Fanfic: Primavera no Coração *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Cinco horas mais tarde, Any jazia em uma cama de hospital vendo a televisão. Sua habitação privada era quase luxuosa, com banheiro completo e um par de cômodas poltronas, pequenos óleos na parede e flores frescas na mesinha.

A tormenta de neve não tinha chegado a Dállas, e da janela podia ver um céu azul e ocasionalmente algumas nuvens.

Candy tinha sido levada a unidade de bebês prematuros, onde recebia os cuidados de pessoal qualificado às ordens do Alfonso. A mesma Any tinha sido examinada por uma alegre ginecologista chamada Monica Sudley que tinha expresso sua satisfação.

- Está muito bem, embora não me surpreende - havia dito a doutora Sudley. - Não com os cuidados do doutor Taliferro.

Alfonso Taliferro. Sua mente lhe tinha aceito como médico, mas em certo modo não o tinha assimilado por completo até que lhe tinha visto ali, com sua bata branca, onde sua voz profunda adotava um tom autoritário, e todo mundo corria a lhe agradar. Só lhe tinha visto vestido com jeans, botas e uma camisa, mas depois de chegar ao hospital Alfonso tinha tomado banho, se barbeado e se trocado. Primeiro se tinha ocupado da menina, e mais tarde tinha visitado a Any para lhe informar de que a viagem não havia prejudicado ao bebê absolutamente.

Ele era o mesmo, mas em certo modo diferente. Possivelmente fossem só as roupas, as calças escuras, camisa branca e gravata de raias azuis que vestia sob a bata branca e o estetoscópio ao pescoço. Era o traje típico de um médico, mas o efeito era chocante. Any não podia deixar de recordar o reflexo do fogo sobre seus brilhantes e musculosos ombros, nem a pureza dura e cinzelada de seu perfil quando olhava ao bebê que sustentava em seus braços.

Também era duro assumir o fato de que tinha aceito casar-se com ele. A cada poucas horas a jovem vestia uma bata e caminhava para a unidade de prematuros, onde Candy era tirada da incubadora e ela se encarregava de alimentá-la. A visão de outros bebês, alguns deles muito mais pequenos que Candy, impressionou-a. Estavam deitados em seus pequenos cubículos de cristal com infinidade de tubos enganchados a seus pequenos corpinhos nus, e suas cabecinhas cobertas por pequenos gorros de linha.

Graças a Deus Candy era suficientemente forte para mamar!

A primeira vez que alimentou a sua filha a conduziram a uma cadeira de balanço em uma pequena sala longe dos outros bebês, e ali lhe levaram a Candy.

- Então você é a mãe desta preciosidade - disse a jovem enfermeira ao lhe entregar a Candy. - É adorável. Nunca vi a nenhum recém-nascido com tanto cabelo. O doutor Taliferro alvoroçou a todo o andar até que a pusemos cômoda. É verdade que ele a trouxe para o mundo?

Any se ruborizou. Aquele lhe parecia um tema bastante íntimo para discuti-lo, mesmo que os partos eram o prato de todos os dias para o pessoal disso hospital. Mas a jovem enfermeira a olhava espectador, assim teve que responder.

- Sim. Minha caminhonete saiu da estrada durante a tempestade de neve. Alfonso passava por ali e me encontrou.
- Oh, Meu deus, que romântico!
- Ter um menino? - perguntou Any, cética.
- Querida, cair na sarjeta seria romântico em companhia do doutor Taliferro! Não lhe parece algo fora de série? Todos os bebês sabem que é ele quando estão em seus braços. Nunca se assustam nem choram. Às vezes fica aqui durante toda a noite com algum bebê em estado crítico, lhe falando e vigiando-o cada minuto, e muitos deles conseguem sobreviver quando ninguém mais lhes dava uma oportunidade.

A enfermeira parecia venerar ao Alfonso,ou possivelmente era mais que isso. Ele era incrivelmente atraente, e um hospital era um lugar propício para os romances.