Fanfic: Uma nova vida. | Tema: Portiñon (Anahí e Dulce) e Herroni (Maite e Poncho)

Maite Narrando.

O apartamento que o Srº Javier tinha escolhido para mim era um verdadeiro sonho, eu ainda não estava acreditando que tinha ganhado algo daquela família, afinal nem nas festas de Natal eu tinha ganhado um se quer presente, nem participar da ceia eles deixavam que eu participasse, a Srª Rosa sempre dizia que eu não era digna de sentar-me na mesa com o seu marido e seus filhos, dizia que eu era suja que nem a minha mãe, e que tinha puxado toda a sua feiura também, eu nunca se quer tinha visto a minha mãe, ela morreu no dia do meu parto e sem nenhuma explicação o Pastor Javier e sua esposa Rosa resolveram criar-me, porém nunca trataram-me com carinho e amor como uma família devia fazer, a Srª Rosa toda oportunidade que tinha surrava-me, e o Pastor Javier sempre fingia que não via, os filhos deles um casal de gêmeos da minha idade sempre fizeram questão de tratar-me como um lixo, Gabriela a menina linda e invejada por todos era um verdadeiro diabo na terra, e Marcus era o bonitinho que sempre fazia questão de fazer que eu me sentisse suja, por ironia do destino fazíamos aniversário no mesmo dia, e quando fizemos doze anos, eles ganharam brinquedos da congregação e bicicleta de seus pais, enquanto eu tive que contentar-me com o resto de bolo que o Srº Javier trouxe para mim, quando completamos quinze anos a Gabriela teve uma festa de debutante enorme, onde todos da cidade foram convidados menos eu é claro, e no ano seguinte eles foram mandados para estudar em outra cidade com a madrinha deles que tinham condições financeiras muito boas, eu agradecia aos céus, afinal não teria os dois me perturbando e  humilhando-me sempre que tinham brecha, bastava a Srª Rosa, eles só apareciam no Natal e mal falavam comigo, no Natal do ano passado Marcus pela primeira vez na vida direcionou uma palavra a mim sem ser de deboche e arrogância, ele simplesmente disse: “Feliz Natal Mai, você está muito bonita”, claro que aquilo surpreendeu-me muito afinal ele nunca foi gentil comigo, no meu aniversário de dezoito anos a Srª Rosa simplesmente disse que eu não poderia continuar em sua casa, mas o Srº Javier presenteou-me com um apartamento em outra cidade, o que causou praticamente uma terceira guerra mundial naquela noite, no dia seguinte eu já estava a caminho da minha nova vida, e aqui estou eu, no meu novo apartamento, com dois mil reais que ele tinha me presenteado também, e com minha mais novíssima carteira de trabalho que já estava preenchida, sim o Srº Javier também tinha conseguido um emprego para mim, eu trabalharia na igreja do Pastor Luis, eu não tinha boas lembranças em igreja mas era o único trabalho que restava-me, afinal se conciliava perfeitamente com o horário da minha faculdade.

– Olha a nossa nova vizinha.  – Me virei para a porta e a mesma estava aberta e um homem me observava, era incrivelmente lindo e com os olhos perfeitamente verdes, seu corpo era todo tatuado e musculoso, parecia aquelas estrela de rock que faziam as garotas babarem, ele usava uma camiseta do Nirvana, então com certeza ele era rockeiro, eu não tinha conhecimento de muitas bandas, mas uma vez na reunião de jovens a Srª Rosa citou algumas bandas que eram consideradas “satânicas”, eu com certeza estava o olhando como uma idiota. – Quem é você? – eu não disse absolutamente nada, eu não era uma profissional em falar com garotos, eu na verdade não tinha experiência em falar com absolutamente ninguém. – Não vai me dizer quem é você? Bom, eu sou o Poncho.

– Poncho? – indaguei confusa, Poncho não era um nome e sim um apelido,certo?.

– Alfonso na verdade, Alfonso Herrera, mas pode me chamar de Poncho se você quiser. – sorri assentindo. – E você não vai me dizer o seu mesmo? – arqueou uma sobrancelha e isso era simplesmente... Sexy.

– Mai. De Maite. Maite Perroni. – disse pausadamente e atrapalhada, eu era um desastre.

– Vamos Poncho. – o amigo que estava no andar de cima o gritou.

– Foi um prazer conhecer você Mai de Maite Perroni, sou o seu vizinho de cima, nos vemos por ai. – disse sorrindo e se foi, fechei a porta para que um outro encontro constrangedor como este não ocorresse mais, eu agi como uma idiota na frente de um dos garotos mais lindo do universo e agora ele devia está achando que eu era uma louca.

– Uma louca mal vestida. – disse para mim mesma, assim que olhei para o meu corpo, eu estava vestindo uma calça moletom e uma blusa de um dos encontros da igreja que era excessivamente grande, estava parecendo aqueles bonecos de posto infláveis. – Preciso comprar roupas novas. – eu tinha um destino para aqueles dois mil reais, compraria comida, algumas coisas para a casa nova e oraria para sobrar alguma coisa para comprar algumas roupas para mim.

Depois de algumas horas na rua, comprando coisas para casa nova e algumas peças de roupas que consegui comprar e ainda sobrou um pouco de dinheiro, as coisas em Monterrey eram muito baratas, talvez por isso o Srº Javier tenha me mandado para cá, comprei três shorts, cinco blusas, uma calça jeans, um par de tênis   e um par de salto alto, durante a adolescência sempre vi Gabriela usar saltos altos e eu sempre quis usar um também, enfim deitei em minha cama e esperava uma boa noite de sono, afinal eu precisava de uma boa noite de sono, a primeira vez na minha vida eu teria uma cama confortável e limpa para eu dormir, mas não foi isso que aconteceu, parece que os vizinhos de cima estavam comemorando algo, o som era forte e parecia que toda a minha casa tremia, eu não iria incomoda-los pois era um dia de diversão e comemoração para eles e eu não queria estragar isso, liguei a pequena tv que tinha no meu quarto e fiquei esperando que aquele estrondoso som passasse, confesso que fiquei tentada em ir lá em cima e pedir por favor que eles abaixassem o volume da música, mas eu sabia que a casa de cima era de Alfonso e não queria parecer uma louca em sua frente de novo, na sua frente e na de todos os seus amigos, eu não iria prestar-me a esse papel, depois de quase sete horas, sete longas horas a festa acabou por volta de umas cinco horas da manha, como é que nenhum vizinho reclamou disso? Eu era a única pessoa chata naquele prédio? Quando deu duas horas da manha eu já estava acreditando que alguém tinha chamado a policia mas isso não aconteceu e a festa rolou sem nenhuma interrupção, eu não poderia dar-me ao luxo de dormir até tarde e compensar a noite que passei em claro, pois eu tinha que chegar cedo na faculdade, hoje seria o meu primeiro dia e por um lado estava ansiosa mas por outro estava com medo, e se as outras pessoas me acharem má , repugnante e feia assim como a Srª Rosa falava-me? E depois ainda tinha o meu primeiro dia no trabalho e estava um pouco nervosa com isso também, eu não tinha boas recordações em igrejas.

Meninas desculpem a demora, é que infelizmente fiquei (e ainda estou) sem internet, comentem, beijos. 

E as meninas que comentaram, obrigada e continuem comentando, besitos <3