Fanfic:  e o bebê chegou (vondy)(terminada)

Não. Com o tipo de pensamentos que vinha nutrindo ultima­mente em relação a ela, não era, pensou christopher. E dulce também não era nenhuma bandeirante... não com os segredos que vinha escondendo.

— Ainda sei como acender um fogo. — Sorriu brincalhão. — Tudo depende do modo como se coloca o graveto.

— Guarde as piadinhas picantes para suas admiradoras. Tenho coisas mais importantes a fazer.

Sim. Coisas misteriosas, pensou dulce.

dulce deu-lhe as costas e se dirigiu ao estacionamento, com mais segredos girando naquela cabecinha tola do que ele havia suspeitado. De repente, parecia algo que jamais imaginara que ela pudesse ser: uma mulher misteriosa.

Alcançou-a e segurou-a pelo ombro, fazendo diminuir o passo. Por baixo do tecido macio e lustroso sentiu que os músculos do pescoço dela se enrijeceram. Aquela negativa de Effram Griggs em particular a abalara sobremaneira. Se ainda tinha alguma dú­vida, agora estava desfeita. Maldição, como seu amigo, tinha o dever de descobrir o que era.

— Espere um pouco... — Comprimindo o bloco de notas em­baixo do cotovelo, segurou-a com ambas as mãos, determinado a persuadi-la a contar toda a verdade. Aquele mistério o estava dei­xando louco. — Já tentou conseguir esse empréstimo três vezes e superou as recusas do sr. Griggs sem maiores problemas.

— Obrigada pelo incentivo.

— Por nada. Mas nunca a vi tão nervosa assim antes. O que há de tão especial desta vez?

dulce se desvencilhou dos braços que a seguravam e olhou em volta, tentando evitar o assunto.

— Não queria vir comigo, não é isso, christopher? — perguntou no momento em que alcançaram a motocicleta dele. — Aposto que tinha coisas mais agradáveis a fazer. Como talvez trabalhar até morrer ou...

— Opa, espere aí...

— Sabe que é verdade, admita — Havia um brilho desafiador em seu olhar.

— Está bem, admito!

A voz de dulce soou igual ao resto da família uckermann, todos lhe propunham menos horas de traba­lho, menos ambição, e família, família, família.

— Faça como achar melhor. A vida é sua. Viva só! Não é da minha conta.

— Oh, não, dulce. Não comece com isso, também.

Ela encolheu os ombros.

— Sou sua amiga, não sua... Deixa para lá. — A voz hesitou. — Não me deve nada. Nem mesmo uma explicação do porquê de não querer me acompanhar até o banco.

— Ei, espere um minuto. Jamais disse que não a acompanharia até o banco. Essa é muito boa. De onde tirou essa idéia? — christopher podia jurar que os olhos dela se encheram de lágrimas. Nesse mo­mento, soube que se tratava de um truque. dulce nunca chorava. Mas ainda se sentia irritado.

CONTINUA

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