Fanfic:  e o bebê chegou (vondy)(terminada)

Antes que pudesse decidir, ele retornou, parecendo mais atraen­te, mais másculo e tudo mais que podia desejar em um homem. dulce sentiu vontade de chorar com a injustiça que a vida lhe reservara. christopher era perfeito para ela como era para ele, com exceção de sua falta de interesse por filhos.

Tenho sorte de não ter filhos, dulce. Caso contrário não po­deria me dedicar ás minhas invenções. Aquelas palavras lhe vie­ram à mente.

Se havia algo que christopher queria, era se dedicar ás suas invenções. Realizar o sonho de se tornar um grande inventor. Como podia atravessar o caminho dele? Não podia.

E também não podia esquecer que jurara dar ao seu bebê um lar, com pais amorosos e tudo que uma criança precisasse para ser feliz. Resista, disse a si mesma. Ele é apenas um homem. Você consegue resistir.

christopher se aproximou e afagou-lhe os cabelos.

— Faminta? Que tal uma comidinha, ruiva?

— Ótima idéia. Mostre-me o caminho, gourmet.

Pobre Bruno, pensou christopher horas mais tarde. Como pôde ter enfrentado tamanha tentação e ter conseguido sobreviver?

Talvez fosse a tal resistência que fazia um homem adequado para servir a Marinha.

Ele e dulce haviam terminado o jantar e passado à varanda dos fundos. Ali fora, sob o céu limpo e estrelado, quase podia acreditar que se tratava de uma noite como tantas outras que passaram jun­tos. A buganvília rosa derramava seus ramos floridos sobre a cerca como sempre. As cigarras cantavam da mesma maneira nos ar­bustos, e as velas de citronela queimavam sobre a mesa de ferro forjado entre eles.

A diferença era que aquela noite escura parecia mais convida­tiva do que as outras. Jamais se pegara assistindo a dulce saborear uma taça de sorvete de baunilha com morangos, colherada por colherada, do modo que vinha fazendo nos últimos dez minutos. E podia jurar que era o bastante para fazer um sujeito desejar ser uma colher de sopa.

— Isto é tão bom, christopher — disse ela pela quinta vez, invertendo a colher para lamber as sobras de morango.

A fruta desapareceu entre os lábios carnudos e tentadores, fa­zendo-o lembrar do molho de tomate escorrendo no ventre dela momentos antes. Inquieto, remexeu-se na cadeira, tentando enten­der como fora capaz de se comportar de modo tão ridículo.

— Fico feliz de saber que está gostando.

Acomodada a seu lado, dulce pegou o pote de sorvete e raspou os últimos vestígios da sobremesa, com a colher.

— Hum! Delicioso do começo ao fim! — comentou, agora passando o dedo no fundo da tigela de plástico.

Quando a viu levar o dedo à boca e chupar a mistura cremosa de baunilha, christopher engoliu em seco, percebendo que não podia mais agüentar.

continua

as coisas vão esquentar!