Fanfics Brasil - Esperança De Repente é Amor >>♥<< Adaptada / Portirroni

Fanfic: De Repente é Amor >>♥<< Adaptada / Portirroni | Tema: RBD, Maite Perroni, Anahí


Capítulo: Esperança

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O fim de semana demorou uma eternidade para passar. Christian me ligou várias vezes, sempre com uma proposta diferente e eu recusei todas. Estava literalmente curtindo o meu “momento melancolia”. Sair de casa e não ver nada que possa me fazer esquecer Maite seria perda de tempo e no meu quarto, eu podia chorar a vontade e ouvir aquelas músicas que a gente só lembra de escutar quando estamos realmente deprimidos.


Deitada na cama, com as cortinas fechadas, o ar condicionado gelando, tamanho era o calor que estava fazendo naquele dia, nem ouvi meu celular tocar. Depois de uns segundos, me dei conta dele.


— Alô? – perguntei afobada.


— Oi, Annie. – era Christian do outro lado da linha – Como você está?


— Cara! Não tem nem cinco minutos que você ligou perguntando a mesma coisa.


— Estou preocupado contigo, não posso? Dá para sentir o cheiro do seu mau humor daqui, sabia?


— Desculpa, mas... Preciso da minha solidão, entende? – tentei procurar palavras para dizer à ele que o mesmo estava incomodando – Você tá me deixando maluca ligando toda hora. – falei já arrependida pela falta de jeito.


— Foi mal! – exclamou aborrecido – Karla tá aqui.


— Manda um beijo pra ela. – Karla era uma menina que eu costumava ficar de vez em quando. Nada sério, nada interessante.


— Devia esquecer a professora. – falou.


— Se fosse fácil, eu já tinha esquecido.


— Nunca te vi tão derrubada por uma mulher desse jeito.


— Nem eu pensei que uma mulher pudesse me deixar com tanta dor de cabeça desta maneira.


— Vou te deixar nessa solidão que você tanto tá curtindo. – respirou fundo – Te cuida, mana! – completou carinhoso.


— Hey! – falei – Não liga pro meu mau humor, tá? Eu te amo, Chris! Você é o irmão que eu não tive.


— Eu sei. – riu – Não ligo quando você dá esses ataques de grosseria. Já te conheço de longa data. Sua sinceridade não me assusta mais. Tchau!


— Tchau!


Desliguei o telefone. Acho que se ele quis fazer eu me sentir melhor, conseguiu. Pelo menos por cinco segundos. Depois, minha cabeça voltou a doer novamente e as lembranças de Maite voltaram ainda mais veementes. Podia sentir o gosto dos lábios dela, o cheiro gostoso que sua pele exalava, o seu corpo quente roçando no meu, desesperado por mais contato... Fiquei molhada, coloquei as mãos por dentro do short e comecei a me tocar pensando nela. Imaginei seus dedos dentro de mim, sua boca deslizando pela minha pele... Meus toques começaram a ficar mais acelerados e eu logo go/zei. Abri os olhos e voltei pra minha realidade: ela não estava ali.


[...]


Segunda-feira...


 Acordei cedo, na verdade, mal consegui pregar os olhos nesses últimos dias. Estava visivelmente abalada com a situação indefinida que ficara entre nós duas. Não conseguia me conformar com aquela rejeição. Precisava de mais tempo, tempo para fazê-la entender o que eu estava sentindo de verdade. Queria que ela visse meus sentimentos, não como o de uma adolescente inconsequente apaixonada, mas sim, o de alguém que a queria mais do que qualquer pessoa já quis um dia. 


Cheguei no colégio antes do horário das aulas, na verdade, faltavam meia hora para começar as aulas naquele dia, sabia que os professores sempre chegavam mais cedo do que nós. Parei defronte à sala dos professores: haviam oito deles na sala tomando café. Maite, que costumava ser uma das primeiras a englobar aquele grupinho dos apressados, não dera o ar da sua graça ainda. Professora Sherlyn me viu parada diante da sala e veio a meu encontro.


— Quer falar com um de nós, querida? – perguntou agradável como sempre. Era uma mulher de aparentemente trinta e sete anos, professora de Português e uma das melhores amigas de Maite desde que a mesma chegara ao colégio.


— Queria falar com a professora Maite. – respondi ansiosa.


— Ela não vem hoje. – falou – Só com ela mesmo? Não posso te ajudar?


— Não, obrigada. – respondi confusa e decepcionada – É só com ela mesmo. Sabe me dizer se aconteceu alguma coisa? Ela não costuma faltar. Sempre chega cedo!


— Bom, o que ela adiantou por telefone é que teve uns problemas em São Paulo e que chegaria hoje de viagem.


— Sei... – passei as mãos pelos cabelos, estava nervosa.


— Aconteceu alguma coisa, Anahí? Não prefere deixar eu mesma tentar te ajudar?


— Obrigada mesmo, Professora Sherlyn, mas é só com ela.


Sherlyn fitou-me um pouco pensativa. Logo senti medo de ter dado muita bandeira com aquela reação tão negativa à falta de Maite naquele dia no colégio.


— A Professora Maite ficou de me emprestar umas apostilas de Matemática para eu estudar, vestibular, entende? – falei tentando fugir das suas suspeitas. Não sabia se Zoraida tinha espalhado aquela fofoca para os professores também.


— Se quiser algumas apostilas de Português, posso conseguir para você. – falou.


— Quero! Quero sim. Obrigada!


Não preciso nem dizer o quanto fiquei frustrada aquele dia, né? Deu vontade de sair correndo, pegar o primeiro avião para São Paulo e vasculhar todos os cantinhos daquele lugar, até achar a casa dessa “ex-sogra” de Maite. Deixa eu sonhar! Tenho esperanças de que um dia ela seja “ex-sogra”. Nossa! Eu ri, um sorriso carregado de tristeza. São pensamentos assim que me fazem pensar no porque dela me achar infantil. Senti raiva por ter apenas dezessete anos.

Terça-feira...


Primeira coisa que fiz quando cheguei na escola, foi ir até a sala dos professores.


— Professora Sherlyn? – chamei.


— Oi?


— Professora Maite vem hoje?


— Já deve estar chegando. – pensou por uns instantes – Falei com ela por telefone sobre as apostilas, ela me pareceu não saber do que se tratava.


— E-ela deve t-ter esqueci-ido! – gaguejei – Tem tempo que falamos dessas apostilas, acho que foi na segunda aula que tive com ela.


— Bom, então acalme-se. Vai pra sala e espera para falar com ela no tempo de aula que ela terá com a sua turma. – falou atenciosa.


— É o que vou fazer, obrigada!


Agonia, essa era a palavra. Passei o tempo inteiro tensa, com vontade de procurar Maite pelo colégio, mas não o fiz. De qualquer forma, queria me preparar para encará-la depois do ocorrido na sala da sua casa. Tinha também as palavras que eu iria dizer. Nossa, eu estava perdida, dividida mesmo. Tinha vontade de vê-la, mas o medo da sua reação ao nosso encontro depois daquele beijo, me deixava deveras insegura. 


Enfim, o último tempo de aula. Maite estava na sala quando entrei. Olhei para ela, cumprimentei-a. Ela disse um “Oi” seco e abaixou os olhos fitando uns papéis que estavam sobre sua mesa. A aula começou e Maite ainda mal me olhava, isso me incomodou. Esperei que terminasse a explicação e se sentasse. Fui até sua mesa.


— É dúvida? – perguntou indiferente.


— É.


— Pode falar, então.


— Não entendi porque está fugindo tanto do meu olhar. – falei baixinho, quase no seu ouvido.


— Perguntei se tinha dúvidas sobre a matéria! – exclamou quase aborrecida.


— Tá fugindo de mim, professora?


— Você está sendo inconveniente, menina! – respondeu olhando para os lados, temendo que os outros alunos prestassem atenção na nossa conversa.


Percebi seu receio. Aproximei meus lábios do seu pescoço.


— Diz que não pensou em mim pelo menos um minuto... – sussurrei no seu ouvido – Me dá uma chance, Maite? Deixa eu dizer o que estou sentindo? – pedi já contaminada de desejo.


— Isso é loucura! – continuou tensa, olhando para os alunos a nossa frente – Você não está sentindo nada, você é uma criança.


— Você precisa me ouvir. – insisti. Afaguei suas costas de leve com meus dedos, seus braços sob a mesa se arrepiaram. A parede atrás dela foi testemunha do meu gesto – Não sou criança. Uma criança não deixaria você tão arrepiada assim. – sorri sarcástica.


— Sente-se na sua cadeira, Anahí! – exclamou enérgica – Espera terminar a aula, fica na sala e a gente conversa. – completou se sentindo acuada.


— Tá bom. – passei novamente os dedos nas suas costas, logo sorri ao ver seus pelos do braço se levantarem novamente. Maite me fuzilou com os olhos.


Fiquei olhando o relógio de cinco em cinco minutos. As horas custavam a passar, eu estava ansiosa, não consegui sequer copiar a matéria que foi lançada no quadro, só ficava olhando Maite explicar... Explicar... Ela me olhava de vez em quando e ficava pensativa, nessas horas parava de falar, como se não soubesse o que estava dizendo. E eu, olhava para ela, com os olhos suplicando por algum fio de esperança.


Enfim a aula terminou. Esperei que todos saíssem, como combinamos. Maite estava tensa, fingia naturalidade, ajeitava os livros e as folhas soltas que estavam na sua mesa. Tentava demonstrar indiferença, evitava cruzar seu olhar no meu. Fiquei parada de frente para ela uns cinco minutos e ela se quer dirigiu seu olhar na minha direção. Fiquei agoniada, o barulho daquela gaveta que ela puxava sem ter nada dentro, perdi as contas de quantas vezes abriu aquela mesma gaveta sem que tivesse nada para pôr ou tirar de dentro dela. Os papéis que ela bagunçava fingindo que os arrumava, os livros que ela abria e fechava como se procurasse algo dentro deles. Isso aguçou ainda mais a minha ansiedade! Já estava sendo difícil estar ali parada diante da mulher que eu sonhei encontrar a vida inteira, só não pensava que seria tão cedo, ignorada por ela, então...


— Vamos conversar ou não? – perguntei quebrando o silêncio.


Maite parou o que estava fazendo. Deu a volta na mesa dela, encostou-se na mesma.


— Não sei o que você pode ter para falar comigo. – continuou fria – A menos que queira alguma ajuda com o vestibular, algumas apostilas, sabe? – completou sarcástica.


— É piada? – perguntei também irônica – Sabe que meu assunto contigo é pessoal. Desde que você chegou nesse colégio...


— Pensa bem no que você vai dizer, Anahí. – me interrompeu.


— Ai, Maite! – falei abraçando-a sem que ela esperasse tal atitude. Apertei-a em meus braços e senti o cheiro bom que vinha dos seus cabelos – Eu quero tanto você! – falei bem pertinho do seu ouvido.


A professora esquivou-se sutilmente do meu abraço.


— Nunca mais faça isso de novo. – falou reprovando a minha atitude – Quero que me respeite, está bem? – completou.


Fiquei muda ouvindo-a falar. Ela conseguiu me intimidar completamente com aquele semblante pesado de reprovação.


— Se você continuar com esse assédio desmedido, vou ter que tomar atitudes drásticas. – retomou as falas, segura nas palavras – Vou pedir transferência deste colégio ou vou deixar de dar aulas para essa turma.


Continuei olhando-a, sem saber como administrar as palavras dela enquanto seu discurso se prolongava.


— Não me importo com a sua preferência sexual. – falou.


— Condição sexual. – a corrigi.


— Que seja! – exclamou indiferente – Só não quero que me inclua nas suas tentativas de conquistas. Sei que é natural alunas se apaixonarem por professores, por professora no seu caso, mas isso passa e ninguém tem que se envolver, entendeu?


— Tá subestimando meus sentimentos, Maite?


— Sei bem o que você está sentindo e é natural na sua idade. Se me dá licença... – pegou a bolsa e iria sair quando segurei seu braço impedindo sua dispersão. Puxei-a com áspera força, nossos lábios quase se tocaram.


— Eu te amo, Maite. – falei – Guardei essa frase pra você. – completei.


Ela me olhou como se não tivesse entendido uma só palavra. E então eu continuei:


— Nunca disse isso para ninguém na minha vida porque só eu sei o que está dentro de mim, e não é você, com esse seu discurso puritano que vai mudar o que eu sei que sinto. – soltei-lhe o braço e saí da sala antes dela.



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Autor(a): H. Brownie

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Eu queria ficar sozinha naquele momento, sempre faço isso quando tenho algum problema ou quando estou triste. Hoje, queria ficar sozinha pelos dois motivos. Meu problema era amar... Minha tristeza era amar... Pensei que o amor fosse bom, mas desde que me deparei com ele, percebo que está sendo doloroso e mortal... Deu vontade de me jogar na frente do primeiro & ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 49



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  • mittensbabe Postado em 03/09/2024 - 23:16:27

    Caraca, eu totalmente esqueci que tinha feito essa conta, tanto que nem lembro como se entra

  • furacao_maite Postado em 26/02/2015 - 00:03:10

    escreve a versão da Maite *-*

  • vondy.siempre.com Postado em 22/02/2015 - 00:13:48

    Perfeitaaaaaaaa essa Fanfic... Por favor não pare de escrever Fanfics Portirroni

  • david_uckermann Postado em 17/02/2015 - 19:09:48

    aiinwt acabou a fanfic nao acretido :o :( vou morrer de saudades quer saber vou ler td de nv :D essa fanfic eh a mais incrivel de todas <3 <3

  • furacao_maite Postado em 17/02/2015 - 18:51:15

    Eu que agradeço em ter dado a oportunidade de conhecer essa fic tão linda!!

  • furacao_maite Postado em 17/02/2015 - 18:36:33

    amei demais!!!!

  • david_uckermann Postado em 17/02/2015 - 13:50:46

    eu amo essa fanfic mais que chocolate mais que td continua ja to com saudades :p

  • david_uckermann Postado em 16/02/2015 - 23:17:24

    to viciada nessa fanfic :p posta mais mais :v

  • david_uckermann Postado em 16/02/2015 - 20:54:35

    tadinha da anny </3 :( '-' may n tem que casar cm akele homi -_-

  • david_uckermann Postado em 16/02/2015 - 20:32:07

    essa fanfic tah superrrr perfeita -_- nossa maite do mal kk :v


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