Fanfics Brasil - Parte 1 - Capítulo 1 Paixão e Crueldade ( romance+ Hot) Adaptada

Fanfic: Paixão e Crueldade ( romance+ Hot) Adaptada | Tema: Vondy -


Capítulo: Parte 1 - Capítulo 1

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"Não existe nobreza sem generosidade, assim como não existe sede de vingança sem vulgaridade." (Joseph Roth)

 

 

 

Candy PDV

 

Assim que entrei no colégio Democracy, fui direto para o corredor principal, onde ficavam os armários e que levava à sala do diretor. Alguns alunos que não estavam envolvidos no tumulto que ocorria no estacionamento me seguiram. Eram como cães rastreando a desgraça. 

Assim que cheguei ao corredor, fui notada pelo restante dos alunos. O local estava apinhado de curiosos ansiando pelo desfecho da história mais suja que aquele colégio já viu.

 

 

Pink – Trouble

 

 

Já não tendo mais nada a perder, enfiei uma mão dentro da minha bolsa. Entre livros de Shakespeare e uma pequena garrafa de gin, achei meus cigarros.

 

Acendi um cigarro e dei uma boa tragada esperando que nicotina acalmasse meus nervos. Após a segunda tragada, dei os primeiros passos.

 

Todos ficaram em silêncio, por isso só conseguia ouvir a gritaria que vinha lá de fora e o som do salto dos meus sapatos no piso. Dezenas de olhos acompanhavam cada movimento meu, e não era porque eu estava com o uniforme totalmente bagunçado, mostrando minhas pernas e barriga, e sim porque tinham visto o meu vídeo. Um vídeo que estremeceu os alicerces do tradicional colégio.

 

Não me deixei intimidar pelas expressões de repulsa, ou pela admiração muda de alguns. O vídeo não era só um insulto à instituição, era uma vingança bem realizada e incrivelmente prazerosa. Por isso, era impossível não sorrir com a minha alma mergulhada na satisfação mórbida de uma conquista infame.

 

Conforme ia me aproximando da sala do diretor os murmúrios começaram a surgir em minhas costas. Palavras desconexas, mas com a finalidade de denegrir minha imagem. Tentativas inúteis de tolos incompetentes... Eu mesma já tinha feito isso.

 

No final do corredor, dei uma última tragada no cigarro e o joguei no chão.

 

- VAGABUNDA! - O xingamento ecoou.

 

Não me importei com a ofensa anônima, pois era apenas o pensamento coletivo de pessoas que desconheciam totalmente a minha história.

 

Com um sorriso irônico nos lábios, virei-me e os encarei. Suas expectativas de me verem abalada foram frustradas pelo beijo presunçoso que lhes lancei. Ri do alvoroço que eu mesma causei enquanto girava a maçaneta da sala do diretor. Meu coração oscilou por um segundo, mas fui em frente.

 

Assim que entrei no local, avistei Christopher sentado em uma das poltronas, cabisbaixo. Havia sangue em seu uniforme e seu rosto era um festival de hematomas. O filhinho do governador, o presidente do grêmio estudantil cuja reputação era polida com notas altas e atividades extracurriculares agora se via como um delinquente qualquer. O homem que era considerado um exemplo de caráter não o tinha nem mesmo para erguer a cabeça.

 

A seu lado estava Tânia, sua namoradinha. A miserável se debulhava em lágrimas, em um lamento ridículo e fingido. Ela era considerada símbolo de perfeição feminina, mas não passava de uma vadia ostentada pelo dinheiro e reputação do Uckermann.

 

Por último, Alfonso, o melhor amigo do casal, ficou sentado longe de todos, escondendo o rosto atrás de um saco de gelo.

 

- Moça, sente-se! - O diretor Weber falou com uma autoridade que já nem tinha. O homem suava, visivelmente atormentado pelo medo de não conseguir controlar a situação.

 

- Como queira. - Sentei ao lado de Christopher e cruzei as pernas já sabendo o que estava por vir.

 

O diretor me encarou cheio de ódio e suas mãos tremeram quando virou o monitor do computador em minha direção.

 

- Quem colocou isso aqui? - Pelo tom de voz, ele planejava me expulsar até do Mundo.

 

Inclinei-me um pouco e dei uma boa olhada na página principal do site do Democracy. Eles ainda não tinham conseguido tirar o site do ar, então os alunos continuavam a ter acesso ao vídeo.

 

 

- Meu chapa, não faço a menor ideia. - Respondi com indiferença.

 

Pela minha visão periférica, vi Christopher passar desesperadamente as mãos pelos cabelos, quase os arrancando. Era uma ceninha hilária que me despertou um sorriso.

 

Nossa história até seria cômica, se não fosse trágica...

 

 

 

 

 

3 SEMANAS ANTES...

 

 

Dulce PDV

 

Eu estava tendo um daqueles sonhos que você tem consciência de que é apenas um sonho, mas não consegue acordar.

 

Me via de pé, na porta do refeitório do colégio Democracy, e avistei uma garotinha com cerca de 11 anos, sentada no chão em um canto de parede. Vários garotos da idade dela a circundavam, rindo e debochando. Não entendia muito bem o que falavam, por isso me aproximei devagar.

 

Era impossível tirar os olhos da garota, ela estava tão assustada escondendo o rosto com as mãos. Eu precisava protegê-la, necessitava afastá-la daqueles moleques insensíveis. Passei por entre os adolescentes e me coloquei entre eles e a garota.

 

- Parem! - Pedi e as risadas continuaram. - Parem! - Falei mais alto.

 

- Dulce duas caras! Dulce duas caras! - Um garoto de cabelos acobreados e olhos verdes incitou os outros adolescentes. - Dulce duas caras! - Todos o acompanharam em coro.

 

- PAREM! - Gritei magoada.

 

- Dulce duas caras! - O garoto sorriu torto.

 

De repente, o silêncio pairou no lugar. Inquieta, me aproximei da garotinha que tremia e soluçava.

 

- Tudo bem. - Fiquei de joelhos e afaguei-lhe os cabelos.

 

Ela lentamente ergueu a cabeça e por trás de algumas mexas de cabelo notei que metade de seu rosto era deformado. Não consegui reagir, mas senti que algumas lágrimas escorriam por minha face. A menina ergueu a mão trêmula e tocou minha bochecha. Assustada, coloquei as mãos no rosto e senti minha pele áspera e igualmente deformada.

 

- NÃÃÃÃOOOOOOOOOOO! - Gritei tomada pelo desespero.

 

O grito ecoou pelo quarto escuro. Aflita, sobressaltei quase caindo da cama ao levantar. Corri até o banheiro em busca do espelho. Diante da pia, paralisei ainda em choque. Mesmo a minha face estando perfeita como fora nos últimos oito meses, meu coração batia em um ritmo acelerado. Toquei o espelho verificando se era real e, ao sentir o vidro gelado, pude respirar aliviada.

 

Eu fui prisioneira de minha aparência por quase toda a minha vida. Quando eu tinha 6 anos minha antiga casa pegou fogo e fiquei presa dentro dela. Os bombeiros me salvaram enquanto eu ainda queimava. Ninguém achou que eu sobreviveria às queimaduras de terceiro grau, mas eu sobrevivi. Infelizmente, tive que carregar comigo as marcas da dor. Quase todo o lado esquerdo do meu corpo ficou deformado pelas cicatrizes; o mesmo aconteceu com a minha bochecha, queixo e pescoço. Por muito tempo desejei ter morrido no incêndio, pois conviver com aquelas cicatrizes foi um inferno.

 

Meus pais sofreram junto comigo, mas não conseguiam aceitar que eu não podia ter uma vida normal, então tentaram me criar como uma criança igual a qualquer outra, ou seja, me enviaram para o pior lugar possível: a escola.

 

Durante muitos anos frequentei o Democracy, um dos colégios particulares mais prestigiados de Los Angeles. Obviamente, virei o centro das atenções assim que coloquei os pés lá, afinal, para eles, eu era uma aberração. Por cinco longos anos fui motivo de cruéis brincadeiras. A maioria delas lideradas por um garoto chamado Christopher Uckermann. Ao completarmos 13 anos, Christopher parou de implicar comigo e eu deixei de ser “a atração de circo” para me tornar alguém quase invisível. Ninguém falava ou olhava para mim, as pessoas tinham medo, porque não entendiam o que se passava comigo. Alguns até achavam que as marcas no meu corpo eram contagiosas.

 

Quando eu tinha 15 anos, Christopher voltou a me procurar, só que as lembranças dessa noite eram tão intensamente dolorosas que minha mente automaticamente as bloqueava.

 

Após tantos anos de abusos, e negligências por parte dos professores, me senti sendo dividida ao meio. Meu superego diminuía, enquanto uma parte de mim, egoísta e sem princípios, que se auto-intitulava Candy começava a se sobressair. Era essa mesma parte que me mantinha viva, pois quando ela assumia o controle eu virava uma mera expectadora e não tinha que lidar com a realidade.

 

Por sorte, quando eu estava prestes a completar 18 anos, meus pais me levaram para a Rússia onde fiquei meses em um clínica sendo voluntária em um tratamento revolucionário com células-tronco, injeções de silicone e exposições a raios laser. O tratamento era polêmico, não aceito na comunidade médica e nem sempre tinha os resultados desejados. A princípio, achei que não daria certo, pois era muito doloroso, só que aos poucos os resultados de anos de pesquisas surgiram em minha pele. Contrariando as expectativas dos médicos, minhas cicatrizes sumiram completamente e fiquei simplesmente perfeita.

 

Agora que eu não era mais um monstro, almejava ter tudo aquilo de que um dia fui privada. Não queria mais ser a “Dulce duas caras”, estava determinada a ser a mulher linda, ousada e divertida que sempre fui por dentro, mas o mundo nunca viu.

 

O dia estava amanhecendo e meu retorno ao Democracy seria em grande estilo. O meu único motivo para voltar àquele lugar que me causou tanto sofrimento era Christopher, pois Candy estava pronta para fazê-lo pagar por todos os seus crimes.


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Autor(a): Ally★

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 179



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  • livinha Postado em 19/04/2015 - 00:27:53

    Nossa adoreii!!!passei odia td lendo ela ate o final pq nao me aguentava d cuiosidade e vc esta d parabens espera q vc possa posta mais pq vc e uma otima escritora e sempre q puder me fala qual e a proxima pq adoraria ir la ler ela tbm ta bjs e pod ter certza q vo fala pra tdd meus amigos ler ta bjs e adooooreiii

  • WannaPlay_Vondy Postado em 03/04/2015 - 01:03:50

    EU AMEEEII Essa web e por favor faz uma Segunda temporada

  • candy_telles Postado em 21/02/2015 - 14:03:05

    2°temporada!Que bom, amei essa novidade!

  • robertapardodulcesavinon Postado em 20/02/2015 - 15:54:01

    2ºTeporada AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH COMECE!

  • liviasigoli Postado em 19/02/2015 - 23:16:35

    OMG *---* Eu acho ótimo uma segunda temporada ...POR FAVOR !!

  • tataa_vondy Postado em 19/02/2015 - 20:33:27

    AAAAAAI meu deus segunda temporada siiiim siim por favor Kath *-----*

  • vondyfforever Postado em 19/02/2015 - 18:55:06

    Maaaas e clarooo que eu querooo uma 2 teeemporadaaaa! Pra ontem kkkkkk postaaaaaaa

  • robertapardodulcesavinon Postado em 09/02/2015 - 20:29:15

    NÃOOOOOOOO...NÃO ACABOUUUUUUUUUUUUUU.PRA MIM NÃO ACABOUUUUUUUUUUUUU...QUERO MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS...FOI PERFAAAAAAAAAAAAAAAAAAA...TE AMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO...QUANDO TIVER OUTRA QUERO LE DE NOVO MORE!!

  • paulayabuki Postado em 27/01/2015 - 20:16:28

    Amei essa web, acho uma pena, que não teve muitos comentários para ficar nos tops. Ela merece. O enredo, a narrativa, o desempenho da autora de explicação, a fim de que todos entendam o que se passa com a menina. Sei que ela se trata de uma adaptação aqui, mas, tanto a autora original quanto a pessoa que postou aqui, merecia esse reconhecimento. Parabéns

  • luaahuckermann_4326 Postado em 27/01/2015 - 09:55:30

    Huum Amei o Final Da FIC , Ficou Ótima De Mais <3 Lindro Esse Momento Final =)


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