Fanfic:  e o bebê chegou (vondy)(terminada)

fosse melhor não incomodá-lo e propiciar a ambos um tempo para respirar. Se tivesse sorte, talvez ele adormecesse, con­cedendo-lhe uma meia hora de descanso.

Porém, ao abrir a lata de refrigerante, a bebida escapuliu, fa­zendo um chiado que encheu o ambiente. A cabeça de christopher virou-se em direção ao som, e seus olhos se abriram.

— Ora essa, quase conseguiu me distrair outra vez. Pode de­sistir, dulce, porque... — Seu olhar recaiu sobre a lata de refrige­rante a poucos centímetros dos lábios dela, e o que ia dizer morreu em sua garganta. — Ficou louca?

— O quê?

Vencendo a pouca distância que os separava, christopher arrancou-lhe o refrigerante das mãos.

— Isto vai lhe fazer mal! — bradou enfático, pousando a lata de bebida sobre a mesinha de centro. — Tem que começar a se cuidar melhor, moça.

— Ora, pare com isso! Não venha me dizer o que posso ou não posso fazer! Sou uma mulher adulta, christopher. Eu...

— Psiu! — silenciou-a, com um gesto carinhoso. — É uma mulher esperando... um bebê. Isso significa que as coisas vão mu­dar de agora em diante.

Mudar? Aquilo soou promissor. Talvez christopher quisesse dizer que eles... Não, disse-lhe a voz da consciência. Era apenas um pensa­mento tendencioso. Estava se deixando levar pela imaginação. Aliás, essa seria a primeira coisa que teria de mudar... Deveria tirar aquela idéia da cabeça de uma vez por todas.

Recostou-se nas almofadas do sofá e fitou a lata de refrigerante, enquanto ele voltou a falar.

— Tem que estar mais atenta ao que come, ao que bebe, ao que faz... Coisas como estas estão proibidas. — disse apontando para a lata de bebida.

— Ouça, meu amigo. Estamos no século vinte um. Você é um...

— Sou um sujeito que já foi tio nada menos que quatro vezes, senhorita e, portanto, tenho quatro vezes mais experiência com os problemas relacionados a uma gravidez do que você.

— Sim, senhor. Talvez gostaria de gerar o bebê você mesmo? Tenho certeza de que com os avanços científicos atuais isso já seria possível. Está sempre conectado com a comunidade da ciên­cia, christopher, procure saber a respeito.

— Muito engraçadinha — retrucou ele. Erguendo-se do sofá com uma nova finalidade. — Mas ridículo — acrescentou, pas­sando-lhe a mão sobre a cabeça.

Ele tinha razão. Nenhum homem se submeteria a usar roupas de grávida, pensou.

Suspirando, dulce o observou caminhar em direção à cozinha. Aquela breve carícia a deixou temporariamente louca. Desejou segurar a mão dele e sentir um pouco mais o prazer que aquele contato tinha o poder de lhe despertar. Mas isso era impossível. Então, pousou ambas as mãos sobre as coxas e lembrou-se de que qualquer sacrifício era válido para preservar a amizade deles.

continua

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