Fanfic:  e o bebê chegou (vondy)(terminada)

Pensativa, desmoronou sobre o sofá ao lado de uma pilha de roupas para lavar e enterrou a face num amontoado de toalhas e calças jeans. Uma sombra embaçou-lhe os olhos. Viu sua boba? Ele nem mesmo se preocupava em arrumar a casa para recebê-la, disse a si mesma. Sentiu vontade de desaparecer. Será que christopher notaria sua ausência?, perguntou-se.

O jovial assobio ecoou pela sala de estar destruindo seus planos de fuga. Com um gemido, enterrou o rosto mais profundamente na pilha de roupas e inalou o aroma másculo que lhe entorpeceu os sentidos. A última coisa que pretendia era que christopher soubesse o quanto ela desejava que a relação de ambos deixasse de ser uma simples amizade. O quanto sentia vontade de beijá-lo, tocá-lo e repetir aquela noite em que...

Naquele instante, sentiu a mão dele tocar-lhe a pele exposta da coxa.

— Acorde, Bela Adormecida. Não está com fome?

Oh, Deus, se ele soubesse o quanto...

Endireitou-se e abriu os olhos, deparando-se com a virilha de christopher a centímetros de si. Ao se lembrar do que havia por baixo daquele short, engoliu em seco, lutando com todas as forças contra o desejo de lamber os próprios lábios. A noite que passaram juntos tinha sido apenas um aperitivo, o bastante para deixá-la faminta e ansiando por mais.

—- Um aperitivo? — perguntou christopher. Ela ergueu a cabeça e quase se chocou com a bandeja de bruschettas nas mãos dele. As batidas aceleradas de seu coração se acalmaram ao perceber que ele se referia às pequenas fatias de pão torradas e temperadas com molho de tomate e ervas. Limpando a garganta, serviu-se do acepipe, esperando que ele não tivesse notado o modo lascivo como o fitava.

Sorridente, christopher arrancou algo dos cabelos dela, fazendo-a ar­repiar-se da cabeça aos pés. Naquele momento, uma minúscula peça de tecido branca surgiu no seu raio de visão. De imediato, percebeu tratar-se de uma cueca. Oh Deus, estava usando a roupa intima dele na cabeça! Envergonhada, sentiu vontade de se enfiar de baixo do sofá.

— Nada mal — disse ele, colocando a peça de volta na pilha de roupas sujas. — Mas prefiro sua cabeça sem este adorno.

O olhar penetrante de christopher percorreu-a ousada e demorada­mente, desde o short azul até a blusa de algodão verde, como se quisessem gravar as formas e as texturas na memória. Aquele es­crutínio a fez perder a capacidade de pensar ou agir ou até mesmo de mastigar e uma porção de molho de tomate deslizou da bruschetta, escorrendo-lhe pelo tórax.

Um brilho luxuriante iluminou os olhos escuros de christopher. Aquilo lhe provocou um arrepio e a fez sentir urna pontada de esperança.

 — Deixe-me ajudá-la — disse ele com um sorriso, enquanto pegava uma toalha azul e fofa na pilha de roupas.[

continua

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