 19:09:48
aiinwt acabou a fanfic nao acretido :o :( vou morrer de saudades quer saber vou ler td de nv :D essa fanfic eh a mais incrivel de todas <3 <3
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furacao_maite Postado em 17/02/2015 - 18:51:15
Eu que agradeço em ter dado a oportunidade de conhecer essa fic tão linda!!
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furacao_maite Postado em 17/02/2015 - 18:36:33
amei demais!!!!
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david_uckermann Postado em 17/02/2015 - 13:50:46
eu amo essa fanfic mais que chocolate mais que td continua ja to com saudades :p
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david_uckermann Postado em 16/02/2015 - 23:17:24
to viciada nessa fanfic :p posta mais mais :v
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david_uckermann Postado em 16/02/2015 - 20:54:35
tadinha da anny </3 :( '-' may n tem que casar cm akele homi -_-
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david_uckermann Postado em 16/02/2015 - 20:32:07
essa fanfic tah superrrr perfeita -_- nossa maite do mal kk :v