Fanfic: Uma nova vida. | Tema: Portiñon (Anahí e Dulce) e Herroni (Maite e Poncho)

Anahí Narrando.

Vê-lo sorrindo me fazia sorrir, vê-lo chorar me dava uma vontade enorme de chorar e estrangular o causador de suas lágrimas, até mesmo quando eu sou a causadora de suas lágrimas, nunca tinha sentido tal sentimento, um sentimento tão profundo e intenso que não sentia nem mesmo pelos meus pais, aquele garoto era a razão da minha vida.

– Mamãe o que você está pensando? – Lucca meu filho despertou-me de meus pensamentos, ele estava na cadeirinha do carro na parte de trás brincando com um de seus bonecos.

– Estou pensando em o quanto o meu filho é lindo e como vamos ser felizes na casa nova. – disse mirando-o pelo retrovisor.

– Na casa nova eu vou ter um quarto só pra mim? – indagou meio receoso, vê-lo assim apenas por perguntar de um quarto me partia o coração, desde quando Lucca nasceu nós dividíamos um pequeno quarto na casa de minha tia Brentta, nós fomos mandados para morar lá com minha “malvada tia Brentta” quando foi anunciado que estava grávida aos dezessete anos com um noivo morto, claro se Lucas estivesse comigo ele não deixaria me levarem para tão longe.

– Claro que você vai ter meu amor. – nem que eu tivesse que dormir na sala o Lucca teria um quarto só pra ele, mas duvido que ele me deixe dormir em um sofá, ele desde muito novo sempre foi muito protetor comigo.

– Eu amo você mamãe. – disse deixando-me emocionada, o amor dele me deixava muito completa, ele me completava.

***

A casa continuava a mesma, desde que fui mandada para casa da tia Brentta nada havia mudado, meu pai morreu há dois anos, e minha mãe morreu a pouco mais de dois meses e me sinto uma pessoa horrível por não sentir nenhum sentimento triste, era horrível não sentir nada em relação a morte de meus pais, eles deixaram essa casa para mim, pois eu era a única “herdeira” deles, assim que entrei no antigo quarto dos meus pais que determinei que seria de Lucca tinha uma carta no criado mudo perto da cama, corri para pega-la e abri-la.

“Querida Anahí, se você está lendo essa carta é porque provavelmente porque já não estou mais nesse plano espiritual, foi um pedido meu para que sua tia Brentta lhe entregue esta carta depois que já não esteja mais em vida, não conseguiria encarar o seu desprezo, pois já sofri por anos por tudo o que eu fiz com você, deixo-lhe está casa para que relembre os momentos bons que tivemos aqui, sei que os momentos ruins são bem maiores que os bons momentos que tivemos aqui,sei também que eu e seu pai erramos muito em manda-la para longe de nós no momento que você mais precisou de nós,mas eu sabia que sua tia cuidaria muito bem de você e do seu filho, apesar de ela ser muito rígida, não sabe o quanto me sinto culpada por afastar você de nós, Brentta contou-me que você é uma ótima mãe, me orgulho muito disso, você será a mãe que eu nunca consegui ser para você, saiba que apesar de tudo sempre amei você e até mesmo o meu neto Lucca que infelizmente não pude conviver, não quero culpar o seu pai, mais saiba que sempre tive vontade de conhecê-lo e dar todo o amor do mundo, espero que me perdoe e aproveite sua nova vida, em sua velha casa nova, eu te amo,peço que não guarde magoas de ninguém, afinal magoa não leva a nada, beijos de sua mãe”

Meus olhos ardiam, e sentia uma enorme vontade de chorar, ela me amava e amava o meu filho, porque eu não estava nos seus últimos dias de vida? Se eu tivesse deixado meu orgulho idiota de lado e tentasse ao menos perdoar a minha própria mãe, mas não, resolvi ser uma cabeça dura.

– Mamãe porque você está chorando? – Lucca perguntou ao entrar no quarto, rapidamente enxuguei minhas lágrimas.

–Estou chorando de emoção meu amor, estou muito feliz com a nossa vida nova, a partir de hoje vai ser tudo diferente, é uma vida nova meu amor! – exclamei animada.

– Eu te amo mamãe. – Lucca disse sorrindo e abraçou-me, senti um aconchego dentro do meu peito que eu só sentia quando ele me abraçava, mas era um novo sentimento era aconchego mesclado com alegria, muita alegria.

***

Demorou apenas um dia para instalar-me na casa nova, afinal não tinha quase nada, as poucas roupas e os poucos brinquedos de Lucca ocuparam-me apenas uma hora, minhas roupas nem meia hora, ou seja, não tínhamos quase nada, se não fosse os móveis que minha mãe havia deixado pra mim com certeza teríamos que dormir no chão, depois de arrumar toda a casa tinha ido procurar uma escolhinha para Lucca, senti um aperto enorme no meu coração quando assinei o contrato escolar, eu não queria deixa-lo, mas eu precisava se eu não conseguisse um emprego eu não poderia manter a nossa nova vida, nos dois dias que eu tinha ficado aqui nem sinal da família Saviñon, e eu dei Graças a Deus por isso, talvez eles tivessem se mudado, eu não queria que eles conhecessem o Lucca, não queria que eles tivessem contato nenhum com o meu filho.

– Você pode começar amanha mesmo. – O rapaz que tinha acabado de entrevistar-me disse sorrindo, senti um alivio enorme, afinal eu precisava muito desse emprego, não era o melhor emprego do mundo, mas era alguma coisa, eu seria uma vendedora em uma loja de roupas de departamento, eu estava feliz, muito feliz.

– Obrigada, amanha estarei aqui. – disse sorrindo, assim que pôs os pés fora da tal loja vi Blanca Saviñon, consegui esconder-me rapidamente, Graças a Deus ela não me viu, eu tinha plena consciência que eu não poderia me esconder dela para sempre, afinal ela era minha vizinha de frente, desapontei-me ao vê-la, pois tinha um pingo de esperança que a família Saviñon tivesse mudado de bairro, cidade ou país, porém essa não era a verdade, eles ainda se encontravam aqui na pequena cidade de Monterrey, um dia eu teria que encara-los.

MaraLopes: Um capitulo aí para você querida,vê se fica vivinha e acompanhando aqui, beijos ;*