Fanfic:  e o bebê chegou (vondy)(terminada)

negligenciada toda vez que seu dono se dedicasse a uma nova invenção. A fobia a compromissos por certo não fazia de seu belo vizinho o tipo ideal para ter um animal de estimação em casa. Talvez no Natal lhe comprasse de presente um desses vídeos que fazem o aparelho de tevê parecer um aquário de peixes exóticos. Combinava mais com christopher. Nenhuma obrigação. Nenhum risco. Nenhuma mudança de planos.

Suspirando fundo, deixou aqueles pensamentos de lado. Tinha um compromisso e precisava se preparar. Livrando-se da camiseta, girou nos calcanhares para arremessá-la no cesto de roupa e em seguida abriu as portas espelhadas do armário.

Nesse instante, Moe miou do lado de fora, a porta do quarto se abriu, e a cabeça de christopher emergiu para o interior do recinto.

— Algo está zumbindo em seu banheiro. Está cozinhando outro punhado de pedras de tintura de cabelos ou o quê?

dulce cruzou os braços, cobrindo o tórax nu, e virou-se de fren­te. christopher sequer moveu um músculo. A expressão no rosto másculo permaneceu impassível.

— Engraçadinho! Foi só daquela vez que tentei umas mexas roxas para ficar com um visual punk e isso foi anos atrás. Agora estou satisfeita com minha cor de cabelo natural.

christopher olhou para o corte em camadas que ela usava.

— Hã-hã. Quer que eu desligue o cronômetro?

O homem que amava era totalmente insensível a ela, dulce constatou com um sentimento de desalento. Até mesmo seminua não lhe despertava nenhum tipo de interesse.

Qualquer criança merecia ser fruto de um amor e não do acaso. Sabia o que isso significava, pois quase precisou trocar as próprias fraldas. Não permitiria que a história se repetisse.

Conhecendo christopher como conhecia, sabia que se sentiria na obri­gação de fazer a coisa certa, a despeito de seus sentimentos por ela. Não podia lhe contar a verdade.

— O cronômetro? — perguntou ele outra vez.

— O cronômetro? — dulce lutou contra o desejo insano de abaixar os braços, apenas para ver se lhe provocava algum tipo de reação. — Oh! O cronômetro! Não, obrigada. Desligará sozi­nho em um minuto.

Ele deu de ombros.

— Certo. É melhor se apressar ou o sr. Griggs não irá atendê-la. Não sei por que não vai a outros bancos maiores em Phoenix ou...

— Estarei pronta em alguns minutos — interrompeu-o, esperando evitar a avalanche familiar e inevitável de conselhos finan­ceiros. Virando-se de costas, concentrou-se em tirar do armário um dos poucos terninhos que possuía.

O olhar dele recaiu sobre o conjunto vermelho e o par de san­dálias da mesma cor que ela jogou em cima da cama.

— Sabe, Red e Jerry concordariam com uma venda a prazo. Posso apostar que...

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