Fanfic:  e o bebê chegou (vondy)(terminada)

Para aliviar a tensão, resolveu se ocupar com o café da manhã. Preparou um bule de café com leite, apanhou uma caixa de ros­quinhas de chocolate no armário e uma tigela de bananas-passas. Bem, não era o que se podia chamar de uma dieta saudável, mas era o que dispunha por ora. Equilibrando os alimentos dentro de uma cesta de vime, estacou na soleira da porta do quarto e espiou com cautela.

A luz do sol penetrava por entre as venezianas da janela branca, iluminando as paredes azuis e produzindo reflexos dourados que incidiam sobre a silhueta do homem enrolado em seus lençóis. Peças de roupas atiradas no chão traçavam um caminho até a gran­de cama de madeira. Incapaz de esperar mais tempo, caminhou pé ante pé e pousou a cesta de café sobre a cômoda. Estava na hora de acordá-lo... e queria fazer aquilo da maneira mais agradável possível.

De repente, um miado melancólico soou no recinto. Moe, seu gato gorducho, encontrava-se curvado junto ao pé da cama e miou mais alto. O som do felino estava repleto de repreensão por não estar, como sempre, em primeiro lugar na manhã de sua dona.

— Psiu! — ralhou ela, afagando-lhe as orelhas. — Me dê apenas esta manhã e o recompensarei com um banquete caprichado du­rante uma semana. Eu prometo...

Em seguida, ergueu as cobertas e deslizou para baixo delas. Céus, o calor do corpo de christopher  seria capaz de aquecer uma cidade inteira se inventassem um modo de captá-lo. Aliás, iria lhe sugerir essa idéia como tema de sua próxima invenção. Sorrindo da própria criatividade, roçou a palma da mão sobre os pêlos negros e espes­sos do tórax másculo, descendo até os músculos rijos das coxas grossas e bem torneadas. Ele se remexeu e emitiu um gemido, encorajando-a, sem palavras, a continuar com a carícia.

De repente, sentiu os dedos fortes de christopher afagarem-lhe a nuca. O toque daquela mão em sua pele a estimulou e lhe trouxe à me­mória um turbilhão de recordações da noite anterior. Com um sus­piro profundo, estreitou-se contra o corpo viril a seu lado. Queria beijar outra vez o homem que amava.

Levantando as cobertas, contemplou os cabelos desalinhados, os ombros largos e a adorável face de christopher. Ainda zonzo de sono, ele abriu os olhos e a encarou.

Era louca por aquele olhar que possuía uma inocência quase infantil que desarmava qualquer mulher. Sentia-se ainda mais apaixonada agora do que antes, como se isso fosse possível.

christopher piscou outra vez, e dulce percebeu que se esforçava para visualizá-la. Seus elegantes óculos de grau ainda estavam sobre o criado-mudo, onde os havia deixado na noite anterior.

— christopher? — sussurrou, enquanto deslizava a mão pelo tórax viril. — Bom dia.

— dulce? — disse ele, fitando-a com os olhos arregalados. O som íntimo daquela voz a emocionou.

— Hum, eu mesma — respondeu sorrindo. — Bom dia... que­rido.

— Santo Deus! — christopher tentou se erguer e, de súbito, bateu com a cabeça de encontro à cabeceira da cama.  

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