Fanfics Brasil - Coragem De Repente é Amor >>♥<< Adaptada / Portirroni

Fanfic: De Repente é Amor >>♥<< Adaptada / Portirroni | Tema: RBD, Maite Perroni, Anahí


Capítulo: Coragem

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Eu estava gostando dessa história de ser pontual. Olhei o relógio, faltava um minuto para às seis. Toquei a campainha. Desta vez ela não demorou, atendeu-me rapidinho. Entramos, ela pediu para eu me sentar... Sentei-me, mas antes, olhei-a da cabeça aos pés, para variar: estava linda! Vestia uma blusa de um ombro só e um short jeans rasgado nos bolsos, o mesmo chinelo nos pés. Cabelos soltos e molhados, o mesmo cheiro gostoso de ontem.


— Quer beber alguma coisa? – ela perguntou.


— Um uísque por favor, sem gelo. – sorri – Nada não.


— Tá engraçadinha hoje, hein? – sorriu também – Viu algum passarinho verde?


— Verde não, dourado.


— Dourado? Essa é nova. – sentou-se ao meu lado, já estava com um livro nas mãos – Vamos começar?


— Vamos conversar? – perguntei olhando em seus olhos.


— Conversar? Sobre o que quer conversar comigo? – ficou um pouco apreensiva.


— Vai se casar mesmo, Maite? – estava voltado a minha forma “cara de pa/u”.


— Não sei nem se vou estar viva amanhã! – brincou – Engraçado, desde que comecei a dar aulas, não me lembro dos meus alunos me chamando de Maite. Ou era “professora” ou “Professora Maite”.


— Gosto de ser diferente dos teus outros alunos.


— E consegue ser diferente – falou fechando o livro que havia aberto – Nunca vi alguém gostar tanto de estudar, nem sei porque se preocupa com o vestibular, tem tanta facilidade em aprender. Na sua idade, as meninas só pensam em namorar.


— E você? Gosta de namorar? – pensei por um instante, ela ficou me olhando, não respondeu – Deixa eu formular melhor a minha pergunta: gosta do seu futuro noivo?


— Vai pedir meu CPF também? – sorriu – Onde quer chegar?


Tirei o livro das suas mãos. Ela estava tão próxima de mim, eu podia sentir e ouvir a sua respiração. Toquei suas mãos de leve com a ponta dos dedos, meus olhos fixos nos dela, Maite estava parada me olhando, como se não acreditasse no que eu estava fazendo. Ela se levantou, levantei-me junto com ela. Dei um passo para frente, agora dava para sentir o calor do corpo dela. Éramos praticamente da mesma altura. Senti o seu hálito no meu rosto e me enchi de coragem. Segurei sua face delicadamente com minhas mãos e encostei meus lábios nos dela, ela tentou fugir, mas desistiu quando minha língua invadiu a sua boca, forçando aquele beijo.


Sua língua enroscou-se na minha e nossa respiração começou a ficar ofegante, agora minhas mãos livres, sem sua repulsa, deslizavam pelas suas costas e eu a puxava para mim, querendo encostar cada vez mais meu corpo no dela. Minha perna estava no meio das suas coxas e eu podia sentir seu sexo quente. De repente ela me empurrou e eu quase caí no sofá da sala.


— Você está louca? – perguntou irritada.


— Estou louca por você, Maite! Penso em você o dia todo, desde quando te vi pela primeira vez...


— PARA! – gritou alterada.


— Não respondeu a minha pergunta... Gosta do seu noivo?


— Não sei. – respondeu confusa.


— Não gosta, eu sinto! – puxei-a para mim novamente. Tentei beijar-lhe os lábios, mas Maite virou o rosto. A abracei com desejo e a pressionei na parede da sala. Ela relutava, pedia incansavelmente para que eu parasse, mas eu não conseguia. Estava louca de tesão por ela.


Deslizei minha boca quente pelo seu pescoço, seus pelos se arrepiaram, seus seios comprimidos nos meus estavam cada vez mais salientes na blusa. Naquele momento, Maite não tinha forças para me empurrar, foi deixando eu beijar o seu pescoço, a sua nuca... Minhas mãos passeavam por baixo da sua blusa...


— Para, Anahí... – continuou pedindo, agora, com a voz quase desaparecendo – Para... – repetia ofegante.


Seu corpo tremia de desejo tanto quanto o meu e sua pele queimava na minha. Toquei seus seios por baixo da blusa, tentei tirá-la e nesse instante ela se esquivou. Ainda tentei puxá-la de volta, mas desta vez ela realmente não deixou.


— Não faz isso comigo, por favor! – pedi – Não me evita.


— É melhor você ir embora, Anahí. – falou com semblante sério.


— É melhor você largar aquele babaca e ficar comigo!


— Eu vou me casar e esquecer que isso um dia aconteceu. – falou brava.


— Vai fugir até quando de si mesma? – fitei-a aflita, quase desesperada, era a minha oportunidade, não podia voltar para casa sem fazê-la pensar ao menos em uma possibilidade, mesmo que fosse remota, eu queria uma esperança.


 — Eu não estou fugindo de nada! – alterou-se.


— Você nem gosta desse Alfonso! Porque não admite logo que uma simples garotinha de dezessete anos fez você sentir mais coisas do que aquele idiota pôde sonhar em fazer você sentir um dia? Sim, porque se você fosse mesmo feliz com ele, não hesitaria em dizer o que sente pelo seu suposto noivo e nem ficaria com essa cara de enterro quando fala em se casar com ele.


— Você é muito pretensiosa... Acha que me fez sentir o que? – perguntou quase sarcástica.


— Não estou falando de mim, estou falando da Angelique. – falei já com lágrimas nos olhos.


Maite ficou em silêncio por quase um minuto.


— Quem te falou dela?


— O Eddy, irmão da Zoraida que trabalha na secretaria do colégio.


Ela sentou-se no sofá quase desacreditada.


— Ela disse que não contaria essa história para ninguém. – falou perplexa.


— Mas contou. – sentei-me ao seu lado – Não foge do que você é. – completei quase em um sussurro.


— O que eu sou? Você não sabe nada sobre mim! Eu não sou lésbica se é o que está pensando. – continuou na defensiva.


— Sei que você se apaixonou por uma garota e sabe-se Deus porque, depois dela, se trancou pra vida e vive se escondendo atrás de um panaca que você literalmente não ama.


— Eu amo o Poncho.


— Tá mentindo pra quem? Pra mim? Não, obrigada! Prefiro o que os seus olhos me dizem e quer saber o que eles falam? Falam que você adorou tudo o que aconteceu aqui nessa sala e aposto que tá com a calcinha toda molhada, mas nunca vai admitir porque tem medo de dizer que sente atração por mulheres.


Maite me olhou quase desacreditada com tudo o que eu tive coragem de dizer. Eu me senti aliviada. Poderia perdê-la para sempre, mas pelo menos, fui sincera com ela e comigo.


— Você está doida, menina? – se levantou – Acho melhor você ir embora. – falou nervosa – Não sou lésbica! – repetiu com os olhos cheios de reprovação pela palavra “lésbica”.


— Preconceito é burrice, sabia? Pensei que boa parte dos professores fossem inteligentes e te inclui nesse meio, mas acho que me enganei profundamente com você.


— Está me chamando de burra?


— ESTOU TE CHAMANDO DE COVARDE! – gritei.


— Você não sabe de nada! – exclamou absorvida em sua agonia, seus olhos lacrimejavam agora – Droga! Eu tinha vinte e dois anos, ela dezessete, nunca daria certo! – completou abaixando a guarda.


— Nada dá certo se não tentarmos.


Maite secou algumas lágrimas.


— Quando os pais dela souberam, trancaram Angelique em casa, reclamaram na escola, praticamente obrigaram o diretor a me demitir e foi difícil pra mim. Era o primeiro colégio que eu dava aulas! – respirou fundo – Logo meu pai ficou sabendo também. Ele ficou louco, tenho certeza que você nem conseguiria imaginar como eu fui hostilizada por ele e o pior, chegou a ponto de me expulsar de casa. 


— Sei bem o que é ser hostilizada pelo próprio pai, mas termina, me conta tudo. Porque abandonou a Angelique?


— Eu procurei por ela, muitas vezes, mas seus pais começaram a dizer que internariam a menina em um sanatório caso eu não me afastasse dela, então, por ela... Eu fiz um acordo com sua mãe e me afastei de vez, para que ela cumprisse a promessa de não internar Angelique numa clínica.


— Não adiantou nada, eles internaram ela. – falei.


— O que? Quem disse? Como sabe? – disparou confusa.


— A Zoraida também contou isso pro Eddy.


— Meu Deus! Eu nunca soube... – falou sincera.


— Você sumiu e... – fiz um gesto para que ela continuasse a falar.


— Fui morar na casa de uma tia em São Paulo, conheci o Alfonso nessa mesma época. Contei a ele o que tinha acontecido, ficamos amigos e depois começamos a namorar. Poncho veio morar no Rio e eu voltei com ele. Nesse tempo, eu já falava com meu pai pelo telefone e ele estava feliz por eu estar namorando um rapaz. Enfim, voltei pra casa, só que... Nunca mais foi a mesma coisa, então, resolvi voltar a dar aulas e saí de casa novamente. Aluguei um apartamento, mas como meu pai tinha certeza que eu me casaria com Poncho, me deu essa casa de presente.


— E então, você se anulou completamente... – falei magoada com sua falta de coragem.


— Eu sou feliz agora! – exclamou aborrecida com meu comentário.


— Feliz? Consegue mesmo ser feliz com esse cara? E os seus desejos? Suas vontades? Não contam?


— Ah é, espertinha? Então defina felicidade, já que você é tão feliz assim.


— Felicidade? – sorri – O ser humano vive em uma busca eterna pela felicidade, não seria diferente comigo... Bom, felicidade pra mim, é ver você todos os dias, mesmo que seja para ficar te olhando quando você está dando aula para outra turma ou quando passa correndo pelo corredor. É ouvir a sua voz logo de manhã e acreditar que o mundo inteiro está tão alegre quanto eu, no momento em que você sorri, mesmo que seu sorriso não seja pra mim ou quando você diz “Oi” iluminando cada pedacinho do meu corpo. – meus olhos começaram a lacrimejar sem que eu tivesse percebido, enxuguei algumas lágrimas e sorri – É também, inventar que não sei nada de Matemática só para poder ficar mais perto de você...


— Vai pra casa. – falou abaixando os olhos.


— Então, promete que vai pensar em nós? – segurei suas mãos trêmulas – Acho que Deus está te dando uma segunda chance e você nem tá vendo.


— Não envolva Deus nisso! – exclamou áspera e logo puxou a mão.


— Não estrague tudo de novo. Seus olhos não podiam estar mentindo quando nos beijamos... – falei agora sem lágrimas nos olhos.


— Não vou pensar! – estava irredutível – Amanhã viajo para São Paulo para comemorar o aniversário da minha sogra, quando eu voltar, espero que você já tenha esquecido essa história – completou fria.


“Minha mãe não faz aniversário amanhã!” – pensei.


— Quando você volta? – perguntei.


— Domingo à noite. – respondeu inexpressiva.


— Dois dias sem te ver? – perguntei aflita – Não acredito!


— Vai se acostumando. Agora que sei das suas reais intenções, nos veremos bem pouco. – pensou por um momento – Agora sei porque você aprendia tudo tão rápido.


— Já nos vemos pouco. – falei ignorando completamente seu último comentário.


— Nos veremos menos ainda. – continuou inexpressiva.


Ela conseguiu me arrasar. Cheguei em casa e me tranquei no quarto. Nunca tinha chorado tanto na vida. Só conseguia pensar em como tinha sido bom o beijo dela e de como seu corpo reagiu ao meu, não podia estar enganada.


 “Ela gostou!” – disse várias vezes para minha solidão. Deitei a cabeça no travesseiro e chorei mais... E mais... E mais...Tive vontade de gritar e gritei. Meus gritos sufocados pelo travesseiro não puderam ser testemunhados.


Lá pelas onze da noite, minha mãe entrou no quarto. Acendeu a luz, logo pedi que apagasse, meu rosto estava inchado de tanto que eu tinha chorado. Mamãe estava preocupada, nunca antes me vira chegar em casa tão transtornada.


— O que aconteceu, minha filha?


— Não sabia que as pessoas eram tão complicadas.


— Isso tem a ver com algum namoradinho novo?


— Mãe! – exclamei calma e ao mesmo tempo decepcionada – Para de fingir que não sabe. – olhei em seus olhos, ela baixou os dela, fitando a beira da cama – É tão difícil falar namorada? Sei que não sou a filha que a senhora sonhou, mas acho que a senhora teria um desgosto bem maior se eu fosse uma drogada. Gostar de outras garotas não influencia no meu caráter, mãe!


Ela simplesmente levantou e saiu.


— Queria poder tê-la como uma amiga. – falei antes que ela fechasse a porta.



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Autor(a): H. Brownie

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O fim de semana demorou uma eternidade para passar. Christian me ligou várias vezes, sempre com uma proposta diferente e eu recusei todas. Estava literalmente curtindo o meu “momento melancolia”. Sair de casa e não ver nada que possa me fazer esquecer Maite seria perda de tempo e no meu quarto, eu podia chorar a vontade e ouvir aquelas música ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 49



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  • mittensbabe Postado em 03/09/2024 - 23:16:27

    Caraca, eu totalmente esqueci que tinha feito essa conta, tanto que nem lembro como se entra

  • furacao_maite Postado em 26/02/2015 - 00:03:10

    escreve a versão da Maite *-*

  • vondy.siempre.com Postado em 22/02/2015 - 00:13:48

    Perfeitaaaaaaaa essa Fanfic... Por favor não pare de escrever Fanfics Portirroni

  • david_uckermann Postado em 17/02/2015 - 19:09:48

    aiinwt acabou a fanfic nao acretido :o :( vou morrer de saudades quer saber vou ler td de nv :D essa fanfic eh a mais incrivel de todas <3 <3

  • furacao_maite Postado em 17/02/2015 - 18:51:15

    Eu que agradeço em ter dado a oportunidade de conhecer essa fic tão linda!!

  • furacao_maite Postado em 17/02/2015 - 18:36:33

    amei demais!!!!

  • david_uckermann Postado em 17/02/2015 - 13:50:46

    eu amo essa fanfic mais que chocolate mais que td continua ja to com saudades :p

  • david_uckermann Postado em 16/02/2015 - 23:17:24

    to viciada nessa fanfic :p posta mais mais :v

  • david_uckermann Postado em 16/02/2015 - 20:54:35

    tadinha da anny </3 :( '-' may n tem que casar cm akele homi -_-

  • david_uckermann Postado em 16/02/2015 - 20:32:07

    essa fanfic tah superrrr perfeita -_- nossa maite do mal kk :v


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