Fanfic: Uma nova vida. | Tema: Portiñon (Anahí e Dulce) e Herroni (Maite e Poncho)

Anahí Narrando.

O meu primeiro dia no meu emprego novo tinha sido melhor que eu esperava, conheci pessoas realmente legais e consegui bater as metas daquele dia, busquei Lucca na escolinha assim que sai de meu emprego, chegamos em casa por volta das seis depois de passarmos em um supermercado, Lucca nunca havia feito uma compra onde ele mesmo pudesse escolher o que ele queria, pois quem sempre fazia compras para a antiga casa que morávamos era a tia Brentta, ele escolheu muitas guloseimas e eu claro deixei, eu não o privaria de nada, para uma criança de cinco anos ele já havia se privado de tantas coisas e eu não queria que meu filho crescesse assim, eu queria que ele fosse uma criança feliz, uma criança amada e muito feliz.

–Porque você não fica sentadinho ali no sofá vendo televisão enquanto a mamãe guarda as compras? – ele assentiu e fez o que eu lhe pedi, depois de terminar de arrumar tudo avisei a Lucca que iria no banheiro e perguntei se estava tudo bem com ele, afinal ele estava com uma carinha tristonha desde que tinha o buscado na escolhinha, o único sorriso que havia dado era quando tínhamos comprado suas guloseimas, ele era um menino sempre brincalhão, assim que sai do banheiro escutei a voz de Lucca, ele não era acostumado a falar sozinho, porque estava fazendo isso? Com quem ele estava falando?

– Minha mãe disse pra eu não falar com estranhos. – houve uma pausa. – Mas agora ela está fazendo xixi, você é bonita, mas eu não posso falar com você, você é uma bonita estranha, uma estranha bonita, eu queria falar com você.

– Mas a sua mamãe não deixa, não é? Sua mamãe faz muito bem, não se pode falar com estranhos, é realmente muito perigoso. – Aquela voz, eu tinha quase certeza que eu conhecia aquela voz.

Apertei meus passos e cheguei rapidamente na porta, Lucca me olhou confuso e assustado, ele sabia que eu estava brava, eu já tinha o explicado milhões de vezes o quanto era perigoso falar com estranhos, porque então ele abriu a porta para um estranho? Nós teríamos uma conversa muito séria.

– Posso ajudar? – perguntei sem prestar muito atenção quem estava na porta, afinal ainda estava dando o meu olhar de advertência para Lucca, e confesso que tinha um pouco de receio em olhar, mas assim que pôs os meus olhos na mulher que estava na minha frente rapidamente cambaleei, meus olhos só podiam está me enganando, o que ela queria comigo? Porque ela estava aqui? – O que faz aqui? – Com toda certeza do mundo eu havia gaguejado, afinal eu estava nervosa, o que ela queria comigo? Depois de tanto tempo.

– Você conhece ela mamãe? – Lucca perguntou intrigado, olhei rapidamente para aquela mulher que me trazia más recordações e agachei-me em frente à Lucca, seu olhar continuava confuso, eu não podia vomitar as informações de quem era aquela mulher naquele momento, tinha que haver um momento mais oportuno, dependendo desta conversa com Dulce eu não precisaria contar nada ao meu filho.

– Eu conheço sim meu amor, porque você não sobe e deixa-me conversar com a minha amiga? – ele pareceu hesitar um pouco, mas dei um “joinha” dizendo que estava tudo realmente bem, ele então assentiu e subiu as escadas.

– Vejo que você casou, e formou uma família. – suspirei para manter a calma, e levantei-me.

– O que você faz aqui Dulce? – indaguei ríspida.

– Queria certificar-me que os novos vizinhos de meus pais não são uns sequelados, mas vendo que é você e sua família não tenho porque me preocupar. – um silêncio constrangedor formou-se no ar, eu não tinha nada o que dizer para ela, eu não saberia mal formular uma frase, um nó doente se formava em meu estomago, estava com vontade de vomitar. – Fico feliz que você tenha voltado todos nós sentimos muito a sua falta.

O nó estava cada vez ficando mais apertado e minha vontade de vomitar aumentava ainda mais, meus olhos agora lacrimejavam, porque ela estava dizendo isso se mal se preocupou com o sobrinho? Eu havia mandado cartas desde o primeiro mês de gravidez de Lucca e não havia recebido nenhuma resposta e agora ela simplesmente diz que está feliz em me ver, e feliz que eu tenha formado uma família, Lucca era minha única família, eu sempre o criei sozinha, nunca precisei de ninguém, eu não tinha formado uma família convencional, onde um pai e uma mãe cria o seu filho com muito amor, eu formei uma família que eu dava o amor de dois para o meu filho, não que eu estivesse reclamando, o Lucca foi um presente de Deus na minha vida, uma pedaço de Lucas que havia ficado em mim, mais era muita hipocrisia ela aparecer em minha casa e ficar feliz por eu ter “me casado” e formado uma família, o nó doente do meu estomago estava ao ponto de desatar.

Meninas comentem, ok? Besitos de brigaderroni <3