Fanfic:  e o bebê chegou (vondy)(terminada)

Ainda sentada, dulce lutou para encher os pulmões de ar e suportar o toque daquelas mãos sem deixar transparecer seus sen­timentos.

Franzindo o cenho, christopher esfregou o decote da blusa dela. Em seguida, ergueu a outra extremidade da toalha e esfregou um pouco mais. As pontas grossas da peça de algodão roçaram-lhe as coxas nuas, proporcionando-lhe uma agradável sensação. Mas não era nada comparado ao frisson que aqueles dedos ágeis provocavam, despertando toda a sorte de reações no corpo feminino.

Observando os movimentos daquelas mãos fortes, considerou a possibilidade de esvaziar o resto da bandeja de bruschettas no colo. Relutantemente, abandonou a idéia. Tinha de se controlar. Então, segurou-lhe o pulso:

— Espere! Acho que já está limpo. Mais do que limpo e se continuar esfregando vai acabar me deixando nua.

O que seria uma idéia bem excitante, pensou. Não agüentaria ficar sendo tocada daquele modo por mais tempo sem poder retri­buir. Não com aquele homem e não no estado hormonal de hiper-sensibilidade em que se encontrava. Mordendo o lábio inferior, puxou a bainha da blusa com a outra mão, tentando impedir que o molho de tomate se infiltrasse pelo tecido fino.

Tarde demais. Ergueu a blusa o suficiente para visualizar uma mancha vermelha escorrendo sobre seu umbigo.

Antes que pudesse se mover, viu christopher se abaixar e lamber o líquido suavemente. Chocada demais para se mexer, limitou-se a contemplar a incrível visão daquela cabeça tão familiar. Os lábios sensuais sugavam e atormentavam a maciez de sua pele, acenden­do luzes bruxuleantes de ânsia e paixão e fazendo-a lembrar de outros recantos secretos de seu corpo onde ele a beijara.

Se não estivesse sentada, por certo seus joelhos não a susten­tariam. Tremendo, enterrou os dedos nos cabelos castanho-dourados de christopher, que roçavam a pele macia de seu ventre. Deixou-se ficar por alguns segundos, saboreando aquela sensação. Depois puxou-o para si. Queria beijá-lo, mas no instante seguinte viu-o erguer a cabeça e afastar-se.

— É melhor eu tirar isso daqui antes que você ache um par de meias suadas ou algo pior — disse christopher, pegando a pilha de roupas sujas.

dulce ajustou a blusa no lugar outra vez e o fitou perplexa. Meias suadas? Como podia falar sobre meias suadas, depois do que tinha acontecido? Trêmula, deixou-se afundar no sofá e o ob­servou desaparecer ao longo do corredor com as roupas nos braços.

Lamber sua barriga nua não era a atitude apropriada de um melhor amigo. Não importava o quanto christopher tentasse fingir que era. Não importava que como amigos tivessem nadado no lago em trajes mais sumários do que os que estava usando agora. Que ti­vessem cuidado um do outro quando ficavam resfriados, quando tinham problemas financeiros ou sentimentais. Definitivamente, aquele não fora um gesto fraternal. No mínimo podia ser qualifi­cado como uma investida.

continua

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