Fanfic: Uma nova vida. | Tema: Portiñon (Anahí e Dulce) e Herroni (Maite e Poncho)

Maite Narrando.

Eu nunca havia andado em uma motocicleta antes, estava morrendo de medo de montar naquela moto, poderia acontecer diversas formas de acidentes pelo aquele meio de transporte, o meu estomago estava embrulhado.

– Eu acho que não estou tão atrasada assim. – disse um pouco nervosa, Poncho me deixava nervosa, a sua beleza radiante me deixava nervosa, o seu corpo escultural me deixava nervosa, o seus lindos olhos verdes me deixavam nervosa, e a sua motocicleta me deixava ainda mais nervosa.

– Você está com medo da minha moto? – ele arqueou uma sobrancelha, hesitei em responder. – Ah Mai você não precisa ficar com medo da minha moto, eu sou um ótimo motorista, prometo que não vai acontecer nada com a gente.

– Promete? – mordi o lábio inferior.

– Eu prometo. – disse firme e me passou muita segurança.

***

Uma segurança passageira, depois que Alfonso colocou o capacete em mim e poucos segundos depois eu já estava na moto, o meu estomago voltou a embrulhar novamente, fechei os olhos, o agarrei firme e afundei meu rosto em suas costas, aquilo acalmou meu coração, ter um contato tão direto com Alfonso me fazia sentir estranha, não um estranho ruim, um estranho bom, pode até parecer ser bobagem mais eu queria que aquele tempo passasse bastante devagar mas isso não aconteceu, poucos minutos depois eu já estava no estacionamento do meu novo trabalho, aqui não parecia como a igreja do Pastor Javier, era bastante cheia de vida.

– Obrigada pela carona Poncho. – disse enquanto ele me ajudava com o capacete. – Você foi muito gentil em me trazer aqui.

– Fui gentil? – mirou-me desacreditado, e eu assenti. – Sempre que você precisar pode contar comigo, afinal somos amigos não é?

Eu nunca tive amigos antes, e a ideia de ter um amigo enchia o meu coração com um sentimento estranho, um sentimento bom.

– Claro, nós somos amigos. – sorri e beijei sua face. – Depois nos vemos Poncho. – me virei para entrar na igreja, mas parei ao ouvir Poncho chamar o meu nome. – Oi?

– Boa sorte no seu emprego. – lançou um meio sorriso, se ele não tivesse acabado de dizer que éramos amigos, eu poderia acreditar que Poncho estava me paquerando, mais que idiotice Mai, você não é bonita e boa suficiente para Alfonso.

– Obrigada. – ele ligou sua moto e eu o assisti sair do estacionamento da igreja e sorri satisfeita, estava vivendo uma vida nova, e tinha ganhado um amigo, eu estava muito feliz, muito feliz mesmo, entrei na igreja e tinha um homem de costas para mim.

– Pastor Luis? – mordi o lábio inferior, confesso que estava nervosa, muito nervosa com o meu primeiro emprego, de repente o homem virou e não me deparei com o Pastor Luis e sim com Marcus, mas o que o Marcus está fazendo aqui? – Marcus?

De repente toda a alegria que eu estava sentindo desde que eu tinha chegado à cidade se tornou frustração, o que aquele garoto estava fazendo aqui? Porque eu não podia ser feliz completamente na minha vida? Que droga!

– Mai. – ele sorriu para mim, porque ele estava sorrindo para mim? Será que ele estava tão feliz em acabar com a minha felicidade?

– O que você faz aqui? – perguntei ainda meio anestesiada.

– Vejo que não está feliz em me ver.

Claro! Claro que eu não estava feliz em vê-lo, eu não queria ver Marcus e ninguém da sua família, eu queria que eles ficassem bem longe de mim.

– O que faz aqui Marcus? – indaguei novamente.

– Eu moro aqui Maite, eu e a Gabriela moramos aqui.

A minha frustração foi evidente, Pastor Luis logo apareceu e ai sim compreendi que Pastor Luis é casado com a madrinha rica de Gabriela e Marcus, minha vontade era pedir demissão, mas eu não podia, eu não iria ter dinheiro para me manter, O Sr Luis pediu para que Marcus me ensinasse meu trabalho, todo o tempo ele tentava puxar assunto, perguntou se eu estava gostando da cidade, mas eu só respondia apenas o necessário, logo depois que me ensinou o trabalho Marcus foi embora, no escritório do Pastor eu atenderia telefonemas, e o ajudaria com toda a parte burocrática da igreja, fiquei a tarde toda organizando papéis, o Pastor Luis era um amor, teve toda paciência comigo, por volta das oito horas peguei minhas coisas, despedi-me do Pastor Luis e fui embora, o caminho até a minha casa foi longo, a verdade é que eu poderia muito bem pegar um ônibus e chegar mais perto de casa, mais preferi ir andando, eu precisava espairecer, eu achei que tinha me livrado daquela família mas eles estavam mais perto de mim do que eu pensava, eu não queria nem imaginar quando eu encontrasse com Gabriela, eu estava me sentindo tão confiante e feliz, mas eu sabia que ela acabaria com minha auto estima, ela sempre fazia isso, parei em uma lanchonete, estava realmente com fome, e cansada demais para preparar algo para mim, fiquei naquele local até a garçonete vim informar-me que o lugar já estava fechando, então estava um pouco tarde, paguei a minha conta e em poucos minutos já estava na frente do meu prédio, ao subir as escadas escutei musica muito alta, Poncho deveria está fazendo mais uma de suas festinhas, mas hoje de novo? Eu não queria ficar a noite toda acordada, eu só queria ir pra minha cama e chorar até cair no sono, afinal minha vida estava arruinada de novo, entrei no meu apartamento e o som estava ainda mais ensurdecedor, suspirei cansada e fui tomar um banho, era disso que eu precisava um banho quente e longo, fiquei debaixo do chuveiro por quase vinte minutos, coloquei uma bermuda jeans, afinal eu sabia que eu não dormiria, uma blusa larga, fiz um coque mal feito, e resolvi fazer uma arrumação no meu apartamento, eu tinha que passar o tempo de alguma forma, assim que terminei a arrumação dei conta que eram quase três horas da manhã, eu não estava mais aguentando brigar com o sono, eu tinha que dormir, amanha seria o meu primeiro dia na faculdade, não podia perder a hora, eu já havia perdido uma vez por conta das festas de Poncho, não podia perder novamente, levantei do sofá onde eu tinha desabado e fui determinada ao apartamento do Alfonso, eu pediria para pelo menos abaixar o volume do som, não era necessário bater na porta pois ela estava aberta e o apartamento dele super lotado, eu tinha pavor de gente, dei meia volta e quando estava prestes a descer as escadas com o “rabinho” entre as pernas.

– Mai? – Ucker o amigo de Alfonso que tinha sido super gentil comigo no dia anterior me chamou, virei lentamente e lancei um sorriso para ele. – Veio participar da festa? – maneei a cabeça negativamente. – O que te trás aqui então? – fiquei o olhando como uma retardada.

– Bo-bom é o som. – disse com os olhos fechados.

– Você veio reclamar do volume do som? – assenti, eu já estava arrependida de subir, eu poderia ter ficado no meu apartamento sem estragar a comemoração de ninguém.

– Eu não queria acabar com a comemoração de vocês, é que amanha tenho faculdade bem cedo. – disse receosa.

– Entendi, que tal nós falarmos isso com Alfonso? É que o apartamento e a festa é dele. – no começo neguei, não queria incomodar o Poncho, mas Ucker garantiu que me “protegeria”, bem isso foi estranho da parte dele, meio esquisito.

Assim que entrei no apartamento, pude ver que Poncho estava no sofá com uma loira no seu colo, a loira beijava o seu pescoço, involuntariamente coloquei uma carranca em meu rosto, Poncho assim que me viu, tirou a garota do seu colo e agora pude ver que a loira que estava no colo do Alfonso, não era ninguém menos que a Gabriela, meu instinto foi fugir, corri para fora do apartamento, desci as escadas “voada”, entrei no meu apartamento, ainda não estava acreditando que aqueles dois estavam muito perto de mim, e aquela garota muito perto do Alfonso, tirei a bermuda jeans, a blusa e joguei-me na minha cama, precisava do aconchego de minhas cobertas.

Gabriela

Marcus.

Dyas: Ela realmente foi injusta mas os seus motivos justificam suas atitudes, não? Beijos